terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Que crise é esta na qual a Microsoft lucra como nunca?

Há uma impressão generalizada no mercado de tecnologia que a Microsoft está enfrentando uma crise terrível. A incapacidade de se posicionar no setor mobile seria a bala de prata que derrubaria o que já foi a maior empresa de tecnologia do mundo por anos. Sem tablets e smartphones de sucesso, a Microsoft dependeria da venda de Windows e Office, em queda junto à venda de PCs e laptops.
A dúvida que paira sobre o assunto é quando uma queda muito acentuada aconteceria. Quando as vendas do Windows e do Office encolheriam o suficiente para impactar negativamente a balanço financeiro e fazer a empresa encolher? Nos últimos trimestres, porém, a Microsoft tem dado provas que a questão não é “quando”, mas “se”.
Na sexta, a companhia anunciou que teve receita (US$ 24,5 bilhões) e lucro (US$ 6,56 bilhões)recordes no segundo trimestre fiscal de 2014. Ou seja: a Microsoft lucra como nunca. Em dezembro, o valor da ação atingiu US$ 38,9, seu pico em 13 anos. Cadê a crise? Uma analisada mais atenta ao relatório financeiro dá algumas dicas do que passa com a Microsoft.
Sob a nova divisão de categorias introduzida no ano passado, a Microsoft reporta resultados de duas grandes categorias: Devices and Consumer (onde estão Xbox, Surface, Bing e Windows e Office para o consumidor final) e Commercial (Windows Server, Azure, Dynamics, Office 365 e Windows e Office para grandes empresas).
A Devices and Consumer reúne os produtos mais conhecidos da Microsoft, com Windows e Office como líderes. A receita de licenças do sistema Windows caiu 3%. Dado que a queda geral no mercado de PCs foi maior (IDC e Gartner falam em 10% no ano passado), os dados podem ser considerados bons. Já o faturamento do Office despencou 24%. Os dois produtos sempre foram a galinha de ovos de ouro da Microsoft. Aqui dá pra ver que a esperada queda financeira está acontecendo.
Há, porém, notícias boas na divisão. A receita da divisão responsável pelo tablet Surface mais que dobrou: de US$ 400 milhões para US$ 893 milhões. A Microsoft não fala se dá lucro e o número, mesmo após dobrar, ainda é menor que o prejuízo de US$ 900 milhões que a empresa engoliu por não vender tantos Surface RTs. Se somarmos os tablets Surface mais os smartphones da Nokia, pode-se dizer que a Microsoft vendeu cerca de 10 milhões de gadgets móveis no último trimestre. No terceiro trimestre, a Apple vendeu 45,8 milhões de produtos, entre iPhones e iPads. Ainda é pouco para tablets e smartphones, mas mostra que os números vêm crescendo.
Outro destaque foi a subdivisão de Xbox: foram 7,4 milhões de consoles, sendo 3,9 milhões do Xbox One e 3,5 milhões de Xbox 360. O mais surpreendente dos dois números: um gadget com mais de nove anos vendeu quase o mesmo que um recém-lançado, ainda mais por que o Xbox One vendeu menos que seu rival Playstation 4, da Sony (4,2 milhões de unidades).
Mas quem compensou de verdade o baque financeiro dos produtos e serviços para consumidores foi a divisão Commercial, voltada a clientes corporativos. O Windows Server faturou 12% mais que no ano passado. O dinheiro vindo da nuvem mais que dobrou e até o licenciamento de Windows para grandes empresas cresceu 10%. No geral, a divisão faturou 10% a mais que no mesmo trimestre do ano passado, baseado em serviços que o usuário comum não faz a menor ideia que a Microsoft oferece. Apresente ao seu tio nomes como Azure, Hyper-V, Dynamics CRM ou SQL Server e pergunte de qual empresa de tecnologia são estes produtos. Aposto um picolé de limão que ele vai te olhar com cara de dúvida.
Eles não são populares, mas rendem muito dinheiro. Foi o caminho da IBM: deixou de ser objeto de desejo para os mais jovens, mas se transformou em uma empresa bastante lucrativa. A comparação não é inédita e, sempre que citada, é evocado o nome de Louis Gerstner, o CEO que salvou a IBM da bancarrota e a transformou em uma das maiores prestadoras de serviços de TI do mundo. Mas há uma diferença fundamental entre a IBM da década de 90 e a Microsoft de agora: a segunda não está sob nenhum perigo financeiro. Nenhum.
Não se sabe quanto mais o mercado de desktops e laptops vai cair. A dúvida do tamanho do buraco onde a Microsoft se meteu esta aí. Mesmo que ainda despenque mais (e os indícios é que a queda está desacelerando), a empresa tem mostrado que tem outros meios de fazer dinheiro.
Mérito, quem diria, da estratégia de dispositivos e serviços martelada por Steve Ballmer nos últimos anos. O folclórico CEO pode ter cumprido sua cota de estratégias erradas no passado (a compra da aQuantive, o natimorto Kin, o ultramobile Origami, a tentativa de peitar o Google em busca…), mas parece que vai entregar ao seu sucessor a Microsoft em uma situação não tão ruim assim. Sua saída é indício de que a empresa não está vivendo um paraíso. Entre smartphones e tablets, ela vai ter que brigar com a dupla Motorola/Google para tomar a posição de alternativa entre Apple e Samsung. Mas os números dos últimos trimestres mostram também que o fatalismo ao seu redor é exagerado.

Fonte: Epoca Negocios. Que crise é esta na qual a Microsoft lucra como nunca?Acesso: 28 de Janeiro de 2014.

