Foto: Dudu Leal |
Autora do livro "O que os Estados Unidos têm a aprender com a China", ela citou o exemplo de alguns bancos onde um dos pré-requisitos para a concessão de empréstimos a empreendedores é que eles já tenham falhado.
Para a economista, a riqueza de uma nação não pode ser medida apenas pelo PIB, pois não leva em conta o lucro, a distribuição de renda, os níveis de felicidade e de educação. Ressaltou que inovar é uma questão de sobrevivência no mercado atual e lembrou que a América Latina, especialmente o Brasil, tem alto potencial para inovar, com sua população numerosa e elevado índice de biodiversidade.
Segundo Ann, a China está abrindo as portas para que pessoas de outros países se instalem em seu território, com o objetivo de estimular a troca de conhecimentos e ideias diferentes. Em 2012, pela primeira vez, o país asiático ultrapassou os Estados Unidos em número de imigrantes.
— A China está recrutando ativamente estrangeiros para seus centros de inovação e universidades. Professores qualificados são estimulados a trabalhar por lá, com salários elevados, por exemplo, algo que não ocorre na América Latina — lamentou.
A burocracia foi apontada por ela como um dos grandes vilões contra a inovação:
— A maioria das normas limitam a concorrência e bloqueiam o processo criativo.
A palestra Conexões Improváveis gerando Inovação, do espanhol Roberto Gomes de La Iglesia, defendeu a participação de artistas nas empresas como forma de gerar inovação.
— Os artistas são criativos e catalisadores de criatividade entre os colegas — disse ele.
Iglesias explicou que o contexto atual ainda é confuso e ninguém sabe para onde vai e que o momento é de mudanças.
— Primeiro era preciso independência, competitividade e competência para inovar. Mas o cenário mudou com a cooperação e a multidisciplinariedade. Temos que ser competentes competidores e cooperativos, sem barreiras entre setores como economia e arte — destacou.
Decisão deve evitar "truques" da mente, diz especialista
Decisões econômicas e empresariais, capazes de definir o rumo de milhares pessoas, devem ser tomadas com o cuidado de evitar "armadilhas" da mente. A sugestão é do físico Leonard Mlodinow, especialista em estudos sobre a influência do inconsciente em decisões.
— Nossa percepção, nossos instintos, consideram uma imagem ou um símbolo da realidade, e sobre esse símbolo tomamos decisões. Mas essa associação pode nos enganar — afirmou Mlodinow.
Isso ocorre porque a mente "atalha" informações, julga rapidamente algum fato e, inconscientemente, associa-o a uma imagem já familiar ao cérebro. Evidentemente, essas associações podem estar erradas, como mostrou o especialista ao testar a plateia com a identificação de imagens e sons.
— Não se pode confiar totalmente no inconsciente, mas muitas vezes esse inconsciente pode beneficiar a inovação e a tomada rápida de decisões, desde que se esteja bem treinado e atento aos fatos — afirmou.
Fonte: Zero Hora, acesso em 24 de outubro de 2013.
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