sexta-feira, 22 de junho de 2012

Precisamos de comunidades virtuais para nos guiar


Com tanta informação disponível online hoje, está cada vez mais difícil e mais demorado encontrar conteúdos que nos interessem. Aprender a consumir conteúdo na internet tornou-se uma necessidade e motiva o desenvolvimento de tecnologias mais inteligentes para ajudar as pessoas nessa busca pelo conhecimento útil.
O futuro da mídia digital passa pelo compartilhamento mais explícito de informações e adoção de filtros cada vez mais sofisticados para que cada um escolha o que é mais relevante para si. Essa é a opinião de um dos maiores nomes do universo online, o jovem escocês Pete Cashmore, 26 anos, fundador e CEO do Mashable, um site que reúne notícias e informações relevantes sobre tecnologia e redes sociais e, em apenas sete anos, conquistou uma legião de 20 milhões de leitores mensais e 6 milhões de seguidores nas redes sociais das quais participa.
“Em um mundo em que são postados diariamente milhões de fotos no Instagram, centenas de milhares de horas de vídeo no Youtube e centenas de milhões de tweets, precisamos de comunidades virtuais que possam nos servir de guias”, disse ele esta semana no Rio+Social, no Rio de Janeiro. “Essas comunidades vão nos permitir não só fazer curadoria de conteúdos mas também compartilhá-lo com as pessoas”.
Daí o sucesso de iniciativas como o Pinterest, um grande painel onde as pessoas compartilham fotos de coisas que lhes agradam (e você pode escolher quais temas quer “seguir”) e o Zite, uma espécie de revista para iPad e iPhone que compila histórias colhidas na internet e as combina com os seus interesses pessoais, oferecendo um conteúdo rico e focado, e ao mesmo tempo tão vasto que você jamais acharia sozinho.
O futuro da web — Não há como negar que o futuro da web reúne mobilidade e função social. “Vai acabar essa ligação que temos com desktops e laptops. Todos os softwares estarão agrupados em aplicativos e todos os nossos dados, guardados remotamente na “nuvem”, disponíveis onde quer que estejamos. Telefones, tablets e outros dispositivos, como óculos digitais e relógios, vão nos garantir a mobilidade”, analisa Cashmore. Como toda essa tecnologia pode ser usada para ampliar as ligações entre as pessoas e fortalecer a disseminação de ideias sobre como fazer um mundo mais sustentável foi o mote do Rio+Social.
O que se espera é que a inovação tecnológica possa servir como ferramenta para a mudança de atitude, não só em caráter pessoal – consumir melhor, com mais qualidade, mais aprendizado e mais prazer – mas também de um ponto de vista mais colaborativo, de geração de ideias e implantação de soluções. Que não seriam partilhadas e discutidas se não fossem as redes sociais e suas inúmeras possibilidades.
Mariela Castro

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