sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Zona do euro enfrentará nova recessão em 2013, prevê UE

Os países da zona do euro enfrentarão nova recessão em 2013. É o que preveem economistas da União Europeia. Segundo projeções divulgadas pela Comissão Europeia, o braço executivo da UE, a economia da zona do euro terá contração pelo segundo ano seguido em 2013 - a terceira contração anual nos últimos cinco anos. De acordo com os analistas, há poucas esperanças de que uma redução das tensões no mercado financeiro da região forneça impulso para a economia real em breve.
A UE prevê que a economia da zona do euro terá contração de 0,3% neste ano e crescerá 1,4% em 2014. No entanto, nos últimos anos as projeções da UE têm sido muito otimistas. Há apenas seis meses a UE previa que a zona do euro teria expansão de 0,1% em 2013. A economia mais ampla da UE, que deverá ter 28 membros depois da entrada da Croácia mais tarde neste ano, provavelmente crescerá 0,1% neste ano e 1,6% no próximo.
"A melhora na situação dos mercados financeiros contrasta com a ausência de crescimento de crédito e com a fraqueza no cenário de curto prazo para a atividade econômica", disse Marco Buti, diretor-geral de assuntos econômicos e monetários da Comissão Europeia. "O mercado de trabalho é uma séria preocupação", completou.
No geral, a Comissão calcula que a zona do euro terá um déficit orçamentário médio abaixo de 3% em 2013 pela primeira vez desde 2008. O déficit médio deverá ficar em 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e em 2,7% em 2014. A Comissão também comentou sobre o desemprego na zona do euro e disse que a queda nos gastos das empresas, dos consumidores e dos governos nacionais vai continuar provocando aumento no número de desempregados. A estimativa da UE é de que a taxa de desemprego na zona do euro atinja o pico de 12,2% - o equivalente a 19 milhões de pessoas - em 2013.
A promessa do Banco Central Europeu no ano passado de fazer o que fosse preciso para defender sua moeda comum removeu o risco de uma ruptura da zona do euro, e os custos de empréstimo dos países-membros caíram após atingirem níveis insustentáveis. Mas os efeitos da crise financeira global de 2008 e da crise da dívida da zona do euro foram maiores do que o esperado sobre a economia real. O cenário levanta a perspectiva de mais cortes de juros pelo BCE para reanimar a economia ao reduzir o custo do empréstimo a empresas e famílias. Mas com os bancos relutantes em emprestar, o resultado pode ser nulo.
Veja
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/ue-corta-para-0-3-a-previsao-do-pib-da-zona-do-euro acesso em 22 de fevereiro de 2013.

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