APESAR DE SUBSÍDIOS, INVESTIMENTO EM INOVAÇÃO RECUA NO BRASIL

Inovação (Foto: Shutterstock)
Os investimentos em inovação feitos pelas grandes empresas caminham na contramão de todo o discurso federal, que busca dar maior competitividade à economia. De acordo com balanço divulgado sobre o desempenho da Lei do Bem, um conjunto de 787 empresas declararam investimentos de R$ 5,3 bilhões em 2012, obtendo benefício fiscal sobre essas despesas.
O dado, vendido pelo governo como avanço, já que mais empresas declararam despesas com inovação, aponta uma marcha à ré, no entanto: o total de investimentos contemplados com os incentivos da Lei do Bem despencou 22% entre 2011 e 2012. A queda tem sido drástica: em 2008, o total de investimentos declarados foi de R$ 8,8 bilhões.
De 2006, quando a Lei do Bem foi criada, até 2012, a renúncia fiscal total do governo foi pouco superior a R$ 7 bilhões, sendo R$ 1,1 bilhão apenas em 2012, o dado mais recente.Pela Lei do Bem, as grandes empresas, que recolhem impostos sobre o lucro real, conseguem obter descontos tributários do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL) quando declaram ao governo gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D), além da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) quando adquirem máquinas e equipamentos voltados para P&D e inovação.
Péssimo timing
Para o especialista Valter Pieracciani, sócio da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas, o quadro é "gravíssimo", uma vez que as empresas estão colocando o pé no freio da inovação justamente quando ela se faz mais necessária - quando há desaceleração econômica -, ao mesmo tempo em que a Receita Federal tem sido cada vez mais rígida na análise dos investimentos. Cabe ao Fisco verificar se o investimento em P&D registrado pelas empresas no governo pode receber os benefícios fiscais previstos pela Lei do Bem.
"Há problemas com a Receita, que restringe o tipo de investimento que pode ser incluído na Lei do Bem, para diminuir a renúncia fiscal", disse Pieracciani, que apontou para a baixa adesão das grandes empresas brasileiras à inovação. "Apenas 787 empresas, em todo o ano de 2012, conseguiram benefício fiscal oriundo do investimento em P&D", afirmou o especialista. "É preciso ser mais incisivo na política de inovação e também reduzir a burocracia da Receita, que pensa apenas em engordar os cofres do governo."
Cultura
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Álvaro Prata, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o governo trabalha para que o número de companhias aumente - o volume de investimentos aumentará como consequência. "Claro que queremos ter grandes acúmulos de investimentos em P&D, mas neste momento de construção da cultura inovadora no País nosso objetivo é dar mais capilaridade aos instrumentos de apoio", disse Prata.
O secretário afirmou que o volume de investimentos registrados em 2012, de R$ 5,3 bilhões, "não é desprezível", mas que "certamente" aumentou em 2013. "Teremos uma chance de ouro neste ano que começa para impulsionar a inovação, seja com o amadurecimento da política que temos conduzido há quatro anos, seja pela própria Embrapii, que deve engatar em 2014", disse o secretário, em referência à Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, criada em 2013 para incrementar a relação entre as universidades e centros tecnológicos e as empresas privadas.
Sobre o excesso de burocracia da Receita em avaliar os investimentos declarados em P&D e, assim, reduzir a renúncia fiscal, Prata afirmou apenas que o Fisco "se preocupa em restringir aquela despesa declarada pela empresa para aquela diretamente ligada a P&D, enquanto muitas vezes a empresa declara que a compra de qualquer máquina e equipamento já seria inovação."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Execução Qualificada


Desemprego entre jovens é mais do que o dobro da taxa geral

O relatório Tendências Mundiais de Emprego 2014 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) , divulgado nesta segunda-feira (20/01), mostra que o desemprego entre os jovens continua aumentando. Em 2013, 74,5 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos estavam sem trabalho – quase 1 milhão a mais do que no ano anterior. Isso representa uma taxa de desemprego juvenil de 13,1%, mais do que o dobro da taxa de desemprego geral de 6%.
No Brasil, 18,4% das pessoas até 29 anos não trabalham ou estudam, segundo a OIT. Entre os homens o índice chega a 12,1%. Em relação às mulheres, a taxa alcança 21,1%. O percentual aumenta para 28,2% entre as mulheres afrodescendentes. 
Segundo o relatório, no Oriente Médio, 27,2% dos jovens estão sem trabalho e, no Norte da África, o desemprego juvenil alcança quase 30%. Nas economias desenvolvidas e na União Europeia, 18,3% dos jovens estão desempregados.
De acordo com o estudo, o percentual de pessoas até 29 anos que não estão empregadas nem estudando aumentou em 30 dos 40 países pesquisados. Na Turquia e na Macedônia, as taxas permanecem altas, com 34,6% e 32,1%, respectivamente, de jovens sem trabalhar ou estudar.
Crescentes taxas de jovens que não trabalham nem estudam são uma grande preocupação para os formuladores de políticas públicas, pois esse grupo não está investindo no desenvolvimento de habilidades para o mercado, segundo o relatório. “Esses jovens que estão sem trabalho ou estudo estão mais insatisfeitos com sua sociedade do que seus colegas que estão em um trabalho ou no sistema educacional”, informa o relatório.
Fonte: Época Negócios, acesso em 21 de janeiro de 2014.

