quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Work Out como ferramenta de gestão


Na tradução direta do inglês, work out significa “resolver”, “realizar”  ou “planejar”.  No entanto,  uma ferramenta administrativa específica, elaborada na empresa norte-americana General Eletric quando  sob direção de Jack Welch, com  objetivo de eliminar a burocracia e solucionar os problemas organizacionais rapidamente, recebeu exatamente o nome de Work Out.
A base teórica desta ferramenta é inteligente e útil. Quando você remove barreiras, você dá autoridade aos empregados. Isto abre canais de informação e cria oportunidades para novas ideias e tomadas de decisões mais rápidas, o que encoraja a cooperação em todos os níveis da organização.
Welch introduziu o Work Out a fim de dar oportunidade para todos os empregados da GE ajudarem na solução de problemas e dar boas ideias. “Trabalhadores comprometidos são mais produtivos”, argumentava ele.
O programa melhorou a comunicação, aumentou a inovação e reduziu a Síndrome NIH (Not Invented Here, ou, em português Não Inventado Aqui),  cultura que evita a utilização de produtos, tecnologias ou conhecimento existente fora da organização, porque não foram originados dentro dela.
Work Out funciona da seguinte forma: grandes grupos de funcionários e gerentes –  de diferentes níveis e funções dentro da empresa – se reúnem para abordar questões e preocupações identificadas por eles ou pela gerência. Em pequenas equipes, as pessoas desafiam os superiores sobre “a maneira como sempre fizemos as coisas” e recomendam melhorias radicais nos processos. Este sistema viabiliza mais rapidez nas decisões e  amplia a qualidade.
O pessoal é encorajado a se perguntar: “Que parte do negócio está lenta?”, “Quais são os obstáculos no nosso modo de fazer negócios?” Então, são motivados a remover as barreiras e agir com mais rapidez.
Mas deve-se entender que nenhum programa é capaz de transformar uma empresa da noite para o dia. Em curto prazo, o Work Out ajuda na solução de problemas pontuais de lentidão. Em longo prazo, pode auxiliar a empresa a desenvolver uma cultura e as habilidades necessárias para operações mais ágeis no seu todo.
Como tudo na vida, isto também requer dedicação para dar certo.

Abraham Shapiro

17% das pequenas empresas usam redes sociais, diz pesquisa

Estar nas redes sociais já virou um mantra para os empreendedores. O problema é que poucos estão fazendo uso efetivo destas ferramentas. Segundo uma pesquisa feita pela Pitney Bowes, só 17% dos empresários de pequenas empresas usam as redes sociais para o bem do negócio.

O estudo, realizado com 750 clientes de pequeno porte da empresa, mostrou que o e-mail é o principal canal de comunicação do negócio, com 46% dos entrevistados afirmando que usam o correio eletrônico pela facilidade. Nem sempre, no entanto, o e-mail é usado como canal de marketing.
Em seguida, ainda aparecem os tradicionais telefone, com 22%, e mala direta, com 11%. A maioria nem citou as redes sociais como um canal primário de marketing – esta ferramenta aparece com mais frequência em empresas com menos de 10 anos e até 10 funcionários. Só 17% das pequenas empresas disseram usar as redes sociais como canal de marketing.
As pequenas empresas falham na hora de medir o retorno destas ações. A pesquisa descobriu que 73% dos empresários não sabem medir a eficácia de e-mail marketing e 80% não têm ideia de como avaliar o retorno das ações com mala direta.
Priscila Zuini

Sustentabilidade e redes sociais


Como explica neste artigo, Ricardo Abramovay entende que estas são as bases da inovação do Século XXI, que está pautada em quatro vetores

A inovação do Século XXI será, cada vez mais, norteada por quatro vetores, que não fazem parte da maneira como a esmagadora maioria das empresas se organiza hoje, na visão de Ricardo Abramovay, professor titular do Departamento de Economia da FEA e do Instituto de Relações Internacionais da USP.

Ao Portal HSM, ele dá uma prévia da palestra que apresentará na Estação de Conhecimento Sustentabilidade em Foco, da Mostra de Conteúdos e Soluções da HSM ExpoManagement 2012. Confira:

Em primeiro lugar, o desafio central da inovação contemporânea está menos no aumento da produtividade do capital e do trabalho do que no menor uso possível de energia, de materiais e na redução ao mínimo da poluição e das emissões de gases de efeito estufa.

Em segundo lugar, é urgente que a inovação contribua para substituir a economia da destruição da natureza, marca decisiva da ocupação dos principais biomas, sobretudo nas regiões tropicais, pela economia do conhecimento da natureza, que faz do uso sustentável da biodiversidade uma fonte de ganhos empresariais.

O terceiro vetor vem da sociedade da informação em rede e se exprime tanto na ampliação de formas colaborativas de produção, consumo e comercialização, quanto em métodos que valorizam a iniciativa de indivíduos e das redes sociais e dos quais a energia distribuída e a impressora em três dimensões estão entre os exemplos mais recentes.

