A mágica
dos empreendedores bem sucedidos está nos processos
É difícil observar as
obras de Dustin Yellin sem se surpreender. Quanto mais se vê, mais se quer
olhar. Quanto mais próximo, mais os detalhes extasiam. Seja de longe ou de
muito perto, suas esculturas são extraordinárias. E, invariavelmente, vem o
questionamento: Como ele consegue fazer isto? O vídeo NYCB Art Series Presents: Dustin Yellin não só apresenta o artista como também
o seu processo.
Depois que entende
como ele faz a mágica, a admiração pelo seu trabalho continua, mas pode surgir
outro questionamento: Será que não consigo fazer algo usando o processo? Mesmo
que seja algo bem simples como uma maçã usando pétalas de rosa e algumas de
suas folhas? Sim, é bem provável que consiga. Talvez não fique tão magnífico no
começo, mas se continuar treinando, as melhorias aparecerão e, algum momento,
terá orgulho da sua criação.
Esta é uma lição que
vários empreendedores lendários aprenderam instintivamente ao valorizarem não
só a criatividade, mas o processo que dá escala a sua capacidade inovadora.
Henry Ford só teve
sucesso a partir do processo de produção em série. Antes disso, produzia
modelos de forma individual e quase artesanal. Mas por mais que isto tenha
ocorrido há mais de um século, muitos empreendedores ainda hoje penam porque
ainda não descobriram uma solução escalável para seus negócios.
Walt Disney
aproveitou as lições de Ford no que diz respeito ao processo de produção em
escala. Os Estúdios Disney eram planejados como fábricas de desenhos e se
tornaram imbatíveis em filmes animados justamente por isso. Mas Disney foi
além: criou e aperfeiçoou processos de criação de experiências inspiradoras em
sua Disneyland. Para os sonhos dos visitantes se tornarem realidade, ele se
tornou obcecado por processos de criação de experiências, um conceito que não
era bem entendido em 1955 quando o parque foi inaugurado e que, infelizmente,
ainda não é compreendido por diversos empreendedores e negócios atualmente.
Steve Jobs valorizava
o processo de produção em série, pois entendia que os produtos da Apple
deveriam ser percebidos quase como eletrodomésticos e também tinha um
conhecimento preciso no que dizia respeito aos processos de criação de
experiências inspiradoras. Mas Jobs avançou e desenvolveu processos de
desenvolvimento de inovações disruptivas que praticamente reinventaram o
conceito de inovação. Por mais que muitas empresas tenham sido hábeis em copiar
muito bem as inovações lideradas por Jobs, praticamente nenhuma conseguiu criar
tantas disrupções próprias.
E Howard Schultz,
empreendedor da Starbucks, foi mais adiante. A partir de um profundo
conhecimento de processos de produção, criação de experiências e de inovação
conseguiu transformar algo ordinário como uma cafeteria em algo extraordinário
com suas mais de 20 mil lojas ao redor do mundo, sendo sete delas só na região
da Avenida Paulista.
Se aprendeu como o
processo Dustin Yellin é conduzido e entendeu que conseguirá fazer algo usando
a técnica, mesmo que forma bem rudimentar, também pode usar o mesmo processo
com outros artistas como Ford, Jobs e Schultz. E não se acanhe. O próprio
Yellin diz que seu trabalho é inspirado em outros artistas.
Assim, se quiser
empreender, aposte na sua criatividade. Mas se quiser crescer, valorize os
processos!
Fonte: Estadão PME –
22/01/15
Nenhum comentário:
Postar um comentário