sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Empresas têm melhor avaliação do setor de serviços

O aumento de 0,2% na confiança do setor de serviços ocorreu na esteira da melhora na avaliação dos empresários sobre a situação atual dos negócios. O quesito registrou alta de 3,8% em fevereiro. Segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas), a proporção de empresas avaliando a situação dos negócios como boa passou de 23,2% para 25,9%, enquanto a parcela das que a consideram ruim, recuou de 17,0% para 15,7%.
— O resultado da Sondagem em fevereiro reafirma, nesse início de ano, um momento de avaliação pouco favorável das empresas sobre seu nível de atividade. Ressalte-se que o ligeiro avanço do ICS em fevereiro foi concentrado no segmento de serviços de informação, predominando queda da confiança na grande maioria dos segmentos pesquisados — destacou a FGV.
O quesito Volume de Demanda Atual, por sua vez, registrou queda de 1,1%, com a proporção de empresas avaliando a demanda atual como forte em 15,0% (15,4% no mês anterior) e como fraca em 21,3% (20,7% no mês anterior).

O contrapeso se deu pela queda do otimismo das empresas em relação à demanda prevista, cujo indicador variou -1,7% em fevereiro, pressionando as expectativas dos empresários do setor de serviços. Já o indicador sobre a percepção das empresas quanto à tendência dos negócios subiu 0,1%.
A proporção de empresas prevendo demanda maior no futuro próximo diminuiu de 41,6% para 39,4%, enquanto a parcela daquelas prevendo demanda menor ficou estável em 8,8%. A proporção de empresas esperando tendência dos negócios melhor recuou de 42,3% para 41,3% e nas que esperam piora passou de 7,5% para 6,4%. )


Fonte: R7 - Notícias, acessado em 28 de Fevereiro 2014.

Seca reabre discussão sobre preço da energia

O preço recorde da energia no mercado de curto prazo reabriu debates acalorados no setor elétrico sobre a possibilidade de mudanças nos cálculos desse valor. As discussões já batem às portas do governo e ocorrem em um momento de estimativas cada vez maiores de gastos para cobrir o uso intensivo das térmicas e o rombo das distribuidoras de energia, que não conseguiram contratar todo o suprimento necessário nos leilões oficiais e ficaram vulneráveis aos preços mais elevados do mercado "spot".
Analistas já afirmam que projeções de despesas entre R$ 15 bilhões e R$ 18 bilhões, neste ano, ficaram defasadas com a queda acentuada dos reservatórios e a dificuldade em enchê-los no restante do período de chuvas. O engenheiro e consultor Humberto Viana Guimarães diz "não ter dúvidas" em calcular gastos acima de R$ 20 bilhões com o acionamento das térmicas. Ele foi justamente um dos primeiros nomes no mercado, ainda em janeiro, a apontar estimativas de despesas superiores a R$ 15 bilhões - hoje amplamente aceitas. O governo, que se recusa a encampar as previsões, tem insistido no argumento de que o orçamento reservado pelo Tesouro Nacional é suficiente. Há R$ 9,8 bilhões disponíveis para 2014.
Em fevereiro, o preço do megawatt-hora no mercado "spot" ficou em R$ 822,83 ao longo de todo o mês, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Conforme cálculos apresentados ontem a executivos do mercado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o preço-teto deve ser mantido na primeira semana de março. Esse valor é o máximo permitido atualmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e superou até mesmo o recorde anterior, de R$ 569,59 por megawatt-hora, que havia sido atingido em 2008.
Seria exagero dizer que há discussões formais e bem estruturadas, no governo, para revisar a metodologia do preço de liquidação de diferenças (PLD). Por enquanto, o que existe são opiniões isoladas, manifestadas em caráter pessoal. É certo, no entanto, que mudanças na forma de cálculo dos valores praticados no mercado de curto prazo - a fim de baixá-los - têm sido defendidas discretamente, nos bastidores, por dirigentes da Aneel e por conselheiros da presidente Dilma Rousseff no setor elétrico.
"O que acontece hoje com o PLD não reflete a situação energética do mundo real", diz um interlocutor de confiança da presidente. Hoje, segundo esse conselheiro de Dilma, o modelo de precificação é excessivamente sensível às chuvas e tem como referência o custo da usina mais cara que esteja sendo acionada em todo o sistema interligado. "Fica seco durante uma semana e o preço dispara. Vem um pé d'água durante três dias e o preço cai pela metade. Mas nada disso quer dizer que haja, de uma hora para outra, escassez ou sobra de energia no sistema", argumenta essa fonte.
Uma das ideias lançadas - e que circula, no governo em caráter informal - é calcular o preço do mercado de curto prazo pelo custo médio de acionamento das usinas. Em vez de arrastar o preço sempre para o custo da térmica mais cara, que contribui com um pequeno punhado de megawatts para um parque gerador de 127 mil MW, essa metodologia teria melhores condições de refletir a situação real do mercado.
Em relatório distribuído a clientes, duas semanas atrás, o banco J.P. Morgan afirmou que "a manipulação dos preços 'spot' não é uma hipótese remota". Marcos Severine, analista que assina o relatório, lembra os efeitos de uma medida nesse sentido. Ela reduziria os valores desembolsados pelas distribuidoras para repor os volumes de energia descontratada. Esses desembolsos terão que ser pagos pelos consumidores, por meio de reajustes nas tarifas, ou assumidos pelo Tesouro.
Um trio de geradoras estaduais - Cemig, Cesp e Copel - pode ter receitas adicionais de até R$ 7 bilhões neste ano com a venda de energia a preços elevados, segundo cálculos do J.P. Morgan. Elas têm 979 MW de energia sem nenhuma amarra contratual e negociada no mercado "spot".
Luiz Eduardo Barata, presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pelo cálculo semanal da metodologia de preços, procura tranquilizar o mercado. "Não vejo nenhum espaço para uma mudança neste momento."
O economista Nivalde de Castro, coordenador do grupo de estudos do setor elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem sido um dos especialistas mais ativos em demonstrar a "transferência de renda" causada pela suposta distorção nos preços atuais. De acordo com Castro, os consumidores, ou o Tesouro, acabarão pagando indiretamente uma conta bilionária a esse pequeno grupo de geradoras por causa da queda dos reservatórios, embora o balanço estrutural de demanda e oferta não seja preocupante, na sua visão.
Joísa Campanher Dutra, ex-diretora da Aneel e professora do Centro de Regulação da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), prefere nem entrar no mérito da discussão e é radicalmente contra a ideia de falar, neste momento, sobre mudanças no preço do mercado de curto prazo. Para ela, qualquer mudança das regras agora seria mal interpretada pelos investidores, por mexer nas perdas e ganhos de todo o setor.
Segundo a ex-diretora, qualquer economia, ao Tesouro ou aos consumidores, proveniente de uma intervenção no PLD pode virar um tiro pela culatra. "Temos que passar por essa tempestade. Nenhum tipo de aperfeiçoamento pode ser feito no calor dos acontecimentos. Medidas arbitrárias entram na percepção de risco e acabam sendo precificadas pelos investidores", diz Joísa.