6 regras de etiqueta que facilitam o networking virtual

A rotina de trabalho agitada aliada à facilidade de comunicação em plataformas eletrônicas fez com que o networking virtual tenha superado o presencial.
Pesquisa da Robert Half, no ano passado, revelou esta tendência.Entre 651 executivos entrevistados, 83% são adeptos da modalidade, enquanto 72% ainda preferem os contatos pessoais.
“O LinkedIn é uma realidade, faz parte do dia a dia, está na tela do computador das pessoas, enquanto o networking presencial exige disponibilidade de tempo para ir a encontros, reuniões, eventos”, diz Juliana Alves, gerente da Hays.
De acordo com especialistas, o contato virtual não exclui a necessidade de apostar no networking presencial e deve ser usado como uma primeira forma aproximação.
E, mais do que isso, a atuação em redes sociais profissionais e o uso de emails também devem ser pautados por algumas regras de etiqueta.
“Se a pessoa não souber como se comportar pode ser um tiro no pé”, diz Juliana, lembrando que algumas empresas criaram até código de conduta nas redes para seus funcionários. “Se tiver, é bom seguir”, diz. Confira quais são as outras sugestões dos dois especialistas consultados:
1. Comunicação clara objetiva e positiva
“Existem coisas que são comuns aos dois lados, tanto no networking presencial quanto no virtual, que são a clareza na conversação e a objetividade”, diz Fábio Saad, gerente sênior da divisão financeira da Robert Half.
Na medida do possível procure ter uma atuação mais positiva. Evite ficar usando as redes sociais profissionais para ficar reclamando das empresas, dos colegas de trabalho ou da falta de oportunidades no mercado. “As pessoas não gostam de ficar ouvindo histórias ruins”.
Juliana Alves, da Hays, concorda. “O espaço para postagens no LinkedIn não é lugar para fazer desabafo”, diz. Para postagens mais pessoais prefira redes sociais, como Facebook.
2. Explique o motivo do interesse profissional na conexão
Sabe aquela frase padrão do LinkedIn: gostaria de adicioná-lo à minha rede de contatos? Ninguém dá a mínima atenção para ela.
Personalizar a mensagem é a dica de Juliana Alves para se destacar e chamar a atenção de quem você gostaria de ter na sua rede. Mas seja objetivo: “tem gente que gasta um parágrafo para dizer oi. Tem que ser sucinto”, diz Saad.
Os dois especialistas dizem também ser de extrema importância explicar o motivo do seu interesse. “O foco das conexões devem ser as pessoas com as quais há sinergia profissional”, diz Juliana.
3. Cultive os relacionamentos
O fato de ter uma pessoa na sua rede de contatos não significa muita coisa em termos de networking. “No virtual, como na modalidade presencial, não adianta ficar tempo demais sem cultivar o relacionamento e, da noite para o dia, pedir emprego”, diz Saad.
O engajamento em publicações e comentários é importante para se manter no radar dos profissionais. “Tem que criar laços”, diz Saad.
4. Compartilhe informações relevantes
Ao decidir expor sua imagem no LinkedIn ou em alguma outra rede social profissional, faça com conteúdo, recomenda Juliana.
Participação ativa em grupos e publicações no seu perfil devem ser relevantes se o seu objetivo é se tornar uma referência na sua área.Do contrário você estará poluindo o feed de atualizações e prejudicando a sua imagem profissional, segundo os especialistas.
5. Peça recomendação só para quem você indicaria como referência
A regra na hora de solicitar uma recomendação é essa: peça para pessoas que conhecem o seu trabalho e que poderiam dar referências profissionais suas a um recrutador.
Juliana tem notado que muitas vezes falta bom senso nessa hora. Por ser headhunter, ela recebe pedidos de recomendação de pessoas que não conhece. “Esse é pior dos mundos e eu nem respondo”, diz.
“Ao pedir recomendação para quem não conhece o seu trabalho ou não se sente à vontade para falar, o profissional estará incomodando esta pessoa”, diz Saad.
6. Recomende só quem você, de fato, indicaria para uma oportunidade
A regra da indicação vale também hora de recomendar alguém no LinkedIn. Embora Saad diga que, certamente, o peso de uma recomendação virtual é menor, lembre-se de que é o seu nome e a sua credibilidade que estão em jogo.
Juliana também alerta para a prática de recomendações “casadas”. “Não pega bem para o profissional quando a gente percebe que é algo combinado”, diz.
Fonte: Exame, acesso em 21 de janeiro de 2014.

3 dicas para evitar o colega tóxico

Qual é a principal causa das dificuldades de funcionamento de uma empresa? Segundo estudo da Association for Psychological Type International, organização especializada na avaliação de personalidades, quase 80% delas se originam de relações conflituosas entre funcionários. E, para o consultor Van Moody, autor de The People Factor (“O fator gente”), essas relações negativas vão além dos problemas empresariais: criam ansiedade, desgaste, depressão clínica e até doenças.

O maior culpado, diz Moody, é o “colega tóxico”, o profissional que menospreza o próprio talento e limita as possibilidades de os outros progredirem. Nas conversas, ele torce sem pudor argumentos e ideias para beneficiar seu ponto de vista. Constantemente relembra falhas de outros. O colega tóxico prefere punir em vez de ajudar a resolver o problema, assume créditos alheios, só dá atenção aos próprios interesses em reuniões de trabalho e ignora as necessidades de tempo ou espaço dos outros.


Se você tem um colega assim, o que fazer? Van Moody sugere criar limites, minimizando perdas de tempo, energia e recursos.

Estabeleça prazos rigorosos para participar de reuniões com ele, expresse exatamente suas opiniões para que saiba sua posição e evite comportamentos pouco produtivos, como fofocar.

“Não há relações neutras”, alerta Moody. “Cada uma impulsiona ou prejudica pessoas, ajuda ou magoa.” Por isso, administrar bem seus relacionamentos pode ser a diferença entre uma vida profissional satisfatória e uma carreira marcada por decepções.


Fonte: Época Negócios, acesso em 21 de janeiro de 2014.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Chefe é mais feliz com trabalho e vida pessoal, diz estudo

Chefes estão mais satisfeitos que funcionários não só na vida profissional, mas também na pessoal. É o que revela um estudo recente do instituto de pesquisa Pew Reserach.
A pesquisa ouviu 1,3 pessoas nos Estados Unidos. Entre os respondentes que ocupam cargos de chefia, 69% disseram estar satisfeitos com o trabalho. Já entre os funcionários, somente 43% afirmaram o mesmo. 
A remuneração é, sem dúvida, um dos motivos para quem comanda estar mais feliz no que faz. Enquanto 40% dos gerentes dizem que estão satisfeitos com a sua situação financeira, apenas 28% dos empregados se sentem da mesma forma.
O curioso é que, apesar desses números, independentemente do nível ocupado na hierarquia das empresas, a maioria das pessoas não considera o dinheiro um fator determinante para se conseguir a satisfação no trabalho: apenas 20% dos chefes e 18% dos funcionários afirmaram que altos salários são extremamente importantes.
Segundo a pesquisa, os chefes, é claro, ganham mais. Enquanto 54% deles disseram ter renda familiar igual ou superior a 75 mil dólares, entre os funcionários essa porcentagem foi de 32%. 
Em relação à vida pessoal, 83% dos gerentes dizem que estão muito satisfeitos com a sua situação familiar. Entre os funcionários, a parcela dos que pensam dessa forma é de 74%. 
O que importa
Os dados indicam que, em pequenas proporções, funcionários são mais preocupados em fazer o que gostam e ter tempo para a família do que os que ocupam cargos de chefia. Entre os gerentes, 39% disseram que é essencial fazer o que se gosta. Entre os empregados, a fatia foi de 44%. 
Já a possibilidade de ter tempo livre para cuidar das questões familiares foi citada como extremamente importante por 32% dos gerentes e 35% dos empregados.
Em relação à estabilidade, ter segurança no emprego foi apontado por 32% dos chefes e 36% dos funcionários como um ponto muito importante. 
Trabalhar em uma empresa que ofereça bons benefícios também é mais preocupante para os funcionários do que para os chefes. Enquanto 35% dos empregados citaram esse ponto como extremamente importante, 26% dos chefes disseram a mesma coisa. 
Além dos salários, outra questão que não preocupa a maoria das pessoas é trabalhar com algo que ajude a sociedade. Só 19% dos chefes e 23% dos funcionários citaram esse ponto como extremamente importante. Ter oportunidades para crescer na empresa também é importante apenas para 25% dos chefes e 24% dos empregados.
Fonte: Exame, acesso em 20 de janeiro de 2013.

