Na teoria, a zona de conforto é uma série de ações ou pensamentos que não causam nenhum tipo de medo, ansiedade ou risco à pessoa. Ou seja, estimula a pessoa a ficar onde está, com desempenho constante e com uma limitação que transmite uma sensação de segurança.
Mas como uma expressão com a palavra “conforto” em sua composição pode ser ruim?

Ao usar uma lupa e trazer o fato para o campo profissional, a zona de conforto pode ser bastante limitante para a construção de uma rota possível de carreira. Muito da nossa trajetória depende de nós. Se não ultrapassarmos barreiras e provocarmos mudanças, outros o farão por nós. Saber operar fora de sua zona de conforto pode trazer inúmeros avanços.
Entretanto, não é de uma hora pra outra que decidimos por mudar. Geralmente, precisamos de algo negativo por trás para dar um empurrãozinho, ou até mesmo um profissional para nos estimular a encontrar o caminho.
Enfim, se a mudança é uma porta que só se abre por dentro, as mais significativas devem partir de nós. Fatores externos para usarmos de justificativa sempre existirão, mas o estreitamento de nosso caminho é uma opção de cada um.
E a sua zona, está confortável?
Felipe Maluf
Hoje em dia, essa zona de conforto começa ser construída desde cedo nos seios familiares e nos ambientes escolares. Pais tentam proporcionar de tudo aos seus filhos, uma espécie de proteção 24h, oferecendo toda estrutura possível e necessária à boa sobrevivência. Por outro lado, o sistema educacional nada ensina sobre aspectos que podem ser transformadores aos futuros líderes, como: enfrentar as frustações, tomar decisões, assumir consequências de seus próprios erros.
Na escola, as novas gerações são tratadas como cliente, e como sabemos pelo dito acadêmico e popular: “o cliente sempre tem razão”. Os líderes empresariais é que estão pagando a conta, estão sofrendo com os novos profissionais consumidos pelo pânico da realização. Está na hora de iniciar uma profunda mudança e essa deve começar pela raiz.
Maurício Sampaio
Os jovens de hoje realmente cresceram em um cenário de facilidades pessoais proporcionadas, em grande parte, pelos avanços tecnológicos, o que fez com que desenvolvessem intimidade com as ferramentas de comunicação e se tornassem completamente conectados. O lado sombrio disso é que essas mesmas tecnologias criaram circunstâncias para que possam viver em suas zonas de conforto, interagindo com o mundo através de seus avatares virtuais.
Mesmo valorizando os relacionamentos e buscando participar de experiências inovadoras, muitos jovens optam por manter-se em segurança na infraestrutura em que vivem, mas que não foram conquistadas por eles. Somente “arriscam” sair dessa zona quando estão certos que podem sustentar uma infraestrutura similar.
Um grande passo para escapar desse paradoxo é o jovem acreditar que é enfrentando os desafios com ousadia que seu potencial irá se manifestar, e é justamente essa manifestação que irá garantir uma realidade de sucesso fora da zona de conforto.
Sidnei Oliveira
FONTE:http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/sidnei-oliveira/2012/05/11/a-zona-de-conforto-e-realmente-confortavel/, acesso em 11 de maio de 2012.
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