Perguntei ao funcionário de uma loja, após ter-me dito que suas vendas melhoraram muito este mês, se a proprietária havia reconhecido seus resultados. Ele respondeu: “E qual seria a reação dela se tivesse reconhecido?”
É preciso dizer mais alguma coisa?
Aquele funcionário e todos seus colegas nunca receberam um elogio. Eu conheço a patroa. Apesar de boazinha, dócil e sorridente – ao melhor padrão das religiões que pregam estes sinais como santidade – ela é incapaz de reconhecer um ato de qualquer pessoa. E mais: ela nunca se capacitou para ter um negócio. O pior é que ela pensa saber lidar com pessoas. A incompetência ali é tamanha que quando sua empresa consegue fechar resultados, é mero acaso.
O que é reconhecimento? É gratidão. É recompensa. É uma palavra elogiosa. É um ato de saudação por uma atitude certa.
Enquanto a empresa quer resultados, o funcionário quer reconhecimento.
Além do contrato trabalhista entre o empregador e o funcionário, existe também um contrato psicológico não expresso.
Para o colaborador, além de vantagens concretas – como dinheiro –, há ganhos em prestígio que podem se tornar decisivos ao seu desempenho, às suas promoções e ao seu autodesenvolvimento.
Pergunte a três gestores se eles consideram importante reconhecer o valor criado por sua equipe. Você ouvirá os três respondendo afirmativamente. Coloque, em seguida, essas afirmações à prova e você descobrirá o imenso descompasso entre palavras e ações. Inclua aí a dona daquela loja de móveis.
E tem mais uma observação: reconhecer alguém uma ou duas vezes por ano, de nada adianta. Segundo pesquisa da norte-americana Gallup Organization, de Washington, a motivação e o engajamento dos funcionários são bastante afetados pela frequência com que são reconhecidos por seu trabalho.
Logo, um gestor que só valoriza números, nem números terá. Sabe por quê? Ele e todos os outros do planeta dependem de pessoas.
Abraham Shapiro
Fonte: http://www.hsm.com.br/blog/2012/07/sinais-do-reconhecimento/ acesso em 16 de Julho de 2012.
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