7 comportamentos dos pais que impedirão seus filhos de se tornarem líderes

Kathy Caprino, que escreve para a Forbes, costumava trabalhar como terapeuta familiar, antes de se tornar coach de carreira e liderança. Nesse longo tempo, em contato com casais, famílias e crianças, Caprino diz ter testemunhado uma variedade de comportamentos funcionais, mas também disfuncionais, por parte dos pais que conheceu. Impedir os filhos de ganhar independência, perseverança e se tornarem os líderes em potencial que são eram práticas frequentes, ainda que inconscientes.
Buscando informações sobre o assunto, Kathy se deparou com os livros do Dr. Tim Elmore, escritor e fundador de uma organização que busca empoderar jovens através de um trabalho de mentoria. O especialista confirmou suas constatações: muitos pais têm tratado suas crianças e adolescentes com mimos e comportamentos super-protetores, impedindo seu crescimento pessoal e podando suas capacidades de liderança - de si mesmos e de empreendimentos ao redor do mundo.
Aqui estão 7 desses comportamentos, identificados por Elmore, e que devem ser evitados se você quer que seu filho se torne um líder capaz:
1. Não deixar as crianças se arriscarem
O medo de perdê-las nos leva a fazer tudo o que podemos para protegê-las. Isso é correto e de fato uma responsabilidade dos pais, mas há riscos saudáveis e que precisam ser permitidos. Psicólogos europeus descobriram que crianças que não podem brincar fora de casa e que nunca chegam a se machucar de leve (sofrer uma queda, por exemplo) frequentemente desenvolvem fobias na idade adulta. Não permitir que adolescentes sofram o fim de um relacionamento amoroso ou que crianças caiam algumas vezes, aprendendo que é normal, provavelmente gerará adultos arrogantes (que não sabem lidar com as falhas) e com baixa autoestima.
2. Correr ao seu socorro muito rápido
Quando cuidamos de todos os problemas e enchemos as crianças de excessivos cuidados, deixamos de ensiná-las a tomar iniciativa e enfrentar suas dificuldades. É necessário que elas aprendam a caminhar sozinhas, para que se tornem líderes. Do contrário, serão adultos acomodados e inconsequentes.
3. Elogiar com facilidade
Não há problemas em elogiar os filhos quando eles merecem, mas a política de que "todos são vencedores" pode ser prejudicial, em longo prazo. É importante fazer com que seu filho se sinta especial, mas elogiá-lo sem critério, deixando de lado comportamentos errados, lhe ensinará a mentir, exagerar e trair, por medo de enfrentar a realidade como ela é e de causar decepção ao admití-la.
4. Deixar a culpa ser um obstáculo para a boa liderança
Seus filhos não precisam amar você todos os minutos de suas vidas. Eles conseguirão lidar com decepções, mas não com o fato de serem mimados. Por isso diga "não" ou "agora não" e deixe que eles lutem por aquilo que realmente valorizam e precisam.
5. Não compartilhar nossos erros
Adolescentes saudáveis desejarão fazer as coisas do seu jeito, e nós como adultos temos que permitir isso, o que não significa que não possamos ajudá-los. Compartilhar erros do passado pode gerar um sentimento de identificação e orientar seus filhos a escolherem melhor. Você não é o único a influenciar seu filho, então busque ser a melhor influência.
6. Confundir inteligência, talento e influência com maturidade
A inteligência é muitas vezes usada como uma medida da maturidade de uma criança, e, como resultado, pais costumam deduzir que uma criança inteligente está pronta para o mundo, o que não é necessariamente verdade. Para decidir quando soltar mais seus filhos e dar-lhes mais independência, observe outras crianças da idade deles, e veja como responde às pequenas responsabilidades que lhes forem dadas. Não apresse nem atrase esta independência!
7. Não fazer o que dizemos
Como pais, é nossa responsabilidade dar o exemplo de vida que queremos que nossos filhos vivam, ajudando-lhes a construir um bom caráter e a serem responsáveis em todos os aspectos. Como líderes de nossas casas, podemos começar por falar apenas com honestidade, sem hipocrisia ou mentiras (nem mesmo aquelas mais simples). Observe suas ações e escolhas éticas; seu filho, com certeza, as estará observando.
Fonte: Administradores, acesso em 20 de janeiro de 2014.

A cultura da extroversão

Nas reuniões de trabalho, nos palanques e até mesmo nas igrejas (...) A supervalorização do indivíduo extrovertido em nossa sociedade tornou-se evidente. Persuadidos por sua energia e esfuziante entusiasmo, acabamos atraídos por pessoas como Steve Jobs, o extrovertido criador da Apple, e mal lembramos de Steve Wozniak, o introvertido criador da Apple.


O mesmo se repete nas entrevistas de trabalho e dinâmicas de grupo, onde as competências típicas dos extrovertidos eclipsam as aptidões (e os valores) que deveriam ser realmente avaliados.


Nas escolas de negócio, alunos extrovertidos tornam-se especialmente populares pelo gosto por um caloroso debate. Enquanto que no mundo dos investimentos, extrovertidos ganham fama pela facilidade com a qual assumem riscos. Aliás, Susan Cain, autora do best-seller "Quietos: o poder dos introvertidos em um mundo que não para de falar" afirma que os extrovertidos e sua inclinação por riscos foram a principal causa para a queda do sistema financeiro global em 2008.


Em sua experiência, pessoas loquazes são avaliadas como sendo mais espertas, mais bonitas e desejáveis. E isso, segundo ela, pode levar-nos a abraçar suas ideais de forma precipitada. Claudia Watanabe da Sociedade Brasileira de Coaching, concorda. Para ela, o profissional extrovertido costuma ser expansivo e competitivo, mas também pode apresentar seu lado agressivo no ambiente de trabalho.


A supervalorização do ideal extrovertido também se faz notar nas prateleiras das livrarias. Só na Amazon, a maior livraria on-line do mundo, são mais de 200 títulos sobre esse assunto. A começar pelo famoso “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, que já vendeu mais de 15 milhões de cópias por todo o mundo.


E por falar em livros, sequer o dicionário de sinônimos escapa da predileção pelos extrovertidos. Já que as conotações vinculadas à palavra “extrovertido” são essencialmente positivas (afável, comunicativo, expansivo ou sociável) enquanto que para a palavra “introvertido“ os sinônimos não soam nada bem (calado, fechado, reservado ou tímido).


Timidez, aliás, que é tratada corriqueiramente como sinônimo de introversão, mas descreve, na verdade, uma característica bem diferente. A timidez está relacionada ao sofrimento pela exposição ao julgamento alheio e acomete principalmente aquelas pessoas que temem passar vergonha.