Fonte: Valor, acessado em 28 de Fevereiro 2014.

Coisa de mulher

As mulheres estão empreendendo mais cedo, em maior número e em áreas diversificadas. Entre 2002 e 2013, a participação das empreendedoras em pequenos negócios com até três anos e meio de atividade cresceu dez pontos percentuais. Enquanto a parcela de homens caiu de 57,6% para 47,8%, a liderança feminina no setor saltou de 42,4% para 52,2%, no mesmo período, segundo o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
"A maior parte das proprietárias tem entre 40 e 64 anos de idade, mas a participação das mais jovens também aumentou", afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. "Quarenta e um por cento do público feminino que está montando uma empresa hoje têm entre 18 e 39 anos e cerca de 40% delas são chefes de família", diz. A maioria, ou 70% do total, tem, ao menos, um filho.
Segundo Barretto, no início da década passada, a prestação de serviços e atividades de comércio, como lojas de roupas e acessórios, concentravam 80% das companhias comandadas por gestoras. Hoje, mais capacitadas e escolarizadas, as empresárias aparecem com iniciativas também na indústria e marcam maior presença no agronegócio. A proporção das empreendedoras com firmas de serviços alcança 32,6%, seguida do comércio (31,2%) e indústria (18,7%). "Em 2001, 9% das donas de empreendimentos estavam no campo. Dez anos depois, essa participação foi para 11%."
As atividades preferidas das mulheres no setor de serviços são trabalhos ligados a salões de beleza, alimentação e saúde. No comércio, predomina a venda de vestuário e calçados, enquanto na indústria o destaque é a confecção de roupas. "Uma das principais mudanças no perfil das empresárias é que elas não empreendem mais apenas para complementar a renda familiar ou por passatempo", analisa Barretto. "A maioria identifica uma demanda de mercado e coloca essa ideia em prática, com planejamento."
Foi o que aconteceu com a paulista Cristina Ruffo, de 60 anos, considerada uma das maiores criadoras de jacarés de papo amarelo do mundo, com um plantel de cerca de 20 mil animais, em Maceió (AL). As peles manufaturadas são vendidas para fábricas de carros como Ferrari e BMW. Antes de se estabelecer, Cristina trilhou um longo caminho. Foi jornalista e dona de empresas de recursos humanos. Aos 34 anos, com uma vida atribulada, sofreu um infarto e resolveu se mudar para o Nordeste, em busca de dias mais sossegados.
"A situação era difícil. Estava recém-infartada, separada e com três filhas menores de 12 anos, em uma nova cidade", lembra. O pulso firme fez com que, em menos de um ano em Maceió, abrisse um restaurante. Conheceu o atual marido, o italiano Silvio Garabuggio e, um ano depois, já tinha quatro estabelecimentos. O gosto do companheiro pela pesca levou o casal a comprar uma propriedade no entorno da capital alagoana para criar os peixes que seriam servidos aos clientes. Em uma das pescarias, encontraram três jacarés. "Vi surgir uma oportunidade de negócio, com a venda de subprodutos do animal."
Para entender mais sobre o assunto, Cristina visitou criatórios na Austrália, Ásia e Estados Unidos. "A burocracia era muito grande para legalizar o negócio no Brasil", diz. "Foram anos de trabalho sem retorno, pois ainda não estava autorizada a vender." As entregas da empresa, batizada de Mr. Cayman, só começaram em 2002. Oito anos depois, ela era a pioneira no Brasil em criatórios no sistema "farming" e no abate humanitário dos animais. Conseguiu também tirar os bichos da lista de espécies em extinção no Brasil. Há dois anos, obteve a permissão para exportar as peles.
Com seis funcionários, que incluem as três filhas e um neto de Cristina, a Mr. Cayman produz 200 peles ao mês, vende animais vivos para o início de novos negócios e hospeda espécies para criadores em processo de licenciamento. O faturamento mensal chega a R$ 160 mil. Em 2012, por conta de seu trabalho, a empresária venceu o Prêmio Mulher de Negócios do Sebrae, criado em 2004 para reconhecer histórias de empreendedorismo feminino.
Em breve, Cristina vai inaugurar um complexo com 15 criatórios, com 80 animais cada um, em uma área de um hectare. Serão vendidos por cerca de R$ 1 milhão. O local vai ter uma escola-oficina para a confecção de produtos, um hotel e um restaurante especializado em carne de jacaré.
"Cada vez mais mulheres preparadas, que fizeram carreira em empresas, deixam o mundo corporativo para empreender", observa Maria José Tonelli, vice-diretora acadêmica da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Eaesp) e coordenadora no Brasil do Programa 10.000 Mulheres, de educação em administração e gestão de negócios. "O empreendedorismo dá uma maior flexibilidade para conciliar carreira e vida familiar, permitindo acompanhar de perto a educação dos filhos."
No caso de Gislaine Marcandali, 54 anos, dona da Lavatórios Portáteis Volare, o sucesso do empreendimento a ajuda a sustentar a casa. Chefe de uma família de três filhos, começou como funcionária em salões de beleza antes de abrir seu próprio estabelecimento, em 1986.
Em 2007, procurou o Sebrae que, em parceria com o Instituto de Pesquisa e Tecnologia (IPT), criou um lavatório portátil de fibra de vidro. Hoje, a empresa vende três modelos de lavatórios, com uma produção mensal de 20 unidades. Em breve, lança uma quarta versão, para pessoas acamadas ou com mobilidade reduzida. "A ideia é aumentar a produção para 400 peças ao mês, a partir de abril", diz. O modelo mais barato custa R$ 1,3 mil e ela fatura cerca de R$ 20 mil ao mês.


