terça-feira, 6 de novembro de 2012

Saia do Básico


Eu tinha cerca de 15 anos quando fiz meu primeiro curso profissionalizante, e até hoje me lembro do conto que a professora leu ao final da aula.
O conto falava sobre a demissão de um homem em seus 40 anos (que estava na empresa exercendo a mesma tarefa há anos) para a contratação de um novo funcionário, um rapaz mais novo e aparentemente sem experiência. O primeiro, surpreso, indagou diversas vezes, dizendo ao diretor que essa era uma decisão precipitada, pois ele estava naquela empresa há muitos anos, exercendo com muita qualidade seu trabalho, visto que conhecia todas a minúcias dele.
O diretor, por sua vez, resolveu então dar mais uma chance ao seu antigo colaborador, e lhe pediu que este fosse à feira verificar se tinham abacaxis, pois ele queria servir um coffee break para seus funcionários e precisaria de abacaxis.
E lá foi o experiente profissional brigar por sua vaga. Viu da esquina que havia abacaxis suficientes para o coffee break e voltou para o escritório com sua tarefa aparentemente concluída.
Logo em seguida, o diretor pediu ao novo funcionário que fizesse o mesmo. Ele foi. Verificou a qualidade dos abacaxis, conferiu os preços, negociou um valor acessível para a compra em quantidade e aproveitou também para buscar outras opções para servir no coffee break.
Apesar de fazer dez anos, esse conto parece muito atual, não?
Quantos funcionários passaram pela sua empresa fazendo somente aquilo que lhe foi pedido?
Eu carrego a moral desse conto há onze anos, passando para a maior quantidade de pessoas possível o que aprendi com ele.
O básico, muitos fazem. Hoje em dia é necessário se destacar. Um passo adiante, devagar, em cada tarefa, e você terá feito exatamente o que precisava, com excelentes resultados.
Paula Mendes
Nos dias de hoje, não há mais espaço para o básico. O mercado, cada vez mais competitivo, exige profissionais qualificados em sua área, com visão sistêmica, idiomas variados etc.
Mas, para se ter sucesso, eu acrescentaria um ingrediente que considero fundamental: gostar do que faz! Tenho convicção de que quando gostamos do nosso trabalho esse “algo a mais” vem naturalmente. A gente se dedica com prazer, é criativo, encontra soluções inovadoras e surpreendentes. Quando isso acontece, o profissional passa a ser reconhecido e valorizado, ganha destaque na empresa e cresce!
Por isso, procure um trabalho que lhe dê brilho nos olhos e se dedique! O sucesso é consequência!
Luciana Domagala 
Apesar do estereótipo do conto, estabelecendo que o profissional mais velho é mais limitado que o jovem, acredito que ele é válido quando estabelece a questão da superação dos limites das coisas. É evidente que quando um profissional se limita a executar apenas o seu papel, está limitando o próprio desenvolvimento de seu talento – independente da geração.
Tenho encontrado profissionais sem comprometimento com as próprias escolhas, lamentando que suas carreiras não avançam, atribuindo o sucesso de outras pessoas a fatores como sorte, politicagem e privilégios. Pensar assim é uma tolice! Como a Paula diz, se você quer mudar sua trajetória de vida, é importante SAIR DO BÁSICO.
Sidnei Oliveira

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