A introversão, por outro lado, caracteriza aqueles que preferem ficar sozinhos e se sentem mais produtivos no silêncio de seu isolamento. Quase todo tímido desenvolve um comportamento introvertido, mas o inverso não é necessariamente verdadeiro. Alguns introvertidos, aliás, podem ser até bem desinibidos, como os executivos Jorge Paulo Lemann, Bill Gates ou o presidente americano Barack Obama. Todos declaradamente introvertidos.


Quinn Mills, professor de liderança na Harvard Business School, reforça esse argumento e afirma que os introvertidos podem perfeitamente tornar-se bons lideres já que possuem qualidades importantes como a capacidade para escutar, para avaliar problemas a fundo e um censo acurado para a observação. Argumento esse que também ficou comprovado por Jim Collins, autor do livro “Empresas feitas para vencer“. Segundo levantamento feito por ele, CEOs que não são tão conhecidos por sua imagem carismática (introvertidos) vêm gerando mais retorno na bolsa de valores que seus colegas mais chamativos (extrovertidos).


Mas, seja como for, é preciso deixar claro que introversão ou a extroversão não tornam as pessoas mais ou menos aptas para a vida. Aliás, para o psicólogo e psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (criador de ambos os termos), ninguém é 100% introvertido ou extrovertido todo o tempo. Mas, segundo ele, apresentamos atitudes preponderantes de um ou de outro perfil. Para Jung, os extrovertidos encontram no mundo externo sua fonte de energia enquanto os introvertidos se abastecem em suas próprias reflexões.


Esses e outros relatos podem ser indícios de que o culto à extroversão pode estar chegando ao fim. Afinal, o dogma de que extrovertidos detêm o monopólio da liderança e dos bons resultados não tem fundamento. Mais do que isso, em tempos de Eike Batista, talvez tenha chegado a hora de eliminarmos certos clichês.
Fonte: Administradores, acesso em 20 de janeiro de 2013.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Quatro dicas para avaliar e melhorar seu desempenho

Críticas são essenciais para o desenvolvimento e crescimento pessoal. No entanto, a sua forma de se criticar pode atrapalhar esse processo. Quando muito duras, as autocríticas tendem a aumentar a procrastinação e diminuir o progresso pessoal, já que servem como forma de desmotivação para o indivíduo.
De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia, Berkeley, dos EUA, a melhor forma de incentivo pessoal é se criticar construtivamente, trocando o martírio interno por franqueza.
A pesquisa também traz as quatro dicas de como tornar suas críticas mais construtivas. São elas:
1 - Critique comportamentos específicos e tangíveis
Criticar e generalizar aspectos sobre si mesmo desmotiva e atrasa seu desempenho. É mais saudável pensar em estratégias para melhorar. Como por exemplo, ao invés de se definir como uma pessoa que não é inteligente, repense seus maus hábitos e o que pode fazer para se sair melhor nas próximas vezes.
2 – Não apenas critique as circunstâncias externas, tente mudá-las
Tenha consciência de que os fatores externos não têm tanta importância quanto seus hábitos e decisões. Usar seu colega de quarto que ficou assistindo televisão até tarde como desculpa por não ter estudado não cola. O mais viável é admitir para si mesmo que sua moradia talvez não seja o melhor lugar para estudar e encontrar alternativas para essas ocasiões.
3 – Foque-se mais nos outros
Uma forma de ser mais positivo é reparar em como suas ações podem afetar quem está ao seu redor. Não veja os outros como uma ameaça, e sim como o seu desempenho pode ajudá-los. De acordo com uma pesquisa da Associação Americana de Psicologia, aqueles que correm atrás de objetivos que beneficiam a equipe têm menos conflitos em suas relações profissionais e se sentem mais encorajados para atingir suas metas.
4 – Seja razoável ao se criticar
Se martirizar por algo que não deu certo não te levará a lugar algum. Analise os erros e pense em formas de evitar que eles aconteçam novamente. Ao repensar seus pontos fortes e suas fraquezas, você abre espaço para futuras melhoras.
Fonte: Época Negócios, acesso em 17 de janeiro de 2014.

Sete princípios para criar negócios imbatíveis

Se no passado um CEO poderia gerenciar o mesmo modelo de negócios durante toda a carreira, hoje ele precisa se reinventar constantemente. Assim como os nossos eletrônicos, esses planos podem se tornar obsoletos rapidamente e as empresas precisam estar aptas a criar, produzir protótipos e experimentar novos métodos.

No livro Modelos de Negócios Imbatíveis, o autor Saul Kaplan ensina como as empresas podem recriar suas estratégias e assim inovar. “Se quiser transformar o seu modelo de negócios, recomendo que você comece mapeando o genoma da sua empresa. Esqueça a reengenharia de processos e pense em termos de reengenharia genética. Para lançar um novo modelo de negócios torne o seu genoma transparente e acessível a qualquer pessoa que tenha uma composição genética similar”, afirma Kaplan no livro.

Veja abaixo sete princípios elencados por Kaplan para criar negócios imbatíveis:


1. Catalise algo maior que você mesmo

Segundo Kaplan, o passo mais importante neste processo de inovação requer uma mudança de perspectiva tanto de você quanto de sua empresa. “O processo começa com a percepção de que as oportunidades transformacionais são maiores do que você e sua empresa”.

2. A inovação colaborativa é o mantra

O autor destaca que as empresas precisam deixar de lado o modelo hierarquizado e aproveitar o potencial de comunicação que o nosso século oferece. Devemos permitir a inovação colaborativa entre os silos funcionais e a empresa.

3. Construa redes específicas

“Procure conexões viáveis entre pessoas e empresas. Não basta apenas se reunir; é preciso lutar junto e cocriar possibilidades”, afirma Kaplan.

4. A transformação em si é um ato criativo
No livro, Kaplan sugere aos executivos que se envolvam na prática criativa de suas empresas. Vale lembrar que a criação dos modelos de negócios é um ato desencadeado com ajuda da imaginação.
5. Seja um acelerador da inspiração
Em um mundo de apatia, a inspiração pode ser um diferencial. Kaplan afirma que descrença retarda o progresso, o crescimento e inovação. “Inspire. Inspire muitas pessoas, mas com um objetivo maior: a transformação” , diz o autor.
6. Experimente sempre

Adaptar velhas fórmulas não dá certo. É preciso que a empresa se arrisque e experimente novos modelos. “O mundo está em constante mutação. Adote a arte da descoberta”, explica Kaplan.
7. É um mundo centrado no usuário – crie para esse mundo

“A percepção começa com a empatia. Concentre-se na voz e na experiência do usuário final”, esse é um dos conselhos do livro para elaborar um modelo de negócios. Para o autor, o usuário deve ser colocado no centro do projeto de inovação.
Fonte: Administradores, acesso em 17 de janeiro de 2014.