Fonte: Valor, acessado em 28 de Fevereiro 2014.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O executivo precisa ver com os olhos do consumidor

No momento em que o Brasil vive um momento de ascensão no cenário internacional, com a chegada de diversas empresas estrangeiras ao País, a construção de valor de novas marcas exige uma estratégia firme e bem definida. Segundo Jagdish Sheth, professor da Emory University e coautor do livro Os Segredos das Empresas Mais Queridas (Editora Bookman), a estratégia de recursos humanos precisa combinar dois tipos de profissionais: gerentes nacionais e executivos locais capazes de trabalhar juntos, adaptando as metas de um grande grupo à realidade de uma nova cultura.
Transformar uma marca novata em produto desejado passa por um processo de catequização do consumidor que envolve as áreas de desenvolvimento, distribuição e marketing. Para o professor, as empresas japonesas e coreanas conseguiram, nas últimas décadas, passar de alternativas a desejos de consumo. "A empresa precisa ser capaz de criar algo novo e único", diz, citando os exemplos de Toyota e Samsung.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista com Sheth, que virá a São Paulo no fim do mês para participar do Fórum HSM Gestão e Liderança:
Existe uma fórmula para criar uma empresa querida para o consumidor?
Há duas estratégias diversas. Para empresas de serviços, tudo começa no funcionário. Eles são o produto, de certa maneira. São eles que vão reverberar o conceito da empresa na comunidade. Nas empresas industriais, o núcleo é o produto propriamente dito, que precisa ser bastante amigável aos olhos do consumidor. E o melhor exemplo disso atualmente é a Apple.
Qual é o papel dos funcionários na construção da relação com o consumidor?
É muito importante interagir com o consumidor, é preciso que eles confiem totalmente no produto. Os líderes têm de pensar no produto ou serviço sempre do ponto de vista do consumidor. O funcionário precisa ser um advogado, um conselheiro íntegro no qual o cliente tenha total confiança.
Encontrar esse equilíbrio de credibilidade é mais difícil para as marcas de nações em desenvolvimento?
Sim, muitos países, como China e Índia, sofrem com essa imagem negativa. O "made in China" ainda é associado a um produto barato, mesmo que tenha uma boa qualidade. O mesmo acontece com os softwares indianos.
Mas esse é um processo de longo prazo.
Sim, e também é preciso escolher os parceiros certos, como distribuidores no varejo. Nos anos 80, achava-se que os carros japoneses tinham baixa qualidade. Por isso, a Toyota criou um carro mais barato e, aos poucos, foi trilhando seu caminho até o mercado de maior valor. O mesmo aconteceu nos anos 90, na Coreia. A Samsung é hoje uma marca top de linha, porque soube desenhar produtos diferentes, em vez de apenas imitar os líderes. E isso se reflete na imagem atual da marca.
Qual deve ser o processo de busca de talentos para acelerar esse processo?
Há duas saídas. Para desenvolver um mercado nacional, é preciso contratar profissionais locais que entendam a cultura do país e possam comandar a equipe local. Ao mesmo tempo, é vital ter executivos mundiais circulando por diferentes países. Essas pessoas se tornam uma espécie de embaixador de marca. E isso exige uma rotação rápida em diversos mercados. É um trabalho que não pode ser exercido por alguém que só fale inglês.
E em que momento entram em campo as ferramentas de marketing?
Primeiro se desenvolve o produto e se decide a distribuição. Neste primeiro momento, geralmente a melhor estratégia é encontrar um distribuidor local, como foi feito pela Michelin (fabricante de pneus), que se associou à Sears nos Estados Unidos. Isso também pode ser feito por meio de uma aquisição, como fez a InBev ao comprar a Anheuser-Busch - ganhou tanto distribuição nos Estados Unidos quanto uma marca conhecida, a Budweiser. E, assim, a companhia encontrou um canal para vender também cerveja brasileira em território americano. O marketing vem por último e traz muito mais desafios, já que, hoje, qualquer questão vira tema global por meio do YouTube ou Facebook.
Os problemas de imagem se multiplicam mais rapidamente.
Exatamente. E não dá para fazer muita coisa depois que a crise já estourou. A Foxconn, na China, e a Zara, no Brasil, aprenderam isso recentemente. Os produtores de café também se viram obrigados a ter um selo de comércio justo em seus produtos, a mostrar que os agricultores do Brasil, da América Central e da Colômbia estão sendo remunerados de maneira decente. É algo importante também na hora de atrair talentos. Hoje, não basta ser paternalista e oferecer benefícios. Os profissionais mais jovens também querem saber os valores sociais da empresa em que trabalham.

Fonte:ESTADÃO,  acessado em 27 de Fevereiro 2014.

Personalidade versus conhecimento

O aquecimento econômico, que vem gerando uma verdadeira caçada de profissionais qualificados, não impede as empresas de dar prioridade à avaliação do perfil psicológico dos candidatos, antes mesmo de pesar a experiência técnica durante os processos seletivos. É o que aponta pesquisa da Catho Online com 46.067 entrevistados entre candidatos e profissionais da área de recursos humanos. 
De acordo com o levantamento, 52,1% das empresas pesquisadas aplicam algum tipo de teste no processo seletivo. Destas, 71,7% valorizam a avaliação da personalidade, aptidão e as competências dos candidatos em testes psicológicos ou de análise de comportamento durante a seleção. O conhecimento técnico também é analisado no currículo, em entrevistas ou em testes situacionais - quando a empresa simula um conflito do dia a dia da função para ver se o candidato consegue solucioná-lo -, mas somente depois da aprovação do perfil comportamental. 
"Normalmente, as pessoas são contratadas por suas habilidades técnicas e são demitidas por problemas de comportamento. Por isso, é natural que as companhias deem prioridade a este tipo de avaliação. Afinal, é muito mais fácil oferecer um curso técnico para aprimorar os conhecimentos do profissional na área e, assim, suprir a sua deficiência, do que ‘moldar’ a personalidade de alguém", comenta diretor de educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Luiz Edmundo Rosa.
A gerente de recursos humanos da rede hoteleira Grupo Salinas, Eliana Castro, concorda com Rosa. Para ela, em muitos casos é importante avaliar se a personalidade do candidato se encaixa com a dos demais funcionários da equipe para não prejudicar o clima amistoso no ambiente de trabalho.
"Há candidatos que nós desencorajamos o chefe do setor a contratar, porque sua personalidade destoa dos demais da equipe. Claro que não eliminamos o candidato logo de cara, mas é algo que conta ponto", diz Eliana.
Recém-contratadas pelo grupo hoteleiro de Alagoas, Natalia Pinto Rabelo, de 22 anos, e Karina Sencades, de 32 anos, passaram por vários testes antes de obterem a efetivação.
Por ser psicóloga, Karina, que assumiu o cargo de consultora de recursos humanos em março, não passou por testes psicológicos, já que não se aplica este tipo de exame em profissionais da área. "Mas passei por entrevistas, provas situacionais e de competência, que também ressaltam características que possibilitam ao recrutador traçar meu perfil psicológico", conta Karina.
Natália, contratada este mês como assistente de vendas, fez testes de personalidade, passou por três entrevistas e ainda pela prova situacional. "De todos os testes, o mais difícil foi a simulação de um problema corriqueiro da função. ‘Tirei de letra’as entrevistas e o teste psicológico." 
O diretor de desenvolvimento organizacional do Grupo Boticário, Rogério Bulhões, também não recomenda a contratação de um profissional que os testes, entrevistas, dinâmica[ ]s etc. apontem que ele não tem o perfil aderente à cultura organizacional, mesmo tendo a base técnica. [/ ]"Testes comportamentais são instrumentos que apoiam a decisão do gestor e complementam a entrevista, dinâmicas de grupo, cases e outras ferramentas de seleção. Mas não são a única ferramenta para a tomada de decisão da contratação."
A AmBev também investe na avaliação do comportamento do candidato. A companhia faz testes de personalidade e de afinidade com a cultura corporativa. 
Lacuna. Dependendo do cargo e da área de atuação também é feita análise técnica, de português e de inglês. "É muito mais fácil preencher a lacuna da área técnica do que moldar uma personalidade", garante a gerente de recrutamento e seleção, Isabela Garbers.
Para conquistar uma vaga de trainee na área de auditoria da consultoria BDO Brazil, André Nunes, de 21 anos, também precisou passar por uma bateria de exames. Enfrentou dinâmica de grupo, testes psicológicos, redação, entrevistas e simulações de atividades operacionais. "Passei por vários processos seletivos este ano, mas este foi o mais difícil de todos", comenta Nunes. 
Outra empresa que utiliza testes de personalidade e entrevistas por competência é a TAM. Segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa da empresa, caso seja identificado algum desvio apontado no teste comportamental e na entrevista, mesmo que o candidato atenda tecnicamente aos requisitos ele é reprovado na seleção. 
A Natura não faz testes psicológicos, mas sim uma avaliação comportamental, que inclui a elaboração de um "inventário de reflexão", além da análise de competência. Principalmente para vagas que exijam requisitos mínimos para a função, como um técnico de mecânica ou de pesquisa, por exemplo.
"Aplicamos um questionário no qual o candidato precisa fazer uma reflexão sobre as atividades que desempenhou ao longo da carreira. Também o fazemos refletir se a vaga disputada e a Natura se encaixam nas suas perspectivas para a carreira. Reforçamos isso durante a entrevista também", diz a gerente de educação corporativa Andrea Vernacci.

