quarta-feira, 4 de julho de 2012

Você é o cavalo ou o cavaleiro


A grande verdade é que, pelo pouco conhecimento que temos a respeito de nossos sentimentos e emoções, nos vemos muito mais pela forma como somos avaliados pelos outros do que pela nossa própria percepção. Quem não age conforme as indicações que os outros julgam serem melhores para nós? Nossas realizações, nosso perfil, o que queremos e o que devemos fazer, na maioria das vezes, são pautados de modo a atender às expectativas daqueles com quem convivemos.
Afinal, quem é louco de ir contra a opinião de alguém – na sua convicção – mais experiente, mais influente ou até mesmo mais inteligente e melhor sucedido? Somente quando nossa essência clama por socorro, quando premida pela urgência de algum incidente sério, é que, por um rasgo de lucidez, decidimos por ser o cavaleiro e não o cavalo e manter as rédeas das nossas vidas nas nossas próprias mãos. E quem melhor que nós mesmos para saber sobre nossos anseios e necessidades? Por que, então, delegar tarefas tão nobres às mãos de terceiros que, na grande maioria das vezes, agem por interesses próprios?
Quando não conhecemos nossos limites, temos a intenção de ir em frente, mas o medo de não conseguir nos desencoraja. O medo existe quando não acreditamos que somos capazes, a incapacidade própria diante do julgamento dos “mais capazes”, que nos avaliam e estão mais gabaritados para falarem por nós. Assumir os riscos de falar por nós mesmos pode nos levar a um nível de exposição e até mesmo a um possível conflito que não vale a pena. Não vale mesmo? Estamos falando da sua vida!
Já é hora de cada um assumir o norte de sua vida. Seja nos aspectos pessoais ou profissionais. Quem melhor decidirá o que é melhor para você é você mesmo, com autoconhecimento e discernimento do que você quer em linha com quem você é. Para isso, é fundamental que o processo de autodesenvolvimento seja iniciado o mais rápido possível. Quanto antes você descobrir a si mesmo, o que o acessa e o que faz sentido para você, mais rápido as conquistas se manifestarão.
Aceitar orientação apenas de profissionais qualificados que possam intervir com conhecimento diante de determinados assuntos e situações e ouvir somente aquelas pessoas que conhecem e demonstram genuíno interesse por você. Fora isso, você corre o risco de chegar ao lugar errado da pior maneira possível. Afinal, quem não decide o rumo próprio de sua vida, terá que se guiar pela rota de terceiros.
Waleska Farias
Reforço o ponto de vista da Waleska através de uma famosa citação de Confúcio que diz o seguinte: “Escolhe um trabalho do qual gostes e não terás que trabalhar nenhum dia na tua vida”.
Quando decidimos o caminho que vamos seguir, precisamos saber que nem sempre teremos dias ensolarados. Se nossas escolhas forem baseadas em nossas verdades pessoais, nos dias de tempestade teremos mais disposição e facilidade de resolver os imprevistos do caminho.
Carla Falcão
E quando seu relacionamento não te basta e seu trabalho já não te desafia? Deve-se terminar o relacionamento? Devo aceitar aquela oferta de emprego?
Todos passamos por uma fase semelhante. Fazer escolhas é uma tarefa diária ainda mais árdua quando colocamos em cheque nossas próprias decisões e estamos insatisfeitos com o caminho que tomamos.
E nesse momento é bastante comum recorrer à opinião dos mais experientes. Mas que tal se hoje você se permitir tomar essa decisão sozinho? Parece arriscado e incerto? E é. Mas como se tornaram experientes, influentes e bem-sucedidos aqueles que julgamos capazes de tomar as decisões por nós?
Arrisque-se! Permita-se o autoconhecimento, saiba onde estão suas limitações e foque em suas escolhas, só então você se sentirá seguro para tomar as rédeas da sua vida.
Paula Mendes
Muitas vezes, acreditamos que somos cavaleiros de nossas vidas quando construímos boas explicações para os resultados que alcançamos, principalmente com os fracassos e falhas. Viver é uma condição com muitos desafios e obstáculos e, normalmente, é mais simples e tentador transferir parte das consequências para outras pessoas ou fatores.
Entretanto, sabemos que a vida é implacável e todas as consequências acabam retornando ao seu devido dono. Lembre-se: você é totalmente responsável por suas escolhas, por isso, sempre vale a indagação do livro de Jerry B. Harvey:
“Como é que toda a vez que me apunhalam pelas costas, as minhas digitais estão na faca?”
Sidnei Oliveira

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