Dedicação e consciência da carreira que quer seguir

Rebeca Albuquerque Cordeiro
Uma acadêmica extremamente dedicada e muito consciente do caminho que deseja percorrer. É com esse perfil que Rebeca Albuquerque Cordeiro, mestre em Administração pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), tem rompido fronteiras e se destacado no cenário nacional. A

Por opção, Rebeca pretende seguir carreira na academia. Mas para quem pensa que isso significa limitar-se aos livros e às salas de aula, ela – que na graduação e no mestrado conciliou a atividade acadêmica com experiências no mercado – garante que, para suas pesquisas, teoria e prática são indissociáveis. À Administradores, ela diz o que considera indispensável para quem quer se destacar e fala sobre a importância de aproveitar bem as oportunidades ainda na universidade. Autora do melhor artigo do XIV Seminários em Administração da USP, a administradora foi reconhecida também pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais com o 7º Prêmio Anbima de Mercado de Capitais pela importante contribuição dos seus estudos ao setor.

O que você acredita que um estudante de Administração precisa ter em mente para conseguir se destacar na carreira, assim como você?

Em primeiro lugar, colocar em prática, em sua vida, alguns conceitos fundamentais que aprende durante o curso, como planejamento e organização. É preciso ter em mente quais são os seus objetivos de vida e aonde se quer chegar, planejar ações e definir metas de como irá alcançá-los. Também é necessário se organizar, para que seja possível selecionar e aproveitar as oportunidades que surgirão durante o curso ou após o seu término. A disciplina também é uma questão chave.
Decidir-se por uma área específica dentro do curso logo cedo é importante ou você acredita que isso é amadurecido ao longo dos anos na graduação?
No caso dos estudantes mais jovens, que ingressam diretamente do ensino médio para a graduação, acredito que a escolha por uma área específica da Administração ocorre de maneira natural, de acordo com as habilidades pessoais e o interesse de cada um. Quando se trata de estudantes mais maduros, que já possuem uma trajetória profissional prévia, fica mais fácil focar na área em que já se tem experiência. Mas, independente de optar por uma área específica, acredito que os estudantes devem aproveitar bem todas as disciplinas específicas de Administração, a fim de se tornarem bons profissionais e se prepararem de maneira mais sólida para o mercado. Apesar de a Administração ser uma ciência multidisciplinar, dificilmente um profissional poderá se dar bem se focar exclusivamente uma só área.

Qual a importância do apoio dos professores nessa caminhada em busca do sucesso profissional?

Pelo fato de a Administração ser uma ciência muito prática e dinâmica, os professores precisam ajudar a construir a “ponte” entre as teorias ensinadas em sala de aula e a prática profissional. Para isso, precisam se atualizar constantemente, estar abertos ao debate e à troca de ideias. Entretanto, é importante destacar que o estudante também precisa buscar vivência prática durante o curso, fator preponderante para a sua formação como administrador, seja na forma de estágios, participação em projetos de extensão, empresa júnior, entre outros. Para quem deseja seguir a carreira acadêmica, há oportunidades como projetos de iniciação científica e monitoria. Enfim, acredito que um dos fatores para se tornar um bom profissional em Administração é buscar, desde cedo, essa associação entre a teoria aprendida em sala de aula e a prática profissional.

Você atuou no mercado enquanto profissional de Administração ou tem se dedicado apenas à carreira acadêmica?


Na realidade, eu consegui conciliar as duas atividades. Atuei no mercado durante todo o curso, em estágios e também como profissional em Finanças, a minha área de concentração no Mestrado. Ao mesmo tempo, também realizei atividades acadêmicas, como monitoria e produção de artigos. Considero muito importante a atuação prática em Administração, mesmo para quem prefere se dedicar ao campo acadêmico. Aliás, acredito que teoria e prática são indissociáveis nessa área. Atualmente, apesar de estar focada na academia, sou investidora e acompanho de perto a dinâmica do mercado financeiro, o que contribui bastante para as pesquisas que realizo.
Fonte: Administradores, acesso 17 de janeiro de 2014.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Olivetto: criatividade se treina