Fonte: ESTADÃO, acessado em 27 de Fevereiro 2014.

Saiba como fugir dos 5 micos na hora de investir

Até para guardar dinheiro há custos. Dependendo da escolha na hora da aplicação, é possível perder 50% ou mais do montante inicial sem nem sequer ter passado perto de investimentos mais arriscados, como ações. Especialistas listam cinco pontos com os quais é preciso ter especial cuidado. Confira.
Título de capitalização, o oposto de rentabilidade. Se a intenção é ter rentabilidade, o poupador iniciante que compra títulos de capitalização começou com o pé esquerdo. A ideia do produto é que o cliente pague um valor todo mês durante um período preestabelecido e concorra a prêmios. Cada instituição tem sua regra, mas a quantia pode tanto render, na sua totalidade, taxas muito baixas (como cerca de 0,5% mais TR mensalmente); como pode ser dividida e ter um ganho apenas sobre uma parte desse total.
No segundo caso, se o poupador não ganhar nenhum prêmio nos sorteios, ainda terá o prejuízo de perder até metade do valor investido, se essa for a regra do plano para concorrer aos sorteios.
"Esse tipo de produto não pode nem ser chamado de investimento. Serve só para quem gosta de jogar com a sorte", afirmou Bolivar Godinho, professor de análise de investimentos da Fundação Instituto de Administração (FIA).
Outra armadilha do produto é o resgate antecipado do dinheiro. Em alguns títulos de capitalização, o investidor pode receber uma multa se efetuar o saque antes do prazo estipulado. "Além de render pouco menos ou, na melhor das hipóteses, a mesma coisa que a poupança nova, se tiver de pagar multa, o resgate pode ser muito decepcionante", disse Godinho.
Taxas altas reduzem ganho. Com a oitava queda consecutiva da taxa básica de juros (Selic), que foi para 8% ao ano, o menor nível da história, outros tipos de investimento perdem o brilho e os grandes vilões do rendimento passam a ser as taxas cobradas pelas instituições. Para que se tenha um rendimento igual ou acima da caderneta de poupança, é necessário que a taxa de administração não passe de 1% ao ano.
"Mais do que isso, não compensa para o pequeno investidor. Melhor pensar na poupança", disse Thiago Pessoa, coordenador do blog voltado para de educação financeira Investmania. As exceções são os produtos de longo prazo, como os planos de previdência.
Desafio para os pequenos. Para ter uma boa rentabilidade investindo em Certificados de Depósito Bancário (CDB), o poupador tem de procurar uma instituição que pague uma taxa igual ou muito próxima do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), que serve como taxa de referência e é próxima à Selic, de 8% ao ano.
"A questão é que os grandes bancos de varejo dificilmente vão oferecer o rendimento de 100% do DI para um pequeno investidor", alerta o educador financeiro Mauro Calil. Como pequeno, pode-se considerar alguém com quantia inicial de R$ 10 mil. "Se a pessoa tem menos do que isso, CDB pode ser um mico", acrescentou Godinho.
A alternativa para o investidor com uma quantia inferior são os títulos públicos Trata-se de papéis da dívida do governo que costumam pagar um juro muito próximo do CDI. A aplicação pode ser feita diretamente no papel (via Tesouro Direto) ou por meio de um fundo.
Também há a possibilidade de procurar um banco menor, que costuma ter uma taxa mais alta em seus CDBs. "Essas instituições têm mais chances de oferecer até mais de 100% do CDI para os pequenos, já que querem atrair pessoas para se capitalizar. E o risco não existe para quem investir até R$ 70 mil, quantia coberta pelo fundo garantidor, caso haja falência da instituição", explicou o especialista. Para valores acima disso, porém, o investidor corre riscos se o banco tiver problemas.
Uma boa ideia na teoria. Os fundos multimercados não são um problema em si. Mas podem decepcionar até o investidor mais otimista, se faltar atenção e cautela na escolha. A ideia do produto é boa, porque não está atrelado a nenhum tipo preestabelecido de aplicação. Ou seja, pode mudar a carteira de acordo com o que é mais rentável no momento do mercado.
O problema é que, ou o poupador pode fechar o negócio sem prestar atenção no prospecto do produto e acabar aceitando correr um alto risco, mesmo sendo um conservador; ou a carteira do fundo pode ser composta só por renda fixa e, ainda assim, o poupador continuar pagando uma taxa de administração alta.
"Fique atento a fundos multimercado alavancados (realizam maior número de operações com derivativos na bolsa e em mercado de swaps, por exemplo) se a ideia é não correr riscos", alerta Godinho. O investidor pode ter um retorno excelente, mas também pode perder tudo.
Fora da realidade. "Não deveriam nem existir." É a opinião de Calil em relação às taxas de carregamento, tradicionalmente cobradas pelos fundos de previdência. "Com a queda dos juros, esse investimento só é vantajoso com carregamento zero e taxa de administração de, no máximo, 3% ao ano", disse. A taxa de carregamento existe porque, quando o produto foi criado, a rentabilidade da aplicação era muito maior.