O quarto vetor (e que, de certa forma, unifica e imprime coerência aos três anteriores) é o que coloca cada vez mais a ética no centro da vida e das decisões econômicas: mais importante do que as conquistas científicas que permitem melhor usar a biodiversidade, reduzir a intensidade material e energética da oferta de bens e serviços e apoiar-se sobre redes sociais é saber a real utilidade daquilo que a economia oferece à sociedade, ou seja, a capacidade que a riqueza crescente do mundo contemporâneo tem de propiciar prosperidade para as pessoas, as comunidades e os territórios onde vivem.

É excesso de otimismo imaginar que estes quatro vetores se imporão aos comportamentos empresariais por força da própria concorrência entre as empresas. Na verdade, são imensas as oportunidades de ganhos que ainda se apoiam nas regras estabelecidas por aquilo que Pavan Sukhdev caracteriza, em seu último livro, Corporation 2020, como “corporações 1920”, ou seja, empresas que cumprem a legislação, mas sem preocupação explícita com os efeitos do que fazem sobre a vida social. As vantagens concorrenciais do uso predatório dos recursos e da oferta de produtos e serviços que degradam a vida social são ainda extraordinariamente grandes.

A ideia de que bastam incentivos corretos para que as empresas consigam compatibilizar seu enriquecimento com a manutenção dos serviços básicos dos ecossistemas e com a necessidade de sociedades menos desiguais e mais coesas vai se mostrando pouco verossímil. Não há desafio competitivo mais importante para o setor privado que o de usar o poder dos negócios para contribuir à solução dos grandes problemas socioambientais enfrentados hoje pela espécie humana.

Ricardo Abramovay


terça-feira, 30 de outubro de 2012

A reputação pode determinar o sucesso


Depois de muito ouvir, de um lado, reclamações de líderes sobre os profissionais nas empresas e, de outro, as dificuldades de quem o procurava para desenvolver melhor sua carreira, o coach Alexandre Prates chegou a uma fórmula. Para ele, Reputação = (Tempo de carreira + Experiência adquirida + Resultados conquistados) + Investimento em Você x Imagem pessoal.
O palestrante e autor do livro "A Reinvenção do Profissional - Tendências Comportamentais do Profissional do Futuro", acredita que esta fórmula é capaz de determinar se a reputação de uma pessoa está boa (ou não) no mercado de trabalho.

“Uma empresa pode não dar a oportunidade de ser promovido, mas não pode, nunca, tirar a capacidade de produzir resultados e construir uma imagem profissional íntegra e admirável”, diz o especialista. “Empresas são geridas por pessoas e as pessoas falham, podem ser injustas, egoístas, distraídas. No entanto, a sua reputação é gerida por você. Como você quer ser visto e lembrado?”

Abaixo, Prates detalha a fórmula “Reputação = (Tempo de carreira + Experiência adquirida + Resultados conquistados) + Investimento em Você x Imagem pessoal”.
Tempo de Carreira + Resultados conquistados + Experiência adquirida:Esses três elementos precisam, obrigatoriamente, andar juntos. Tempo de carreira não é sinônimo de boa reputação profissional. Quais resultados você entregou? O que você aprendeu? Qual experiência adquiriu ao longo do tempo? Como esta experiência enriqueceu suas competências? Ter 10 anos de experiência em uma profissão, não garante que você seja muito bom no que faz;

Subir de cargo não depende de você, entregar resultados sim: Mais importante do que os cargos que você assumiu dentro de uma empresa são os resultados que você conquistou. A empresa pode não dar oportunidade de crescer na hierarquia, mas sempre haverá oportunidade de entregar resultados e construir sua reputação.

Investimento em você: A pior coisa que um profissional pode fazer é terceirizar o seu desenvolvimento para uma empresa. As pessoas precisam compreender que o plano de carreira desenhado por algumas empresas é um norteador das oportunidades que a empresa oferece, porém, não substitui o investimento que o próprio profissional deve fazer em sua carreira. E mais uma dica, se a empresa que lhe oferece um plano de desenvolvimento e você complementa esse aprendizado do seu bolso, saiba que isso contribui e muito com a sua reputação.

Imagem pessoal: Nenhumas das opções anteriores valerão a pena se a sua imagem profissional não for preservada. Caráter, ou você tem, ou não tem! É por isso que o caráter, na fórmula acima, multiplica e não soma. Mesmo se você merecer nota 10 em todos os itens anteriores, se não tiver caráter, a matemática nos ensina que 10 x 0 = 0.

Mitos
Há uma confusão muito grande nas empresas sobre o que é resultado, na opinião de Prates. Volume de trabalho nem sempre é igual a resultado. “Posso trabalhar 14 horas e não atingir resultados. Existe uma ideia de que trabalhar muito conta para a reputação.”

Isso acontece, segundo o especialista, porque as empresas não estão prontas para gestão por resultados, então passam a medir comportamento. “Se você não define os resultados que quer que ele entregue, começa a valorizar a pessoa que chega cedo e sai tarde, achando que essa é mais valiosa que a outra. Quando não existe a medição por resultados, a única forma de medir a pessoa é por comportamento.”