Washington Olivetto

Segundo o dicionário Webster, a criatividade é basicamente o processo de “fazer”, de “dar a vida”. Neste segundo mergulho no tema, entrevisto um cara cujo processo criativo já se transformou até em livro. Para Washington Olivetto, manter-se criança é manter-se criativo. Ele acredita ser possível “treinar” a criatividade. Desde que se tenha talento, disposição para trabalhar e nenhum deslumbramento. A inspiração vem mesmo da vida.
Nasce-se criativo ou desenvolve-se a habilidade ao longo da vida?
Olivetto
 – Todo mundo nasce criativo, mas poucos continuam. Até porque dá muito trabalho, e o ser humano, além de nascer criativo, também nasce preguiçoso.
Como desenvolver um olhar criativo para o mundo?
Olivetto
 – Mantendo-se criança a vida inteira. Mas sem molecagens.
Criatividade se ensina?
Olivetto
 – Criatividade se treina.
Você sempre teve esse olhar (criativo)?
Olivetto 
- Sim. Não tinha alternativa. Ou era desse jeito ou não ia dar certo.
Quando percebeu que tinha habilidades para criar, inventar, fazer diferente?
Olivetto
 – Quando comecei a querer impressionar as meninas da escola.
Como é seu processo de criação: silêncio, barulho, meditativo, metódico, caótico…Conte como você costuma ter boas ideias.
Olivetto
 – Eu me concentro com enorme facilidade. Tenho um templo budista dentro do cérebro que, se necessário, pode ser acionado num Maracanã em dia de Fla-Flu.
Criar sozinho é melhor que em grupos de brainstorming?
Olivetto
 – Gosto das duas coisas. Me encanta observar a reação das pessoas quando submeto a elas coisas que criei sozinho. Mas me faz um bem danado para o ego quando consigo aperfeiçoar as ideias dos outros, quando estamos criando em grupo. Sozinho ou em grupo, o importante é manter a consciência de que nenhuma criação é verdadeiramente individual. Sempre existe alguma coautoria, consciente ou não.
Onde e em que você busca inspiração?
Olivetto
 – Na vida.
O futuro é dos criativos ou dos inovadores?
Olivetto
 – O futuro será dos mais talentosos, mais trabalhadores e menos deslumbrados.
Qual a diferença entre ser criativo e ser inovador?
Olivetto
 – Não existe diferença. Ninguém é criativo se não for inovador e ninguém é inovador se não for criativo. E ninguém é criativo nem inovador se acreditar nos rótulos e clichês do momento, seja qual for o momento.
O que você faria se não estivesse nessa profissão?
Olivetto
 – Verdadeiramente bem, nada. Quase bem, algumas poucas coisas.
Ganhar a vida com criação é para muito poucos?
Olivetto
 – Muitos ganham a vida criando coisas interessantes, importantes e relevantes em diversas atividades. Achar que só os publicitários ganham a vida criando é bobagem de publicitário.
Ter “criação” no cargo não é, muitas vezes, um pouco “pesado”, causador de stress e pressão? Uma obrigação de ser inventivo e genial o tempo todo?
Olivetto
 – Não, é só o meu trabalho. Que pode ser adorável, quando bem feito, ou detestável, quando mal feito.
Você tem um pacto com você mesmo de se “reinventar” de tempos em tempos, buscar algo inteiramente novo para fazer, se desafiar?
Olivetto
 – Sim. Fazer o novo de novo me realimenta. Explica a minha durabilidade nesse negócio.
Dê um exemplo desse processo de se reinventar.
Olivetto
 – Depende do momento e da minha necessidade pessoal. Se sinto que é o momento de ser unanimidade, se sinto que é o momento de ser controverso, se sinto que é hora de me expor, se sinto que é hora de me conter, e assim por diante. Meu comportamento é muito similar ao de outros trabalhadores da cultura pop. Às vezes, também, a necessidade de reinvenção vem de fatores extremamente pessoais. Um exemplo: no fundo, no fundo, eu só inventei a WMcCann para impressionar meus filhos pequenos. Não queria ficar contando para eles histórias do meu passado, por melhor que seja esse passado.
Quando você se sente mais criativo?
Olivetto
 – Não sei precisar esses momentos com exatidão. O treinamento de anos me condicionou a controlar a hora de ter ideias de acordo com as necessidades do trabalho. Curiosamente, aprendi a controlar a hora de fazer, mas não aprendi a controlar a hora de não fazer. Às vezes me surgem ideias nos momentos, horários e lugares mais inesperados.
Qual o papel do ócio na sua vida?
Olivetto
 – Meu maior contato com o ócio foi trabalhando. Aconteceu quando fui a Ravello, na Itália, fazer uma palestra num seminário do meu amigo Domenico De Masi, autor da teoria do ócio criativo.
O que você gosta de fazer quando não está “trabalhando”?
Olivetto
 – Nunca estou só trabalhando, nem nunca estou só me divertindo. Misturo tudo. Gosto de viver a vida.
O que te interessa mais na literatura e no cinema, por exemplo?
Olivetto
 – Leio alucinadamente desde criança. Normalmente, 3 livros ao mesmo tempo. Misturo biografias (adoro a vida alheia) com novo jornalismo e ficção. Leio de tudo. Só não sou fanático por contos policiais. Adoro cinema, particularmente de histórias bem contadas.
Cite alguns criativos que te inspiraram ao longo da vida – de qualquer área.
Olivetto
 – Entre os muitos publicitários do Brasil e do mundo que me inspiraram, Francesc Petit foi, sem dúvida, o que mais me inspirou e me ensinou. Mas minhas inspirações para a vida e para a publicidade, em sua maioria, não vêm de publicitários, mas sim de compositores, escritores, artistas plásticos, cineastas, atores, jornalistas, arquitetos, atletas, profissionais de televisão, empresários. Tenho o privilégio de ter ídolos em todas essas áreas e de ser amigo da maioria dos meus ídolos.
Qual o último livro que leu e o que gostou a respeito dele?
Olivetto
 – Acabei de ler Calor, do Bill Buford, jornalista da New Yorker que, com um texto brilhante, conta as suas aventuras na tentativa de se transformar num grande chefe de cozinha. Acabei de ler também Fashion Brands, livro sobre o mercado de moda, de autoria do inglês Mark Tungate. Já conhecia o trabalho de Mark, que é autor de um ótimo livro sobre publicidade chamado Adland. E estou folheando com prazer um livro chamado Modern Art Desserts, com fotos e receitas de sobremesas feitas a partir de quadros famosos. O livro é da Caitlin Freeman e a foto da capa é de um bolo baseado naquele quadro do Mondrian que virou vestido do Yves St. Laurent.
Como você se vê daqui a cinco, 10 anos?
Olivetto
 – Daqui a cinco anos me vejo trabalhando como hoje, no dia a dia da agência. Daqui a 10 anos, me vejo afastado do dia a dia da agência, trabalhando em projetos autorais.
Você se vê trabalhando sempre, nunca parar, a menos que seja obrigado?
Olivetto
 – Existem muitas coisas que eu não sei. Não trabalhar é uma delas.
Fonte: Época Negócios, acesso em 15 de janeiro de 2013.

Por que as redes sociais não matam o e-mail marketing

Não só essa ideia é equivocada como é recomendável que as duas ferramentas sejam trabalhadas de forma conjunta para que as empresas alcancem bons resultados com o marketing digital. É bem verdade que a interação via redes sociais diminuiu o número de mensagens pessoais trocadas via e-mail, mas a ferramenta continua sendo um importante meio de comunicação empresarial. Veja, a seguir, um comparativo entre as duas plataformas:
Contatos casuais x relações profundas
Enquanto nas redes sociais sua empresa consegue impactar quem está online e atento na timeline naquele momento, com o e-mail marketing é possível uma abordagem mais direcionada, com conteúdo personalizado e segmentado e a atenção do público é praticamente exclusiva. O e-mail marketing é uma boa maneira de aprofundar o relacionamento com seus clientes, enviando mensagens com conteúdo que eles já demonstraram interesse anteriormente.
Ativo instável x ativo próprio de longo prazo
Nas redes sociais o alcance de sua empresa depende muito das regras da plataforma utilizada. No Facebook, por exemplo, ele fica limitado, em média, a 10% da base – para conseguir impactar um número maior de pessoas só investindo em anúncio por lá. Por outro lado, a base de contatos de sua empresa é um ativo próprio de longo prazo e sobre o qual sua equipe detém total controle, podendo avaliar exatamente quem visualizou e segmentar o conteúdo, entre outros recursos.

