A falta de vantagens competitivas prejudica a economia do Rio Grande do Sul, concluíram painelistas que participaram do Fórum de Economia da Fecomércio-RS, realizado nesta quarta-feira (9) em Porto Alegre. Sob o título de “Enfrentando Desafios, Encontrando Soluções”, o evento contou com a presença de empresários e gestores de destaque no cenário nacional.
Entre os entraves enfrentados pela economia gaúcha, estão os altos custos de produção e problemas de infraestrutura, como transportes. Estradas ruins e aeroporto defasado, por exemplo, prejudicam a expansão do segundo polo metal- mecânico mais importante do Brasil, em Caxias do Sul.
“Nós já concorremos com uma defasagem de no mínimo 13% se comparado com outros países que têm um custo de logística menor. Então, nós dependermos do transporte rodoviário de cargas com as rodovias que nós temos hoje é um contrassenso”, diz o diretor de infraestrutura da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul, Nelson Sbabo.
“Nós já concorremos com uma defasagem de no mínimo 13% se comparado com outros países que têm um custo de logística menor. Então, nós dependermos do transporte rodoviário de cargas com as rodovias que nós temos hoje é um contrassenso”, diz o diretor de infraestrutura da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul, Nelson Sbabo.
“A gente achava que dava pra crescer ate 4% sem inflacionar a economia, há uns cinco ou seis anos atrás. Agora, essa realidade mudou. Para a gente voltar a crescer, por exemplo, 3,5%, a gente tem que resolver esses entraves para o crescimento”, diz Marcelo.Além do transporte, a pouca mão de obra especializada e sistemas deficitários de comunicação tiram as vantagens competitivas da produção gaúcha, apontam os empresários. Outro problema antigo é a elevada carga tributária elevada. Dados de institutos econômicos mostram que 36% do que se ganha são gastos com o pagamento de impostos.
Presidente de uma empresa de moda com atuação nacional, a empresária Sônia Hess afirmou as elevadas taxas cobradas pelo governo e a burocracia afetam a competitividade das empresas. Já o economista-chefe de um banco multinacional, Marcelo Kfoury, diz que buscar soluções para essas questões é fundamental para as empresas.
Uma das lideranças jovens mais influentes do país defendeu no encontro a educação e a inovação para transformar ideias criativas em ganhos reais. Bel Pesce disse que, quando se pensa em inovação, é preciso melhorar o lado estrutural, mas também o modo de pensar.
“A gente é sempre ensinado a aprender as coisas como elas são. Só que inovação é exatamente o contrário. É pensar como as coisas podem ser melhoradas. É pegar tudo o que você aprendeu, pensar e trazer isso pra criar soluções que podem suprir uma necessidade”, disse a jovem empreendedora.
Fonte: Globo, acesso em 11 de outubro de 2013.
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