quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O relacionamento enérgico nas equipes - Uma tarefa que não é fácil e toda organização almeja!

O ambiente de trabalho depende do relacionamento enérgico nas equipes. Isto é decisivo para o incremento da produtividade, o fortalecimento da motivação e a operacionalização da liderança. Todos esses elementos são partes que se complementam, cujo sucesso depende, em larga medida, do desenvolvimento de sinergias no cotidiano do trabalho das corporações.
O relacionamento enérgico não é uma tarefa fácil e, ao mesmo tempo, é um ideário que toda organização deve almejar. Em linhas gerais, este tipo de relacionamento pode ser alcançado a partir de uma relação constante, dialógica e fortemente motivacional entre as pessoas, que buscam, a partir de processos criativos e organizados, estabelecer mudanças e atitudes positivas para melhorar o seu cotidiano.

Manter o relacionamento enérgico - além de ser uma boa estratégia de manutenção do vínculo entre as pessoas - ainda pode servir para incrementar a força da liderança.


A este respeito, é importante observar que a liderança e o relacionamento enérgico são uma via de mão dupla, ou seja, podem ser constituintes e constituídos um pelo outro. Nesta relação de mão dupla, ambas as direções são fundamentais para qualquer equipe bem-sucedida.

Vamos à primeira direção, isto é, a importância do relacionamento enérgico para a liderança.
Não há dúvidas de que o relacionamento enérgico pode conferir a base de apoio, pois ninguém faz nada sozinho, e certamente o sucesso das organizações depende desta sinergia positiva dos envolvidos. Além disso, pode propiciar um ambiente colaborativo para o alcance de metas, pois a colaboração entre as pessoas depende desta relação de confiança e de um planejamento em que os envolvidos vejam um impacto positivo em sua rotina de trabalho e em sua vida.

Por fim, ainda pode servir como feedback privilegiado para o líder, já que, com uma equipe motivada e envolvida, os desafios, equívocos e conquistas do líder podem ser identificados de forma positiva ou negativa pelos demais em uma chave colaborativa, sendo esta equipe um verdadeiro termômetro da liderança.

No que concerne ao segundo aspecto, isto é, a importância da liderança para o relacionamento enérgico, temos, como primeiro elemento, o oferecimento de metas, objetivos e estratégias, pois o líder pode ser um grande referencial para a pactuação em conjunto destes elementos, em especial porque será alguém concebido como merecedor de ser ouvido e considerado.

Além disso, pode servir como exemplo de como se deve agir, pois, seja em ações e caminhos de sucesso ou aqueles em que houve fracasso, o líder certamente cumpre este papel pedagógico de servir como exemplo para as pessoas. Por fim, pode motivar pessoas a arriscarem, se desenvolverem e ousarem, pois muitas pessoas adotam uma postura conformista diante do mundo, e a liderança pode ser a mola propulsora da mudança e um elemento importantíssimo para que as pessoas desenvolvam uma postura pró-ativa.
De fato, não há trabalho sem liderança ou, ao menos, não há trabalho duradouro, de qualidade e motivado sem liderança. A liderança não pressupõe apenas uma atitude mais horizontal, aberta a críticas e motivadora dos indivíduos; ela traz a necessidade de que os outros lhe vejam e reconheçam como um verdadeiro líder. Da mesma forma, o relacionamento enérgico entre equipes pressupõe uma verdadeira democratização das relações de trabalho rumo à construção dialógica de planos, metas e objetivos a serem atingidos. Energizar equipes torna-se uma tarefa de ouro!
Felipe Asensi - Palestrante, Doutor em Sociologia e Professor da FGV Direito Rio

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