Outra ideia errada, segundo o coach, é que as pessoas querem justificar competência pelo tempo de carreira. O mais importante é a experiência adquirida. “Conheço muitos profissionais que têm 20 anos de carreira e se tornaram obsoletos.”

Por último, ele alerta para um dos principais elementos na fórmula abaixo: quando a empresa olha para um currículo, ela busca uma imagem. Quanto mais essa imagem for preservada, mais ela tem a reputação bem trabalhada.
“Muitas pessoas, para chegarem a um resultado, acabam fazendo de tudo. Pisam nos colegas, mentem, escondem informações e fazem qualquer coisa pra que o resultado aconteça. Pode-se resumir imagem pessoal em uma coisa: caráter. E isso ou se tem ou não se tem. Estamos em uma era em que a transparência é muito importante.”

Época Negócios


o 5° P do marketing


Todo mundo já conhece os 4 P's do marketing: produto, preço, praça e promoção, o que muitas pessoas esquecem e que é fundamental para inicio e construção de qualquer projeto é um "p" que vem antes do produto, o de paixão.
 
Pesquisas comprovam que pessoas apaixonadas são mais produtivas, logo, gestores e colaboradores apaixonados são mais bem-sucedidos também.
Se levarmos em consideração que hoje os consumidores estão em busca de histórias, experiências e momentos inesquecíveis, e que as marcas mais bem sucedidas são aquelas que proporcionam isso, nada mais justo que acrescentar o item paixão aos negócios do mundo.
A paixão nos negócios proporciona a construção de produtos com um alto nível de desempenho ofertado ao target, Omar Souki, autor do livro Paixão por Marketing, nos mostra que empresas vencedoras são pilotadas por pessoas apaixonadas, produtos de sucesso são criados por pessoas apaixonadas, serviços que encantam clientes são oferecidos por pessoas apaixonadas e promoções espetaculares são dirigidas por pessoas apaixonadas.
Outro ponto que vale lembrar é que a paixão torna as marcas mais humanas, hoje os consumidores querem mais transparência e valores nos negócios com que se relacionam, esse público busca cada vez mais uma relação emocional com as empresas, as marcas precisam pensar de que maneira podem incluir aspectos emocionais e sociais em seus diálogos. Heren Zeitoun, Diretora Global da GfK, diz que é fundamental entender que não vivemos em um ambiente mecânico, pelo contrário, a experiência e a construção de relacionamentos são itens cada vez mais importantes no novo ambiente de diálogo, ambiente este que as marcas precisam remodelar.
O quinto "P" do marketing é uma variável que move todas as outras de maneira encantadora e incansável, instigar a paixão nos negócios (e naqueles que fazem o seu negócio) faz seu produto todos especial (e diferente).
Fernando Coelho

Webempreendedorismo: novo modelo de negócios


O momento econômico pede o empreendedorismo. O mundo pede a inovação. Sai a classe média de carteira assinada e entram os revolucionários empreendedores. Criar um negócio na era digital é sentir-se inserido em um novo mundo, no qual você é o que você compartilha. O conceito de modernidade foi cunhado no século passado, mas acabou a era do ter. Esta é a era do ser.

Vivemos o tempo da "dissonância cognitiva", ou seja, ninguém sabe as regras, ninguém foi ensinado. Por que não empreender? Por que não experimentar? Ouse, arrisque, experimente. Muitos erros acontecerão, erraremos mais e mais. Será empírico, mas aprenderemos como fizeram tantos "gênios digitais". A pergunta é como aprendemos com o erro das gigantes e dos profissionais que venceram? O que de bom eles fizeram para conter a ira das pessoas? Temos muito a aprender, e que bom que não existe receita de bolo. E que bom que há gente saindo para se molhar na chuva.

Empreender é o melhor remédio para a depressão e para o vazio existencial. Vivemos uma abertura sem precedentes para novas ideias, novas abordagens e novos negócios. Lá vem você com a pergunta simplista: "E onde arranjo tempo?". Sim, o tempo linear acabou. Esqueça o relógio e foque nas ações e no objetivo final. Sei que você tem dúvidas e medos: "E a bolsa de estudos que eu ganhei da empresa?"; "E a prestação do carro?". Então, faça como milhares de pessoas: separe duas horas por dia, sacrifique um pouco seu lazer e seu tempo diante da televisão e vá empreender na era digital.
Um grande amigo escreveu em seu blog uma vez que os concorrentes no mundo do empreendedorismo digital são os programas de trainees, os donos de bares e os vendedores de drogas. São eles que tiram os corações e as mentes de jovens que poderiam criar novas empresas.
É hora de reagir. Não tenha medo de demitir da sua vida os chefes que gritam e de renunciar aos trabalhos chatos. Olhe à sua volta e perceba o olhar dos empreendedores. Repare nas perguntas questionadoras e inventivas dos curiosos. Os novos poetas do "mundo.com" estão deixando uma marca digital, quebrando o silêncio e começando uma revolução.
São milhares de empreendedores em todo o Brasil, inquietos, que trocam empregos pelo sonho de fazer seu negócio. São executivos que trabalham à noite e na madrugada para montar a própria empresa. Essa revolução não usa armas, mas mentes inventivas. Um Brasil inventivo já nasceu. Já existe um Brasil empreendedor, digital, vanguardista e ético. Pessoas estão criando novos negócios e novas formas de pensar na economia criativa e no webempreendedorismo. Precisamos valorizar o que nosso país tem de bom, principalmente as boas ideias.
Gil Giardelli



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Como transformar projetos em resultados?