Fonte:ESTADÃO, acessado em 27 de Fevereiro de 2014.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

4 sinais de que você não sabe negociar

Todo empreendedor ou pequeno empresário precisa ter habilidades de negociação para lidar com clientes, sócios e fornecedores. “O negociador amador é aquele que está despreparado e não tem um plano alternativo quando as coisas não saem do jeito planejado”, afirma Carlos Cruz, diretor do IBVendas.
Para Diego Maia, presidente do Grupo CDPV (Centro do Desenvolvimento do Profissional de Vendas), se você não consegue atingir o objetivo da maioria das suas negociações é porque há falhas no processo.
Leonardo Marchi, sócio-diretor da Praxis Business, afirma que uma negociação bem feita é aquela em que os dois lados saem satisfeitos. “Não é uma competição”, resume. Veja abaixo alguns sinais de que você precisa desenvolver melhor suas habilidades de negociação.
1. Nunca receber retorno de propostas
Muita gente sai de uma negociação sem saber se a conversa foi boa ou não “Quando a gente sai de uma negociação e a pessoa deixa de responder e posterga de maneira rotineira é um sinal de que não foi boa”, afirma Maia. Ele explica que, nesses casos, agendar um retorno para recapitular o que ficou claro ou não é uma opção.
Para Cruz, é essencial que o empresário tenha uma alternativa para que nenhuma negociação seja perdida por falta de preparo.
2. Não saber quais são os limites
Seja negociando uma venda ou o aumento de salário do funcionário, por exemplo, o empreendedor precisa estar a par de todas as informações que vão influenciar na decisão final. “Precisa saber qual é a margem de negociação. Muitos empresários não sabem o custo mínimo de um produto, por exemplo”, explica Marchi.
sso é importante para que, no final de uma conversa, o empreendedor não saia tendo prejuízo no negócio.
3. Ficar emotivo
Ansiedade e medo são alguns sentimentos que podem influenciar negativamente uma negociação. “A maioria das pessoas tem medo de conflito e acaba se atrapalhando com as emoções”, explica Cruz.
Para o especialista, impasses com fornecedores ou clientes ao negociar prazo e preço são comuns. O recomendável é manter a calma e ter um objetivo muito claro antes de começar qualquer conversa.
4. Não fazer perguntas durante a negociação
Um dos sinais que mostram que você está desconfortável durante uma negociação é a falta de questionamentos. Além disso, ceder muito fácil para não prolongar a conversa pode ser prejudicial para o seu negócio.
Para Maia, uma negociação não pode ser um monólogo. “Quando uma pessoa propõe algo, mas só ela fala, há indícios de que a conversa não foi preparada. É preciso ouvir para extrair as demandas do outro e combinar com as suas”, explica. 

Fonte:EXAME, acessado em 26 de Fevereiro de 2014.


Quatro universidades brasileiras estão entre as 50 melhores do mundo

Um ranking internacional de ensino superior aponta quatro universidades brasileiras entre as 50 melhores do mundo em oito áreas do conhecimento - entre 30 citadas. O QS Quacquarelli Symonds University Rankings - organização internacional de pesquisa em educação - foi divulgado por áreas nesta terça-feira, 26, e mostra duas estaduais de São Paulo em destaque entre as instituições brasileiras: a Universidade de São Paulo (USP) e de Campinas (Unicamp). Mas nenhuma brasileira conseguiu figurar entre as "top 10".
Os rankings tomam por base índices de citações de pesquisas, além de estudos de reputação. A área em que as brasileiras vão melhor é a classificada como Agricultura e Silvicultura. A Unicamp ficou como a 22.ª melhor do mundo na área, seguida por USP (27.ª) e Universidade Estadual Paulista (Unesp, 50.ª). A Unicamp ainda lidera entre as brasileiras nas áreas de Filosofia (42.ª) e História (34.ª). Na área de História, a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aparece em 42.ª no mundo.
A USP é a instituição brasileira que mais se destaca nas áreas avaliadas pelo QS. A estadual paulista, que completa 80 anos em 2014, está entre as 50 melhores do mundo em oito áreas e teve o melhor desempenho entre todas as brasileiras em 20 disciplinas. A Unicamp está no topo do País em oito disciplinas.
A 27.ª posição da USP em Agricultura e Silvicultura é a melhor colocação da universidade entre as 30 áreas, seguida de Matemática (39.ª no mundo), Geografia (42.ª), Estatística e Investigação Operacional (45.ª), Comunicação e Mídia (46.ª), Farmácia e Farmacologia (48.ª) e História (50.ª).
No total, 22 instituições brasileiras estão no "top 200" mundialmente em pelo menos uma das 30 disciplinas avaliadas no ranking. A instituição brasileira particular mais bem colocada é a Fundação Getúlio Vargas (FGV), listada entre as 100 melhores do mundo nas áreas de Contabilidade e Finanças e em Economia. Nesta última, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) é listada na faixa entre 101 e 150.
No ranking mundial, a instituição com melhor desempenho foi a Universidade Harvard, que ficou em primeiro lugar em 11 das 30 disciplinas, duas a mais que o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Especialistas em pesquisa e ensino superior têm apontado a necessidade de melhorar a relevância da ciência brasileira, um dos quesitos avaliados nos rankings internacionais. No último levantamento da Times Higher Education (THE), a universidade perdeu posições em relação ao ano anterior - saiu do 158.º lugar, em 2012, para a faixa entre o 226.º e o 250.º lugares em 2013.

Fonte: ESTADÃO, acessado em 26 de Fevereiro de 2014.

Brasileira está entre os 40 executivos mais promissores do mundo

A presidente da aérea TAM, Cláudia Sender, 38, ocupa a 30ª colocação em lista de 40 executivos mais promissores do mundo da revista norte-america "Fortune'.  Ela é a única representante do país na lista.
Em maio, a executiva foi a primeira mulher a assumir a presidência de uma companhia aérea no país.
Na lista da "Fortune", a brasileira é apontada como iniciante na aviação. Porém, o histórico de bons resultados na carreira faz dele uma peça fundamental para a empresa aérea enfrentar uma crise que afeta todo o setor, segundo a revista.
A líder da lista é a presidente do Yahoo!, a norte-americana Marissa Mayer. Os executivos destacados possuem menos de 40 anos.

Executiva se destacou dentro da TAM

Antes de assumir a presidência da TAM, Cláudia Sender era vice-presidente da unidade de negócios domésticos.
A executiva se destacou dentro da empresa por conseguir executar um plano de segmentação de tarifas, que basicamente consiste em implementar um sistema de vendas que identifique e ofereça passagens mais baratas aos clientes que viajam a lazer e mais caras aos que viajam a negócios.
Com essas estratégia, a empresa conseguiu elevar a sua taxa de ocupação dos voos domésticos de 62,7% para 73% em um ano e ganhar um ponto percentual de mercado mesmo com uma redução de 11% na oferta de assentos no período.

