A mulher brasileira (a mulher comum brasileira) está passando por uma grande revolução chamada liberdade. Se a mulher americana e europeia queimaram o sutiã na década de 60, se a mulher brasileira rica queimou o sutiã junto com Leila Diniz na década de 70, a mulher brasileira real está queimando o sutiã dela agora. Vamos às provas.
No Brasil temos 93 milhões de homens, mas temos 98 milhões de mulheres. Só na classe C, ou Nova Classe Média brasileira, são mais de 50 milhões de mulheres. E 41% da renda da classe C nesse país chamado Brasil vem da mulher. Ela tinha em média 6 filhos na década de 60, agora tem menos de 2. Em 1993, 7 milhões de famílias eram chefiadas por mulheres, em 2006 esse número tinha saltado para 16 milhões, e em 2009, 22 milhões (35% das famílias brasileiras). Entre 20 e 39 anos, existem mais mulheres trabalhando do que homens.
Este empoderamento da mulher brasileira é vista a olhos nus. A mulher do funk tem mais músculos que a maioria dos homens, canta músicas falando sobre sexo a torto e a direita, ignorando todas as amarras morais que acorrentaram as mulheres há milhões de anos.
Este empoderamento vai mudar o consumo também.
Teremos um considerável aumento na venda dos eletrodomésticos, porque essa mulher precisa sair de casa para trabalhar. Vai crescer a venda de alimentos prontos, porque ela não é mais aquela dona de casa que fica preparando almoço e jantar para a família, ela precisa trabalhar. Vai surgir mais e mais serviços de “maridos postiços”, ou “maridos de aluguel”, que vão na sua casa para realizar pequenos consertos para essa mulher que agora é chefe de família. Vai aumentar o consumo dos serviços de saúde, pois a mulher se cuida mais do que homem, como vai aumentar a demanda para creches, lavandarias, empresas, enfim, que apoiam essa mulher. As mulheres terão mais e melhores empregos pois elas são multitarefas. E as empresas terão mais diálogo e menos força, característica feminina. Mais programas femininos na TV, esportes ns TV a cabo. Salão de beleza 24 horas. Enfim, como acabamos de ver a mulher é o novo homem.
André Torrota

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