Em plena expansão, o Brasil tem hoje em andamento uma série de grandes empreendimentos de infraestrutura, como a ferrovia Transnordestina, a transposição do Rio São Francisco, os estádios da Copa e outras obras de infraestrutura necessárias para o evento, portos, estradas. E tudo isso parte (ou, pelo menos, deveria partir!) de um projeto, algo que estabeleça uma disciplina para que tudo seja feita da forma mais otimizada possível. Na prática, é verdade, as coisas não funcionam bem assim. Mas precisam funcionar. E para que funcionem, gerenciar bem os projetos é um dos passos mais importantes, algo que vale para esses casos citados acima, mas também para o dia a dia das empresas.

O brasileiro Ricardo Vargas, que preside o Project Management Institute (PMI), concedeu uma entrevista ao Administradores.com em que explica o que, de fato, é o gerenciamento de projetos, sua importância e como ele pode ser decisivo para o cotidiano do mundo corporativo e o desenvolvimento do Brasil.

O que é, de fato, o gerenciamento de projetos?

O gerenciamento de projetos, nada mais é do que uma técnica e um modelo que serve para você administrar projetos. E o que é um projeto? O projeto, nada mais é do que algo temporário e único. Talvez a melhor forma de você entender o conceito de gerenciamento de projetos, é entendê-lo através da comparação com a rotina. O que é uma rotina? Uma rotina é algo que você faz repetidas vezes, e por repetir daquela forma, você se torna mais rápido, mais hábil, mais preciso e etc. O que é o projeto? O projeto é o oposto da rotina. O projeto é aquilo que você não faz todo dia, é aquilo que você não tem habilidade específica e por isso precisa de um esforço gerencial diferenciado. Você precisa trabalhar de uma forma diferente, você precisa entender os riscos, o escopo, os prazos. Gerenciamento de projetos é o que? É uma disciplina, onde as melhores práticas pra que você administre bem os seus projetos são estabelecidas. Então essa disciplina começa a fazer parte das organizações.

Qual a importância dessa atividade para as empresas?

As empresas hoje estão infinitamente mais voltadas pra projetos do que para rotinas. Então a importância dessa atividade é crucial pra que ela consiga administrar seus novos empreendimentos. Então a importância dessa atividade para as empresas é permitir com que a empresa alcance um novo patamar de competividade através da inovação. E a única forma de você implementar a inovação é através de projetos. E se você não gerenciá-los, esses projetos não vão ser bem implantados, não vão produzir inovação e não vão gerar a vantagem competitiva que você precisa.

Várias obras de grande porte estão em andamento no Brasil e outras devem vir por aí. Historicamente, entretanto, esses são processos muito lentos, sofrem com corrupção, serviços mal feitos entre outras coisas. Falta capacidade ao poder público para gerenciar projetos de grande porte?

Eu queria até ser mais amplo. Eu acho que falta uma capacidade geral, não só do poder público, do governo, mas também das organizações, instituições, em gerenciar atividades extremamente complexas, grandes. Por quê? Hoje temos um problema com a falta de talento, a falta de profissionais qualificados. E isso não é um problema exclusivo do Brasil, isso é um problema mundial. Hoje nós temos um problema de falta de talentos muito grande, um problema de aumento da complexidade, dos riscos, dinâmica de mercado. Ou seja, o mercado está variando e está sofrendo alterações de uma forma muito mais dinâmica, então isso tem aumentado enormemente a complexidade do que se tem feito. Você envolve muitos fornecedores, muitos parceiros, muitas entidades, e com isso a transparência pode estar comprometida, abrir espaço pra atividades ilícitas. Então isso tudo gera um cenário muito mais complexo do que o cenário tradicional que nós estamos costumados, por isso o desafio, e por isso que obras de grande porte precisam de um gerenciamento de projetos extremamente efetivo, competente e presente.

E quanto às empresas brasileiras: de modo geral, elas gerenciam bem seus projetos?

Eu queria dizer que de modo geral elas não gerenciam bem seus projetos. Porque quando você gerencia bem, efetivamente, com resultado, você cresce de forma exponencial. E claro que algumas empresas brasileiras estão fazendo isso muito bem. Mas o que a gente vê no mundo, como um todo, é um desenvolvimento mediano desses projetos, por isso que eu volto a dizer e repito: se as empresas começarem a pensar nisso e investirem mais na gestão de projetos, essas empresas vão conseguir um sucesso muito maior. Então, queremos dizer que nós não estamos atrás, mas também não somos líderes e pioneiros nessa área.

Quais as principais características de um projeto bem gerenciado?