Formada na USP e em Harvard

Engenheira química formada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), ela tem MBA pela Harvard Business School.
A executiva tem o desafio de buscar resultados em um setor que passa por uma séria crise. Em 2012, a TAM teve prejuízo de R$ 1,2 bilhão, que representa um crescimento de 272% em relação ao ano anterior (quando havia perdido R$ 335 milhões).
Antes da TAM, Claudia Sender foi vice-presidente de marketing da Whirlpool (das marcas Brastemp e Consul).

Fonte: UOL, acessado em 26 de Fevereiro de 2014

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Brasil tem a 11ª conta de luz mais cara do mundo

Mesmo com o pacote de 2012 para reduzir o custo da eletricidade, o Brasil ainda tem a 11.ª tarifa mais elevada do mundo, mostra levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O valor é 8,8% superior à média de uma lista de 28 países selecionados pela entidade, que mantém uma espécie de "custômetro" da energia, permanentemente atualizado. Antes das medidas adotadas pela presidente Dilma Rousseff, o Brasil estava na quarta posição.
A tributação responde por boa parte do problema. Segundo a entidade, impostos e contribuições federais e estaduais, mais os encargos setoriais, que são taxas específicas cobradas junto com a conta, respondem por 36,6% da tarifa. Questionado, o Ministério de Minas e Energia não respondeu.
Existe uma explicação para o aumento do peso tributário nas contas de luz. "O consumidor de energia elétrica não tem para onde correr", resume o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. Todo mundo consome e os tributos são "insonegáveis".
Como consequência, os governos federal e estaduais pesam a mão na hora de cobrar impostos do setor, de forma que hoje as empresas suportam uma carga desproporcional à sua fatia na economia. Pelos cálculos do Acende Brasil, o setor elétrico responde por 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Ao mesmo tempo, é responsável por 5,2% do PIS-Cofins e por 8,7% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Desconto. Se esses dois tributos fossem cortados pela metade, as tarifas poderiam ter uma redução de 10%, estima Sales. Porém, as possibilidades de isso ocorrer são mínimas.
Há forte resistência dos Estados em abrir mão do ICMS que recolhem na conta de luz. Entre outras coisas, a arrecadação sobre a eletricidade, ao lado das contas de telefone e de combustível, sustenta as receitas estaduais e, em alguns casos, dá fôlego à prática da chamada guerra fiscal. A discussão sobre redução do ICMS estadual, que ganhou algum alento no ano passado, agora se encontra parada no Congresso Nacional.
Do lado federal, tampouco há perspectiva de redução do PIS-Cofins. Pelo contrário, a área técnica do Ministério da Fazenda propôs uma total reforma desses tributos, considerados extremamente complexos, mas a discussão parou por causa do impacto que a mudança teria na arrecadação.
A simplificação traria perdas, algo difícil de acomodar num momento em que o governo considera até cortar investimentos para melhorar o resultado de suas contas.
Aumento. O que está no horizonte, ao contrário de uma redução, é o aumento dos encargos setoriais. O pacote de redução da energia elétrica aumentou a lista de itens a serem bancados com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), cuja arrecadação é insuficiente para fazer frente às obrigações.
No ano passado, as fontes de receita do CDE geraram R$ 1,9 bilhão. As despesas, por sua vez, atingiram R$ 16,8 bilhões. O Tesouro Nacional precisou injetar recursos para fechar a conta. Para este ano, as estimativas apontam para R$ 18 bilhões em gastos.
A CDE cobre, entre outras coisas, o custo de funcionamento das usinas térmicas, que têm energia cara e foram acionadas por mais tempo do que o esperado por causa da falta de chuvas.
A discussão do momento entre os Ministérios da Fazenda e de Minas e Energia é quanto ficará a conta das térmicas e quem a pagará: se o consumidor, na conta, ou se o contribuinte, por meio de tributos para ajudar o Tesouro a equilibrar as despesas.
Além desse aumento da CDE, existem no Congresso propostas de novas despesas a serem bancadas pelos encargos. O Acende Brasil detectou pelo menos sete projetos de lei criando novos programas, como conceder tarifas subsidiadas para entidades filantrópicas, para agricultores e empreendedores no Polígono das Secas, para usuários de balão de oxigênio e para a aquicultura.

Fonte: ESTADÃO - Economia, acessado em 25 de Fevereiro de 2014.

Petrobras gastará 140% mais com importação de combustível até 2020

Seis anos após as primeiras extrações das reservas gigantes do pré-sal e quase 8 anos após a anunciada mas já perdida autossuficiência na produção de petróleo, a Petrobras tem sido vista com desconfiança pelo mercado, por conta da produção estagnada, das importações am alta e das dívidas bilionárias – e que tendem a continuar crescendo.
Desde o fim de 2010, logo após a megacapitalização de R$ 120 bilhões, o endividamento da gigante brasileira de petróleo praticamente quadruplicou, com um aumento médio de mais de R$ 40 bilhões por ano. A produção de óleo e gás, por sua vez, caiu 2,5% em 2013, para 1,93 milhão de barris por dia em 2013. Foi a segunda queda anual consecutiva e o menor resultado desde 2008.
Parte dessa dívida tem origem no descompasso entre o crescimento da produção da Petrobras e do consumo de combustíveis no Brasil, que fará com que os gastos com importações de gasolina e diesel da estatal saltem 140% até 2020, passando dos US$ 12,68 bilhões de 2013 para um gasto anual de US$ 30,42 bilhões, segundo cálculo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), feito a pedido do G1.No terceiro trimestre do ano passado, a companhia teve lucro de R$ 3,395 bilhões, uma queda de 45% em relação ao trimestre anterior. Já as dívidas chegaram a R$ 193 bilhões, o que fez com que agências de risco reduzissem a nota da empresa, que passou também a receber da Bloomberg o título de “petroleira de capital aberto mais endividada do mundo”. O resultado consolidado de 2013 será divulgado pela Petrobras nesta terça-feira (25).
Outro lado da conta das perdas, segundo analistas, é a falta de reajustes maiores nos preços dos combustíveis e a interferência do governo, que não abre mão de ter a Petrobras como arma contra a inflação. O CBIE estima que a companhia deixou de ganhar cerca de R$ 47 bilhões nos últimos 3 anos em função da defasagem dos preços da gasolina e do diesel vendidos pela no Brasil em relação aos valores internacionais.

Fonte: G1 - O Globo, acessado em 25 de Fevereiro de 2014.



