O nosso desafio, jovens da Geração Y, é o de sentir segurança diante de novas experiências. Um erro muito comum – se assim podemos chamar – é iniciarmos várias tarefas ao mesmo tempo para mostrar um maior número de habilidades e chegar o quanto antes ao sucesso. Podem ser sinais de ansiedade e de afobação, características naturais do jovem, ou até mesmo a cruel insegurança. Cruel pelo desejo de mostrar que estamos prontos para qualquer desafio. Dura pelo insaciável desejo em sermos “flex”, aptos a qualquer parada, estilo ou perfil. Se fosse fisicamente possível, gostaríamos de estar em vários lugares ao mesmo tempo e entender muito de tudo. Pouco de tudo já não basta. O problema é que são desejos ousados demais e aí, vem a frustração.
Quantas vezes ouvi líderes da Geração X criticarem que a agilidade do jovem em fazer tudo ao mesmo tempo acaba deixando superficial o resultado dos trabalhos. Os integrantes da Geração Y já foram inúmeras vezes denominados com adjetivos pouco simpáticos, além de superficiais, como folgados e distraídos. Mas, na verdade, especialistas e pesquisadores afirmam que os jovens da era digital só querem dar uma razão e uma direção à vida — desde que seja logo. Porém, enquanto isso não ocorre, fará dez coisas diferentes para que um desses caminhos o leve mais rapidamente para o crescimento profissional.
Paciência, Geração X, até porque essa palavra praticamente não existe no dia a dia da Geração Y.
Bruna Nicolao
Há um ditado que diz: “O apressado come cru”. Noutro dia ganhei um livro autografado por Elisa Masselli com a sábia frase: “Tudo tem a sua hora de acontecer”.
Pois é, procede, porque, na realidade, a mensagem é que o caminho tem que ser trilhado – porque nele é que está o aprendizado – e nem sempre os resultados são imediatos –, porém, o mais importante é percorrer o caminho, pois é vivenciando a trajetória que se obtém a satisfação, o que nem sempre vem com o próprio resultado.
As histórias, quando contadas, apenas citam o alvo, mas a atenção do interlocutor está focada nos momentos apresentados pelo contador. Não se faz um castelo em um único dia. E a história começa assim: “Sabe esse castelo, então, um dia…” e se retrata todo o caminho.
Acho que a Geração X, na forma da gestão dos Y e dos Z, empenha-se em oferecer essa experiência, na forma do saber, na forma da resiliência, como proceder de forma mais gradual e eficaz para não ter que fazer de novo ou ampliar o acerto. E então temos outra citação, dessa vez, de Napoleão Bonaparte: “Amarre as minhas botas devagar, porque eu tenho pressa”.
Cristianne Cestaro Valladares
Existe um paradoxo no comportamento da Geração Y, pois ela age ansiosamente, iniciando processos alucinadamente, como se estivesse finalizando um ciclo e não pudesse deixar nada para trás. Contudo, é justamente a primeira geração que, de fato, irá ter mais tempo para realizar suas coisas.
A expectativa de vida dessa geração é superior a 100 anos, por isso, é a primeira geração que vislumbra um período maior que os 35 anos de vida profissional e, assim, terá a oportunidade de desenvolver diversas carreiras, ou seja, não precisa “acertar” a escolha da carreira na primeira tentativa, como acontecia antes, quando o jovem devia se preocupar em escolher o que iria fazer de forma definitiva.
Não há nenhum problema em acreditar sermos eternos, o erro está em vivermos e fazermos as escolhas como se fôssemos morrer amanhã.
Sidnei Oliveira
Fonte:http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/sidnei-oliveira/2012/06/14/tudo-ao-mesmo-tempo-e-agora/ acesso em 15 de junho de 2012.

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