Um projeto bem gerenciado tem, na verdade, duas coisas que ele atende. A primeira coisa é quando a gente fala em gestão do projeto. Ele cumpre prazos, escopo do que tem que ser feito, cumpre orçamento, é administrado dentro um de patamar tolerável de risco. Agora, além disso tudo, nós temos que falar também dentro desse conceito de projeto, do conceito de gestão de portfólio: aquele projeto tem um business case viável, inteligente e realista. Porque não adianta eu realizar bem no prazo e no orçamento aquilo que não tem nada a ver e não reflete a realidade organizacional. Por exemplo, o que adianta hoje eu ser o melhor fabricante do mundo de disco de vinil se disco de vinil não vende? Eu preciso entender até quando eu consigo agregar e produzir valor em cima desse cenário. Então o projeto bem gerenciado é aquele que não só cumpre prazo e orçamento, como entrega o benefício previsto e esperado. 
Simão Mariens

Carreira e geometria: alguma semelhança?


Com certa frequência, profissionais de mercado, conhecidos e amigos me perguntam quais devem ser os principais cuidados com a carreira, que competencias são críticas, quais conhecimentos e habilidades são mais valorizados, ou, ainda, que passos devem ser dados para se chegar ao topo das organizações.
Às vezes, recorro à geometria para dar a resposta. Na geometria – ramo da matemática que estuda a forma, o tamanho e a posição relativa das figuras e propriedades do espaço – tudo começa com um ponto, medida mínima do nosso campo visual. Em se tratando de carreiras, não é diferente. Ao iniciar a vida profissional, não somos mais do que um pequeno ponto ou marca dentro das organizações.
Diz a geometria, contudo, que, por um único ponto, passam infinitas retas. Assim, também o é com as carreiras. À medida que nos movimentamos, o ambiente a nossa volta nos desafia com uma multiplicidade de caminhos e possibilidades – para frente ou para os lados, em prol da continuidade ou da mudança. Em última análise, são as decisões que tomamos, a cada passo, após avaliar riscos e oportunidades, situação presente e cenários futuros, que determinam a qualidade da nossa trajetória, se esta será mais ou menos promissora. O movimento de um ponto origina uma linha reta ou curva. A mobilidade profissional desenha carreiras de sucesso ou de pouca expressão.
Até meados dos anos 80, vivendo em um mundo mais plácido, determinado e previsível, com mercados e clientes mais receptivos e menos exigentes, as metáforas que podemos extrair da geometria plana bem responderiam às indagações iniciais dessa matéria. Poderíamos dizer, por exemplo, que, para cuidar bem de sua carreira, bastaria a um profissional dominar a sua área de especialização e desenvolver as habilidades de planejamento, execução, verificação e ação (PDCA). Em outras palavras, bastaria ao ponto tornar-se uma circunferência, ampliando, a cada dia, o seu diâmetro.
Ocorre, no entanto, que, em um mundo globalizado – de incerteza, complexidade e competição crescentes –, esses conhecimentos e habilidades, ainda que necessários, já não são mais suficientes.
Para vencer, hoje, no mundo das organizações, além de hard skills, isto é, dos conhecimentos técnicos e habilidades de gestão, são também necessários soft skills, ou seja, qualidades e atributos pessoais tais como raciocínio estratégico, intuição, liderança, autocontrole, engenhosidade, resiliência, disciplina, entusiasmo, transparência, adaptabilidade, sociabilidade e espírito de aprendizagem – apenas para citar alguns –, os quais permitirão às empresas dar respostas mais ágeis e efetivas às mudanças permanentes em seus ambientes interno e externo. Isto significa que o caminho para se chegar ao topo da pirâmide corporativa, no novo contexto, pressupõe, agora, além do conhecimento da profissão e dos negócios, o desenvolvimento de uma medida maior de excelência pessoal.
Nessa perspectiva, quando projetamos uma carreira de sucesso, melhor seria termos em mente a metáfora de uma esfera – figura tridimensional da geometria espacial e que nos dá a ideia de um desenvolvimento multidirecional, pois, para chegar primeiro ao futuro e capturar as melhores oportunidades, precisaremos ter nada menos do que todas as nossas capacidades em ação.
Época Negócios

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Cinco aplicativos para aumentar a sua produtividade

A utilidade dos smartphones vai muito além das ligações telefônicas, as mensagens SMS ou do acesso à internet. Graças aos aplicativos, que proliferam em progressão geométrica, é possível organizar (e facilitar) a vida e os negócios. Selecionamos e experimentamos alguns aplicativos que podem aumentar a sua produtividade. Confira a lista.