Ligações de fixo para celular vão ficar 13% mais baratas, diz Anatel

Ligações locais e interurbanas feitas de telefone fixo para celular vão ficar, em média, 13% mais baratas a partir de março, informou nesta segunda-feira (24) a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Essa queda de preço faz parte do Plano Geral de Metas de Competição aprovado pela agência em 2012.
De acordo com Anatel, o preço médio das ligações locais de fixo para celular vai passar de R$ 0,45 para R$ 0,39. Já o valor médio das chamadas interurbanas, também de fixo para celular, vai variar de R$ 0,93 para R$ 0,80 (no caso de chamadas entre telefones de mesmo DDD) e de R$ 1,05 para R$ 0,92 (demais ligações interurbanas).

Fonte: G1-O Globo, acessado em 25 de Fevereiro de 2014.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Erros de líderes Artigo lista os mais comuns

De acordo com artigo do Instituto Brasileiro de Coaching, não basta que o líder conduza os processos de trabalho com assertividade, promovendo os resultados esperados pela empresa, motivando e incentivando colaboradores a darem o melhor de si. José Roberto Marques, autor do texto cita o que um líder não deve fazer.
Acompanhe abaixo alguns dos erros mais comuns:
- Ser ríspido: comunicar-se com assertividade não significa ser grosseiro. O bom líder deve ter cautela com as palavras;
- Não ouvir:  “um líder deve ter disponibilidade para ouvir seus colaboradores, sua equipe e estar ciente de seus anseios e objetivos”, afirma José Roberto;
- Não atender a solicitação de um colaborador: não avaliar e levar adiante solicitações. “Desde um aumento de salário, uma recolocação dentro da empresa, ou qualquer outra questão. Um bom líder deve dar um retorno a seu colaborador”, afirma o autor;
- Não dar feedback: “positivos ou não, feedbacks são essenciais, para o bom andamento dos processos de trabalho”, conclui o artigo.

Fonte: UOL, acessado dia 21 de Fevereiro de 2014.

IR 2014: junte os papéis e se organize para declarar o imposto sem estresse

Embora o início de entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2014 ainda não tenha data certa, o contribuinte pode ganhar tempo e organizar a papelada.
A Receita Federal deve divulgar o calendário oficial até o fim desta semana. Normalmente, o período de declaração começa no primeiro dia útil de março, mas neste ano há o Carnaval logo no início do mês, daí a dúvida.
A dica é se organizar o quanto antes: "É oportuno não deixar a tarefa para a última hora. Além de evitar enganos e contratempos, organizar-se com antecedência pode adiantar o recebimento da restituição", diz Antonio Teixeira, consultor de assuntos tributários da IOB Folhamatic EBS.

Confira os documentos para facilitar o preenchimento da declaração:

  • Gerais: CPF; título de eleitor; comprovante de endereço; documento ou anotação com sua profissão; cartão do banco para informar o número da agência e da conta para restituição ou débito; cópia da declaração do IR 2013, que facilita o preenchimento da declaração deste ano. O programa importa dados parciais da declaração do IR 2013, que você deve conferir e complementar.
  • Informes de Rendimentos: dos bancos (com os saldos das contas e os rendimentos das aplicações financeiras); do empregador (que contém informações dos rendimentos, contribuições para o INSS e Imposto Retido na Fonte); de gestoras e corretoras (com valores do saldo em conta e em cada aplicação, bem como rendimentos anuais). Todos devem ser entregues até o dia 28 de fevereiro.
  • Recibos e notas fiscais de despesas com educação: esses documentos são válidos tanto para os contribuintes, quanto para seus dependentes. São considerados os gastos com escola, faculdade, pós-graduação e ensino técnico. É fundamental guardar o comprovante de todos os meses, contendo o nome e o CNPJ da instituição de ensino.
  • Recibos e notas fiscais de serviços médicos e odontológicos: devem conter a razão social da empresa ou o nome completo do profissional, seu CNPJ ou CPF, o endereço do estabelecimento, o serviço realizado, bem como o nome completo do paciente e o valor. Entram na lista de despesas médicas: consultas, internações, gastos com plano de saúde, exames, e outras despesas com saúde, de modo geral.
  • Comprovante de aluguel: é válido tanto para quem mora de aluguel, quanto para o proprietário que recebe a renda dos aluguéis.
  • Comprovantes de contribuição previdenciária para empregados domésticos com carteira assinada: trata-se do carnê do INSS ou do comprovante online, para quem paga pela internet. Para poder comprovar a dedução, o contribuinte deve reunir os comprovantes de todos os meses em que ocorreu a contribuição.
  • Outros comprovantes: relação de compra e venda de ações, inclusive com a apuração mensal do imposto; outras rendas recebidas em 2013, como heranças, doações, resgate do FGTS, indenização por ação; recibos de compra e venda de bens, como carros, por exemplo; documentos da aquisição de dívidas ou empréstimos no ano passado.

Contribuinte tem vantagens se entregar primeiro

Na opinião do consultor Antonio Teixeira, os primeiros dias são os melhores para o envio da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física.
"Em primeiro lugar, quem remete o IR antes, também recebe antes a restituição. Em segundo, se houver qualquer problema, o contribuinte terá tempo para resolvê-los, evitando a necessidade de fazer uma declaração retificadora, após o prazo de entrega."

Atraso na entrega da declaração de IR causa multa

O prazo final para a entrega da Declaração de Ajuste Anual é sempre o último dia útil de abril. Quem atrasar a entrega da sua declaração de Imposto de Renda estará sujeito a multa.

Fonte: UOL - Economia, acessado em 21 de Fevereiro de 2014.

