segunda-feira, 24 de junho de 2013

Planejar ou errar? Aprender fazendo

Tenho conversado com muitos gestores que tem alterado um pouco seu modelo de gestão. O modelo que se baseavam é o modelo cujo planejamento estava no plano central, com planejamentos estratégicos, táticos e operacionais de longo, médio e curto prazo. Nesse modelo os gestores procuravam exaurir a maioria dos riscos em longos períodos de planejamentos de cenários. O lema muitas vezes era gastar o máximo de tempo no planejamento pra não errar (ou errar o mínimo possível) na execução.
O planejamento, que foi muito utilizado a partir da Primeira Guerra Mundial para que as nações pudessem se reconstruir, está há muito tempo nas empresas também. Seja no modelo de gestão de qualidade que ganhou força inicialmente em empresas japonesas e depois se espalhou, seja pelo modelo de planejamentos estratégicos, seja pelos modelos do ciclo PDCA ou similiares.

Não que planejamento deixou de ser importante, mas vejo muitos gestores e empreendedores agora adaptando seus modelos pelo modelo de “aprender fazendo” que apesar de contar com uma fase de planejamento a idéia é que o planejamento seja mais curto e que se parta para a prática mais rapidamente em protótipos para que se possa aprender com os erros, e não tentar cercar todos e evitar todos em um longo planejamento. Modelo este já presente de forma intensa nas empresas de tecnologia, onde os protótipos vão sendo colocados a teste para pequenos grupos e sendo aprimorados e os grupos sendo expandidos. O modelo de “errar depressa” está presente em empresas não só de tecnologia ou do Vale do Silício, mas também em empresas de setores tradicionais, que cada vez mais buscam se desenvolver pela experimentação e pelo aprendizado com erros que não comprometam o todo.
Cabe a nós, seja como empreendedor, seja como gestor, seja como profissional, de entendermos a mudança de cenário e aprendermos a conviver com os erros como parte importante da melhoria de algum produto ou serviço, e não execrá-los. Entender que o planejamento continua importante, mas a “experiência” do consumidor final pode ajudar muito no aperfeiçoamento e encurtamento de caminhos. É lógico que isso tem que ser colocado em consideração dentro do contexto de cada pessoa ou empresa, mas o se você vai errar, que erre rápido, e em pequena escala.
Marcelo Miranda 

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