Evernote

Fabricante: Evernote Corporation
Sistema: Android e iOS

O Evernote permite que você organize reuniões ou ideias em um arquivo virtual que fica disponível na nuvem e pode ser acessado a qualquer momento por meio de um acesso à internet.
Ao clicar no sinal de mais na tela, cria-se uma pasta onde podem ser guardados áudios, fotos e anotações de um determinado momento – o aplicativo ainda registra a data e o horário do evento. Se o seu smartphone tiver GPS, o programa registra até o local onde a nota foi gravada. O melhor é poder compartilhar o conteúdo por e-mail, Facebook ou Twitter.
O aplicativo é oferecido no modelo Fremium, em que o usuário pode usar o serviço gratuitamente com uma configuração mais modesta, ou pagar para armazenar mais de 60 MB de dados.
SamCard

Fabricante: SamTeam
Sistema: iOS

O SamCard é ótimo para exercitar o networking sem moderação. Com ele o usuário só precisa fotografar o cartão para todas as informações irem parar direto na agenda de contatos do iPhone.
Fizemos o teste com vários modelos de cartão. O índice de acerto com o nome e número de telefone foi rezoável. Mas no caso de endereços e e-mails, o software se confundiu com algumas grafias e foi necessário fazer o acerto manualmente. Ainda assim, o trabalho foi bem menor do que incluir todas as informações manualmente.
Deu pra perceber que o programa depende muito da claridade. Tentamos capturar a imagem de alguns cartões em ambientes escuros, mas não foi possível.
Dragon Dictation

Fabricante: Nuance Communications
Sistema: iOS

Este app é para quem definitivamente não gosta do teclado qwerty ou precisa mandar mensagens de maneira rápida. Clique na tela, fale pausadamente e clique de novo em “Terminei” e pronto: sua mensagem estará digitada e poderá ser enviada por sms e e-mail ou ser postada no Facebook ou Twitter em poucos cliques.
Fizemos alguns testes com vozes femininas e masculinas. A transcrição das frases funcionou muito bem. Até ponto final e vírgula o programa insere, desde que o usuário sinalize durante a sua gravação.
A desenvolvedora garante que o envio de mensagens fica até cinco vezes mais rápida com o uso do aplicativo.
CashFlow Free

Fabricante: Takuya Murakami
Sistema: Android e iOS

Cuidar bem do dinheiro é fundamental para uma vida profissional saudável. E há quem garanta que o primeiro passo para ficar longe do vermelho é anotar cada um dos gastos religiosamente. O CashFlow dá uma ajudinha nessa tarefa que, convenhamos, não tem nada de prazerosa.
Acrescente novos débitos ou créditos classificando-os com tags registradas por você. Os ganhos aparecem em azul e os gastos em vermelho. O próprio aplicativo já faz os cálculos e apresenta o saldo para o usuário. 
Para facilitar o controle o CashFlow monta gráficos com os gastos do dia, semana, mês e ano.
Flipboard

Fabricante: Flipboard Inc.
Sistema: Android e iOS

O app reúne todas as principais fontes de informação digitais em um só lugar. Nele é possível acessar sites, serviços de RSS, além de redes sociais como Twitter e Facebook.
Permite ver todas as atualizações dos seus amigos e ainda se informar em um layout diferenciado.
 Época Negócios


O poder da escolha


O direito do povo de eleger os seus representantes não é algo novo. Muito pelo contrário, vem dos tempos remotos, mas com um pensamento totalmente equivocado sobre quem era o "povo". Para os figurões de séculos passados, só quem era portador de riquezas podia escolher aquele que atenderia melhor os seus interesses. O tempo passou, as mulheres receberam voz e vez (não é à toa que é crescente o número delas na política, mesmo sem a necessidade de cotas, como o Tribunal Superior Eleitoral impôs) e o voto direto foi liberado. Conseguimos até ter transição de poder entre presidentes em anos recentes. Porém, parece que houve uma estagnação do pensamento e da importância do voto por parte do povo, e aquele pensamento de atendimento de interesses próprios que assolava os séculos passados, continua a assolar os dias atuais.

E o que isso tem a ver com gestão? Tudo. Eleger é decidir, é escolher quem é que terá a palavra final para o uso do dinheiro do povo. Ou seja, é quem gerenciará os nossos bens e os das gerações futuras. Quantas vezes nos deparamos com situações nas organizações em que os interesses particulares se sobrepõem aos interesses do coletivo? E o que causa o favorecimento de uma pessoa em detrimento do bem-estar de um grupo? Quais as consequências de uma decisão tomada somente para si e não para os seus pares?
Muitas. Desestimula o grupo a se interar e pensar em melhores práticas e soluções, pois já sabem que nesse jogo de cartas marcadas, no final, nunca terão chances reais de ter a sua idéia utilizada. Cria conflitos e intrigas desnecessárias, gerando situações embaraçosas para todos os lados, culminando em saídas de talentos. E tudo por conta de uma decisão mal feita. Sem contar o fato de que um interesse particular pode acarretar em inúmeras ilegalidades que se disfaçam nesse jogo de poder, prejudicando totalmente um fluxo de trabalho. E o voto mal feito, faz algo parecido?
Com certeza. Aqueles que trocam o seu voto por um saco de cimento, uma dentadura (sim, já houveram casos comprovados de troca de votos por este item) ou aquele emprego no gabinete de certo político a que se unir não pensam no histórico daquele candidato, ou o quanto ele pode acrescentar com opiniões construtivas e ações verdadeiras. Acabamos olhando o nosso próprio umbigo e quando percebem, colocaram no governo uma pessoa completamente inútil para a sociedade.
O político, no sentido literal da palavra, é aquele que trabalha para a pólis (a cidade) sem olhar para si como algo superior, mas com a mira no grupo, com ele se inserindo e tendo a consciência de que ele é parte integrante desse grupo de pessoas, com tudo o que ele fizer de benefício para si, será para o coletivo. O mesmo vale para o gestor, que precisa ver a organização como um todo para que tome decisões que sejam de maior benefício para esse todo. Então, votar é decidir. E decidir para todos e por todos.
João Gilberto