Videogames e aplicativos para celular ensinam a controlar finanças

Para se dar bem em muitos games, o jogador precisa entender um pouco de economia e de orçamento doméstico. Em alguns games de corrida, o prêmio recebido em cada corrida serve para comprar novos apetrechos do carro e, se o dinheiro faltar, o carro pode não ficar competitivo. Certos jogos de tiro usam “dinheiro” para que o jogador compre novas armas. Games on-line utilizam dinheiro de verdade para compra de itens extras e, em jogos de simulação de vida como “The Sims”, a falta de grana pode significar a morte dos personagens virtuais.
No título criado pela Cedro Finances e lançado em maio de 2011, o jogador deve criar um avatar, uma representação virtual de um personagem, e entrar em um mundo onde pode criar seu próprio negócio e tentar prosperar. “Desenvolvemos o ‘Goumi’ em 2 anos com a ideia de ter soluções para ajudar aqueles que podem entrar no mercado de capitais daqui 5 ou 10 anos”, diz Leonardo Reis, CEO da Cedro Finances. “Pensamos em ideias para ajudar crianças e jovens a desenvolver habilidades de investimento, de gestão financeira e comportamental”.Embora estes games ensinem o básico sobre educação financeira, eles não têm foco diretamente no assunto. Pensando em ensinar educação financeira aos mais jovens e, ao mesmo tempo, não ser algo chato, uma empresa que tem experiência em fornecer programas de TI para o mercado financeiro e na área de educação financeira, lançou um game on-line chamado “Goumi”.
série 'endividados'O “Goumi” tem quatro pilares para ensinar educação financeira: poupar, gastar, investir e doar. “Nossa intenção não é que o jovem se torne em um investidor precoce e, sim, que possa aprender a importância do dinheiro, de saber consumir bem e de aprender a poupar”, conta Reis. Desse modo, o jogo tenta ser atrativo para as crianças, que aprender se divertindo. “Os jovens não querem ficar apenas estudando”.
Dentro do jogo, o jovem pode criar negócios dentro do setor primário, secundário e terciário, interagindo com outros jogadores dentro do mundo virtual. Não há personagens controlados pelo computador. “Usamos conceitos de MMOs [jogos on-line com participação de diversos usuários], apresentando personagens e empresas criadas por outros gamers”, afirma Reis.
A criança aprende desde como funciona a economia para um agricultor, passando pela indústria – podendo industrializar aquilo que ele plantou, ou até mesmo comprando matéria-prima de outro jogador, por exemplo – e vendo como funciona o setor terciário, ensinando sobre investimento com, por exemplo, abertura de conta e com o uso de investimentos e entrada na bolsa de valores. “Se divertindo, inconscientemente, o jogador aprende os conceitos básicos de educação financeira”, explica Reis.
Desde seu lançamento há dois meses, mais de 8 mil jogadores já se cadastraram no “Goumi” e o título é utilizado até em algumas escolas como reforço em aulas de educação financeira. A previsão é que, com um ano de existência, o título tenha 100 mil gamers cadastrados.
Segundo os criadores, ter um mundo inteiramente controlado pelos jogadores reflete crises financeiras do mundo real. “Se todos os jogadores plantarem morangos, o item ficará muito barato, porque a oferta será muito grande. Assim, os próprios gamers mudam os negócios, investindo em outras áreas”.
Reis conta, também, que o jogo exige ter contato com outras pessoas para ter um negócio lucrativo e ensina, também, a criança saber que existe horário de trabalho e de diversão. “[O personagem virtual] tem que descansar, dormir, tomar banho. Ainda, a criança pode doar uma quantia para um amigo que está com problemas de dinheiro”, diz.

O retorno, segundo Reis, é positivo. Muitos pais enviaram e-mails falando que o filho aprendeu a poupar e que se preocupa com o orçamento doméstico. “Um participante do jogo nos enviou um e-mail em que disse que sua empresa no mundo virtual está indo melhor que a do pai no mundo real”, diz Samuel Paiva, diretor de marketing da Cedro.
Aproximando os jovens da bolsa de valores
Em maio de 2010, a BM&FBovespa lançou um site voltado para que jovens entre 7 e 10 anos aprendesse de modo lúdico como controlar melhor suas finanças. O “Turma da Bolsa”, que tem games, histórias em quadrinhos, fábulas e vídeos voltados para educação financeira. Desde a estreia, o site contabilizou 107 mil acessos e tem 8,4 mil crianças cadastradas.

“Os conteúdos de educação financeira, mas nem sempre são passados para as crianças de uma forma direta. A intenção é que [o ensino] seja lúdico para as crianças”, explica Christianne Bariquelli, coordenadora dos Programas de Popularização da BM&FBovespa. “Há o contato com os conceitos, mas sem um tom discursivo, sem ir tão direto ao ponto, por meio dos jogos”.
No “Turma da Bolsa”, segundo Christianne, a área mais acessada são os jogos. A criança cadastrada, ao navegar neste conteúdo, acumula pontos chamados tererês, que é a moeda do site, e pode gastar nos games para conseguir pistas, por exemplo. “O ‘Jogo das Profissões’ traz dois conceitos para o jovem. O primeiro é conhecer as profissões, o que interfere na vida financeira do indivíduo. O segundo, que é subjetivo, é a experimentação do risco”. A criança começa o game com mil tererês e, para ter dicas, ela precisa gastar 50 pererês. Ela pode arriscar um palpite e, assim, ganhar mais dinheiro, mas, se errar, perde mais do que se tivesse comprado a dica.
No “Caça-Palavras”, o objetivo é encontrar em um emaranhado de letras palavras da área de economia que a criança escuta dos pais diariamente. “Ela tem cinco minutos para encontrar sete palavras. Quando as encontra, aprende o que ela significa em textos com rimas, o que ajuda a criança a gravar”, explica Chtistianne.

Além dos jogos, há vídeos do “Porco e o Magro”, que ensinam sobre educação financeira com diálogos próximos do universo das crianças. “Os personagens mostram que é preciso pensar antes de sair comprando algo e a pensar em perguntas ‘o que eu quero?’, ‘posso comprar?’, ‘preciso disso?’”, afirma a coordenadora. O site ainda tem fábulas em áudio e tirinhas em quadrinhos com o tema.
Por enquanto, os tererês recebidos nos jogos são apenas acumulados pelas crianças. Mas a BM&FBovespa planeja para 2012 trocar o dinheiro virtual por conteúdo. E o game, de acordo com Christianne, ajuda as crianças a aprender melhor do que algo imposto. “A criança quando acessa a web quer diversão. Para nós, é interessante que haja o contato de modo divertido. Aprender na obrigação irá desestimular o jovem’.
Aplicativos para celulares e tablets ajudam no controle financeiroAprendendo com o futebol
Aprender com jogos pode ser divertido e mais fácil de gravar na memória as informações, mas ter o futebol como meio de entender elementos da educação financeira pode ser ainda melhor. Pelo menos é o que pensa a operadora de cartões de crédito e de débito Visa, que lançou na internet o “Bate-Bola Financeiro”.

O game mostra uma partida de futebol entre dois times e exige que o jogador responda a questões de múltipla escolha que testa os conhecimentos do jogador. A cada acerto, é realizado um passe correto, um lançamento ou um chute certeiro ao gol. No caso de um erro, a bola pode ser roubada pelo adversário ou ir para a lateral. Como em games de futebol “tradicionais” dos consoles, é possível jogar contra um amigo.

Ao entrar no jogo, o usuário seleciona o nível de dificuldade, determinado pela idade que pode ser entre 11 e maiores de 18 anos, e o tempo de jogo, que pode ter até meia hora. A cada jogada, é possível selecionar a dificuldade da pergunta, o que irá influenciar a jogada dentro de campo – quanto mais difícil, maior a probabilidade de chegar ao gol.

O “Bate-Bola Financeiro” foi lançado em 2009 e está presente em mais de 16 países.
Os usuários podem utilizar seus celulares e tablets para ter um controle financeiro maior da sua vida. Além de poder acompanhar investimentos, por meio de aplicativos é possível calcular juros e o orçamento doméstico. Estes programas estão disponível dentro da área "finanças" (finances) das lojas virtuais do iPhone e iPad e dos dispositivos com sistema operacional Android. Há opções pagas e gratuitas.
Fonte: G1 - globo, acessado em 21 de Fevereiro de 2014.