terça-feira, 5 de março de 2013

A nova era da saúde


Não sou médico, porém sou um estudante de administração e um profissional apaixonado por administração hospitalar, tenho realizado cursos internacionais na vertente da saúde e tenho observado as diversas mudanças nos serviços e sistemas de saúde ao redor do mundo.
Os sistemas de saúde no mundo inteiro têm se defrontado com as questões do aumento da população versus as necessidades de formação de profissionais de saúde, além das necessidades de super especialistas para atuação global, falta de tempo e outros fatores desencadeiam a necessidade da uso habilidade tecnológica a favor da saúde. Esta situação apresenta um problema real para literalmente todos nas questões de acesso a cuidados de saúde moderna. O crescimento populacional e o envelhecimento da população em muitos países ao redor do mundo significa que precisa-se de mais profissionais de saúde, com formação especialista, visão global, atuação local e remota.
Para profissionais de saúde e os interessados no setor, as notícias que estão em grande evidência são as relacionadas com o desenvolvimento tecnológico, incluindo a Internet of Everything (OIE), robótica, impressão 3-D, a tecnologia wearable, nuvem, mobilidade e muitas outras são as promessas para esta nova era na área da saúde. Abaixo estão alguns exemplos segundo Dave Evans (2012), serão norteadores no processo de mudança ao longo dos próximos 10 anos.
1) Um dos desafios da saúde hoje é que a experiência é muitas vezes contida em um local fixo ou em poucos profissionais. Por exemplo, um cirurgião que se tornou um super especialista na realização de um determinado procedimento cirúrgico, a operação de salvamento só pode estar em um lugar ao mesmo tempo. No futuro, a combinação de vídeo, robótica, sensoriamento, reconhecimento de gestos, e OIE permitirá que os cirurgiões possam realizar operações especiais, sem a necessidade de locomoção, será um excelente fator de gestão do tempo, promovendo o aumento da escala de cirurgias  e  maior qualidade de atendimento. Imagine este médico sendo capaz de realizar cirurgias especializadas em salas especialmente equipadas para operação remota ao redor do mundo a partir de um local fixo.
Em locais como Estados Unidos e Europa; que estão avançados nestas características de cirurgia os resultados dos pacientes melhorou muito, principalmente em diagnósticos mais precisos, através de máquinas ultra-modernas, porém um dos obstáculos para a realização de operações remotas tem sido a falta de feedback, nas questões sensoriais de sistemas robóticos. Imagine usar suas mãos para realizar uma operação complexa se seus dedos não pode sentir a temperatura, pressão e outras sensações. Recentemente, o FDA aprovou a primeira mão biônica que permite que amputados tenham a sensação de toque. Esta mesma tecnologia, por exemplo, pode ser aplicado a uma luva que permite que o cirurgião sinta a cirurgia como se estivesse presencialmente no local.
2) Avanços na impressão 3-D estão criando aparência realista, orelhas anatomicamente corretas e funcionais para os pacientes. As orelhas são criadas por injeção (tal como uma impressora de jacto de tinta), as células vivas em um molde de injeção. São necessários apenas três meses, para que cada cartilagem da orelha cresça na forma do molde. De acordo com os pesquisadores médicos e cirurgiões, as orelhas poderam em breve substituir os ouvidos de crianças com deformidades congênitas ou ser usado para reconstruir as orelhas que foram danificadas devido a acidentes. Quando se trata de visão, a FDA acaba de aprovar Argus II, a primeira prótese para restaurar a visão limitada a pacientes cegos por retinite pigmentosa. Enquanto isso, pesquisadores da Universidade Duke equiparam ratos com sensores implantados que lhes permitam ver e responder à luz infravermelha (normalmente invisível aos olhos humanos e roedores). Poderia esta tecnologia ajudar os cegos a ver? Creio que a resposta é "sim".
Segundo Dave Evans (2012), outro impacto importante da tecnologia sobre o setor de saúde é a mudança do papel de instalações médicas, como hospitais e consultórios médicos. Assim como a Internet democratizou informações anteriormente acessíveis a uns poucos privilegiados, as tecnologias que acabamos de discutir poderia fazer o mesmo para a saúde.
Da mesma forma que estes avanços irão transformar o cuidado a saúde que pode ser entregue, é importante compreender que a estrutura física do nosso sistema de cuidados de saúde (hospitais, consultórios médicos, e mais) também vai mudar. Por exemplo, como saúde torna-se mais difusa e localizada, os hospitais poderiam se tornar centros de excelência de saúde que supervisionam a prestação de serviços para garantir a qualidade e segurança, e oferecer as melhores experiências. Também é importante salientar que a saúde vai se tornar mais um processo contínuo e acessível em nossas vidas diárias, em vez de uma série de eventos somente estátisticos. Por exemplo, imagine receber um mini check-up a partir do seu espelho do banheiro toda vez que você escovar os dentes. A realidade virtual, superfícies inteligentes, computação em nuvem, de reconhecimento de gestos, e novos avanços, como sensoriamento Ampliação Vídeo Euleriano pode literalmente medir sinais vitais, tais como o seu batimento cardíaco. Esta e outras informações sobre a sua saúde poderia, então, ser enviada para o seu médico pessoal. Usando recursos como avançado de análise e Watson da IBM na nuvem, o seu médico pode ser alertado para os problemas que precisam ser abordados. Embora a tecnologia vai desempenhar um papel fundamental na transformação de cuidados de saúde, a mudança real e duradoura vêm de pessoas que têm a paixão de fazer a diferença. Assim como na atual conjuntura, todos os componentes para a mudança estão presentes (neste caso, a ciência, a tecnologia, física, redes e comunicações), cabe agora a nós encaixarmos as peças em seus devidos lugares para inaugurar a nova era de cuidados de saúde.
Wagner Rodrigues
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/a-nova-era-da-saude/69120/ acesso em 05 de Março de 2013.

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