4 coisas que os clientes realmente querem


O cliente nem sempre sabe o que quer, e muitas vezes, cabe ao vendedor o papel de ajudá-lo a descobrir. Sim, existem clientes difíceis que parecem ter como missão complicar a vida de quem está do outro lado do balcão. Entretanto, vendedores e pequenos empresários precisam entender que a venda de um produto ou serviço não significa que a missão está cumprida.
Independente da área de atuação da sua pequena empresa, o treinamento da equipe é essencial para que a imagem da sua marca não seja arranhada e que a propaganda boca a boca tenha efeito, de forma positiva. “As empresas precisam pensar que o cliente quer ser surpreendido”, afirma Diego Maia, presidente do Grupo CDPV (Centro do Desenvolvimento do Profissional de Vendas).
Com a ajuda de Carlos Cruz, diretor do IBVendas, e Maia, Exame.com listou quatro coisas que os clientes esperam da sua empresa.
1. Respeito
O primeiro contato é crucial. O vendedor está falando em nome da empresa e, por mais que o cliente esteja em um dia ruim, as boas maneiras devem ser mantidas. Coloque-se no lugar do cliente e lembre-se de que atitudes grosseiras podem afastar qualquer tipo de pessoa. “Todo mundo gosta de ser bem tratado”, afirma Maia.
Para Cruz, deduzir o que o cliente quer antes mesmo de escutar o que ele está buscando é uma armadilha. “Não subestime o potencial do cliente”, afirma ele.
2. Agilidade
Quando a preguiça do vendedor é tão evidente que o próprio consumidor tem que ir atrás do que ele precisa, tem alguma coisa errada. Ser proativo, entretanto, não é despejar informações e inúmeras opções de produtos. Foque na solução e ajude o cliente a entender o que ele quer e o que vai comprar. "Só não vale tentar empurrar coisas que não tem nada a ver”, conta Cruz.
O atendimento foi todo perfeito, mas se em outras etapas da compra ou da prestação de serviços, a demora interferir a ponto de o cliente cogitar desistir da compra, tudo terá sido em vão. “Os processos não podem demorar”, afirma Maia. Para isso, é preciso que o empreendedor adote medidas ou invista em softwares que auxiliem o momento da venda.
3. Criatividade
Não use o mesmo discurso para todos. Aquela velha história de que o produto é perfeito para você é um clichê que não agrada ninguém. “Vendedor tem que focar na solução e saber fazer perguntas”, afirma Cruz.
O ideal, de acordo com o especialista, é sugerir até três opções que atendam à necessidade do cliente. “Fuja do script, porém conecte-se à realidade do cliente”, completa Cruz.
4. Credibilidade
Consistência no discurso e na prática é o que leva uma empresa a ter credibilidade no mercado, com seus fornecedores e clientes. Por isso, se o dono do negócio age de maneira que contraria os valores que ele expõe no slogan da loja, por exemplo, nem sua equipe de funcionários o respeitará.
O cliente precisa confiar no serviço e produto que está comprando e o responsável por essa ponte é o vendedor, que deve fazer com que a credibilidade da empresa não seja colocada em risco.
Ao omitir uma informação, só para que a venda seja realizada, o vendedor estará colocando a imagem da empresa, do dono do negócio e até mesmo do que ele acabou de vender em risco. “Se um vendedor falta com a verdade ou mente, isso pode ser catastrófico”, afirma Maia.
Caso o vendedor não tenha a informação que o consumidor necessita, a sinceridade é o único caminho. “Quero me certificar de que não lhe darei uma informação errada” é uma das frases que ele gostaria de escutar.

Camila Lam




quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Gestão de caixa para criar valor nas empresas


O caixa, mantido principalmente na forma de aplicações financeiras de curto prazo, é um dos ativos mais difíceis de serem administrados nas empresas. A gestão de caixa que cria valor segue a estratégia baseada nos benefícios que o seu uso vai trazer no futuro, não se limitando ao seu poder de compra no presente.

É comum considerar que um alto nível de caixa é benéfico em qualquer situação. Achamos que a empresa é mais rica, mais poderosa e mais segura. Não depende de empréstimos que oneram em juros. Pelo contrário, tem aplicações financeiras que rendem juros. Na verdade, porém, uma empresa com muito caixa não necessariamente está em uma boa situação. Isso porque precisamos enxergar o caixa pelos benefícios que ele vai trazer no futuro e não pelo que ele pode comprar no presente. Sem dúvida, um real é um real em termos do poder de compra, o seu valor de troca. Entretanto, o valor mais importante é o valor baseado nos benefícios resultantes, o seu valor de uso, que pode ser maior ou menor que um real.