Automatização genérica x conteúdo segmentado
Tanto nas redes sociais quanto na plataforma de e-mail marketing é possível fazer a publicação e o envio de forma automatizada. A diferença é que nas redes sociais ele se limita a um agendamento da publicação. Já a automatização nas plataformas de e-mail marketing pode ir muito além, como no caso da nutrição de leads, um recurso onde é possível agendar uma sequência de mensagens personalizadas, de acordo com o interesse de seus contatos. Um canal completa o outro. Se por um lado as mídias sociais são úteis para atrair novas oportunidades, divulgando o conteúdo de sua empresa para uma base cada vez, por outro lado, o email marketing funciona melhor para nutrir os relacionamentos já existentes e impulsionar as vendas.
Eric Santos é especialista em marketing digital e CEO da Resultados Digitais.
Fonte: Exame, acesso em 15 de janeiro de 2013.

Confira oito dicas para melhorar a habilidade de falar em público

No decorrer da história, o poder da oratória sempre foi utilizado como uma das mais importantes formas de influenciar as outras pessoas. Hoje, isso não é tão diferente. Saber se comunicar é uma das competências que as empresas mais buscam nos profissionais.
“Quem fala bem, de forma articulada e sensata, consegue defender melhor suas ideias, produtos ou serviços e influenciar positivamente as pessoas”, afirma Stephan Lucas, professor de comunicação da Universidade Estadual da Pensilvânia, EUA, e autor de "A Arte de Falar em Público", lançamento da Bookman Editora. Ele reforça que essa capacidade melhora a performance de profissionais em entrevistas de emprego, reuniões, negociações, e no relacionamento interpessoal.
No entanto, falar em público é algo que ainda assusta muita gente. Não faltam pessoas que se sentem acuadas quando, em algum momento, surge ou é preciso se expor para outras pessoas. Para ajudar nesse momento, o especialista Stephan Lucas elencou oito dicas que podem favorecer e melhorar a habilidade de se falar em público. Veja abaixo as dicas do professor: 

1 – Use o nervosismo a seu favor

Se você fica tenso ao falar em entrevistas de emprego, reuniões e apresentações, saiba que a maior parte dos grandes empresários e oradores sentem o mesmo. O segredo é utilizar essa tensão a seu favor, transformando-a no que os psicólogos chamam de nervosismo positivo. Dessa forma, é possível controlar e até retirar forças desse sentimento, deixando de ser vítima dele.

A principal maneira de vencer o nervosismo negativo é estimular pensamentos e imagens mentais positivas. “Para cada pensamento negativo, é preciso criar cinco positivos”, diz o especialista. Entender que apenas uma pequena parcela da tensão de uma pessoa é percebida pelas outras e evitar o perfeccionismo também ajudam a lidar com o sentimento.
2 – Aprenda a escutar
A maioria das pessoas ouve de forma passiva, sem efetivamente absorver o conteúdo. Para ser um ouvinte ativo, é preciso desenvolver esse hábito com treinamento e disciplina. Algumas ações podem
ajudar: se esforce para compreender o ponto de vista do orador; não interrompa e nem conclua as frases antecipadamente; não se deixe distrair por interferências internas ou externas; e não julgue o interlocutor.

“O foco é outro item essencial a um bom ouvinte. Como pensamos mais rápido do que ouvimos, é fácil deixarmos nossa atenção escapar”, afirma o especialista. Ele conta que uma dica para manter a mente focada é pensar à frente do orador e tentar prever o que vem em seguida, com o cuidado de não tirar conclusões precipitadas. Outra forma de manter a mente atenta é revisar mentalmente o que o orador disse e confirmar se você de fato compreendeu.

3 – Desenvolva seu pensamento crítico                          

Às vezes as pessoas sentem que têm as informações corretas, que o argumento do outro está errado, mas não conseguem se expressar de forma efetiva. A questão é: falar bem exige aprender a pensar bem, para ter a capacidade de organizar e enxergar com clareza as relações entre as ideias.
Atividades como leitura, exercícios de raciocínio crítico e interpretação de textos e palestras ajudam a desenvolver o pensamento crítico. Assim, é possível aprender a identificar pontos fracos no argumento do outro para evitá-los em seus próprios argumentos.

4 – Use exemplos

Os exemplos ajudam a esclarecer e reforçar as ideias. Eles transformam ideias abstratas em concretas e compreensíveis aos ouvintes. Ensaiar a narração de exemplos longos é uma boa maneira de deixá-los mais interessantes, já que eles são como histórias e dependem tanto da forma como são contados quanto do conteúdo. “As pessoas em geral são mais influenciadas por exemplos claros e pessoais. Mas exemplos que trazem dados estatísticos também podem ser úteis em determinados momentos”, comenta Lucas.

5 – Não seja etnocêntrico


Convivemos, nas várias esferas da nossa vida, com pessoas de diferentes descendências, culturas e religiões. Isso exige cuidado com a crença de que nosso grupo ou cultura é superior aos outros – chamada de etnocentrismo. Nesse sentido, devem ser evitadas comparações que identificam um grupo como melhor do que outros. Para ser um comunicador persuasivo em um mundo multicultural, você̂ precisa ter em mente que as pessoas têm crenças e costumes diferentes.

6 – Planeje

Sempre planeje o que você irá falar em ocasiões importantes como entrevistas, reuniões, negociações e apresentações. Procure organizar as suas frases da maneira mais objetiva possível e defina onde quer chegar com cada uma. Também é importante definir as etapas da sua fala; começo, meio e fim devem estar bem divididos. Outro ponto fundamental é se preparar para os possíveis questionamentos sobre os seus argumentos.

7 – Seja ético

Quando expomos uma ideia, assumimos a responsabilidade por ela. Por isso, é importante avaliar se os seus argumentos são eticamente fundamentados. Você acredita no que fala? Suas frases são coerentes com o bem estar dos demais? Em entrevistas de emprego ou negociações, por exemplo, é
importante encontrar o equilíbrio para vender bem seu trabalho ou produto/serviço de forma verdadeira. Não é novidade que mentir em entrevistas de emprego e negociações pode trazer consequências bastante negativas, já que a verdade sempre acaba vindo à tona.

8 – Preste atenção à linguagem

Durante a comunicação, a linguagem utilizada deve ser precisa e clara. Para utilizar as palavras com precisão, reflita sobre o que você quer dizer, exatamente. O dicionário é um bom aliado nesse caso. Utilizar palavras familiares e concretas e evitar a redundância são formas eficazes de deixar as frases mais claras e ser imediatamente compreendido pelos ouvintes.
 Fonte: Administradores, acesso em 15 de janeiro de 2014.