Um dos maiores desafios que impulsionam a Geração Y é o de conseguir quebrar paradigmas. Com nossa perspicácia e insistência, pouco a pouco vamos construindo as coisas sob uma nova ótica. Vocês já pararam para pensar quantos costumes (ou vícios, para os mais radicais) conseguimos alterar no ambiente profissional? Estamos repaginando o mercado de trabalho.

Costumo dizer que na vida precisamos pagar pedágios para ter acesso a certos tipos de coisas ou oportunidades. Escola, graduação, pós-graduação, e assim por diante, são nossos carimbos de acesso ao mercado de trabalho. Mas, como toda evolução nos traz sempre novos olhares e descobertas, atualmente o processo de capacitação do profissional está sendo iniciado cada vez mais cedo e jovens profissionais já começam a dar as caras e se adiantarem em suas pretensões.
Nesse caso haverá, inevitavelmente, um conflito de gerações. Para saber lidar com isso é preciso ter voz ativa, munir-se de informações e analisar comportamentos que te ajudem a nivelar o diálogo com um profissional que está há mais tempo no mercado. Na era do fácil acesso ao conhecimento, a informação tornou-se banal; diferenciados são aqueles que possuem a capacidade de fazer os outros acreditarem no que dizem. Mas isso virá com o esforço e não com a idade.
Beatriz Carvalho
“Quando você começa a questionar premissas estabelecidas, a vida não é mais a mesma.” Michael Sandel
De fato, a Geração Y chegou com vontade no mercado de trabalho e está, sim, quebrando e questionando várias premissas estabelecidas, o que é ótimo! Concordo também com a Beatriz, quando diz que algumas pessoas, apesar da pouca idade, já tiveram muitas oportunidades de desenvolvimento – já que, além de trabalho formal, podem ter feito trabalho voluntário, participado de projetos na faculdade, como Empresas Juniores etc.– e isso muda os parâmetros da relação idade e experiência profissional.
Por outro lado, gostaria de chamar atenção para uma outra variável que, tirando as pessoas literalmente fora da curva, ainda tem uma relação diretamente proporcional com a idade: a maturidade. Aqui, não quero dizer experiência ou capacidade técnica de lidar com algumas situações, e sim a FORMA de lidar com elas. Nesse ponto, pensando nas situações que eu mesma passo e que outras pessoas relatam, acredito que, a cada ano, lidamos de uma forma diferente com uma mesma situação. Espero eu, que cada vez com mais maturidade e sabedoria.
Fernanda Thees
Conflitos de gerações sempre aconteceram e não seria diferente agora, com os jovens da Geração Y. Sempre iremos observar as diferenças latentes entre a velocidade e a energia dos mais jovens contrapondo-se com a segurança e maturidade dos mais veteranos. Isso não é novo. Contudo, dessa vez há alguma coisa nova acontecendo: os conflitos estão diferentes.
Com o aumento na expectativa de vida nos últimos vinte anos, estamos observando um novo comportamento nos veteranos, que agora identificam uma notável capacidade de alinhar sua experiência a uma expectativa de vida ampliada, o que confere uma percepção de juventude estendida. Todos se sentem jovens e no auge de suas capacidades.
O maior desafio para os jovens da Geração Y, portanto, não será apenas quebrar paradigmas, mas, sim, transformar o conflito latente em um verdadeiro encontro de gerações, pois somente assim terão sucesso nas transformações que buscam em suas trajetórias.
Sidnei Oliveira
Fonte: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/sidnei-oliveira/2012/09/20/conflitos-de-geracoes-sempre-acontecem/ acesso em 20 de setembro de 2012.
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