Em termos do valor de uso, um real que será bem usado no futuro vale mais que um real hoje. Um real que será mal usado no futuro vale menos que um real hoje. Um valor adicional é criado quando o valor de uso é maior do que o valor de troca. Esse valor de uso precisa ser considerado do ponto de vista dos proprietários da empresa, que têm a acumulação de capital como o seu principal objetivo. O caixa é o capital inicial para a criação de valor, que permite essa acumulação de capital.

O valor é criado somente quando alguém faz para outra pessoa algo que ela não consiga fazer por sua conta. Neste sentido, as aplicações financeiras por si só normalmente não criam valor, pois os proprietários da empresa podem fazer essas aplicações diretamente no mercado por sua conta. Não precisa da empresa para isso. A empresa cria valor por realizar atividades produtivas, que os seus proprietários não consigam fazer por conta deles. 

Outro aspecto importante na gestão de caixa é a questão de segurança. É necessário manter caixa para fazer os pagamentos. Essa liquidez necessária depende da geração de caixa e, portanto, dos riscos operacionais inerentes ao negócio. Depende também do risco de eventos inesperados como, por exemplo, da quebra da bolsa de valores, contra o qual a empresa precisa também se precaver. Por outro lado, não se pode ter o caixa em excesso, que fica ocioso e reduz a rentabilidade da empresa. É por isso que se diz que é necessário balancear a rentabilidade e a liquidez nas empresas.

A existência simultânea de caixa e dívida também é uma questão a ser pensada. Na maioria das vezes, uma dívida onera em juros mais altos do que os juros gerados nas aplicações financeiras. Por que, então, não liquida a dívida com o caixa disponível? Se a empresa consegue obter um novo empréstimo facilmente, quando quiser, ela pode deixar a dívida atual liquidada com o caixa disponível. Porém, na realidade, não há acesso fácil e imediato aos empréstimos e pode até faltar crédito, se a situação do mercado piorar. Essa restrição no acesso aos empréstimos é o principal motivo de manter o caixa e a dívida ao mesmo tempo. 

Têm ainda as questões tais como o caixa estratégico para a aquisição de outras empresas, o pagamento de retornos aos proprietários, o hedge com caixa, as questões tributárias e muitas outras, associadas ao fluxo e à reserva de caixa. A complexidade é tão grande que os gestores podem se perder na análise dos problemas e das alternativas para sua solução. Neste contexto, a estratégia baseada no valor de uso do caixa orienta os gestores a tomarem decisões corretas para a maximização do valor das empresas.

Portal HSM

Como recompensar sua equipe sem gastar nada


Vendedores motivados são a chave de sucesso das vendas. Portanto, é importante que os empreendedores procurem alternativas para fazer com que a equipe mantenha-se empenhada. Isso é possível de ser realizado com foco no relacionamento interpessoal, sem que dinheiro algum seja empregado.
Conheça as características individuais de cada um da equipe e saia da relação fria e numérica. Não seja tão duro, reconheça as conquistas e vibre com elas. Isso faz com que o vendedor se sinta valorizado e parte responsável da prosperidade da empresa.
Busque elogiar os trabalhos positivos e não somente apontar e criticar os erros. Dê feedbacks construtivos, com opiniões que priorizem o crescimento do vendedor e, quando for fazer críticas, seja sincero, educado e não deixe de lado as qualidades.
Inspire comprometimento e conquiste a confiança. Cobre prazos, mas também saiba cumpri-los. Pague as comissões em dia e prêmios conforme o combinado.
Dê assistência e acompanhe a equipe. Compreenda os funcionários, verifique o que falta para que as necessidades reais dos clientes sejam atendidas, aconselhe, coordene e tenha a consciência do que acontece com o todo. Para isso, desenvolva encontros periódicos a fim de compartilhar experiências, sanar os pontos fracos e fortalecer os fortes.
Resumindo, busque manter uma base estruturada, com os vendedores sempre em convivência, trabalhando lado a lado. Assim, eles sentirão como são importantes e integrantes fundamentais do sucesso da empresa.
Carlos Cruz

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ciência como negócio, crise dos átomos e tecnologia: com a palavra, Fábio Gandour


Quando se fala em Ciência no Brasil, a imagem que (ainda) vem à mente da maioria é de caras estranhos e introspectivos usando impecáveis jalecos brancos e observando atentamente alguns tubos de ensaio, engenhosamente suspensos por uma parafernália de instrumentos. Fábio Gandour, cientista-chefe da IBM no Brasil, é exatamente o oposto dessa imagem. Descolado e comunicativo, o médico (sim, formado em Medicina), lembra mais a figura de um evangelista que tem como missão aproximar a ciência das pessoas e mostrar que a tecnologia, em seu sentido mais amplo, pode ajudar a transformar a realidade.
Ele ministrou uma palestra na última semana no Sebrae/PB, intitulada "O que do amanhã já se pode saber hoje". O evento integra as ações do Sebrae Paraíba na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e lançou no Estado a 3ª Busines IT South America (BITS), evento de tecnologia ligado à CeBIT, que acontecerá em Porto Alegre (RS) de 14 a 16 de maio de 2013. Como o evento foi pertinho da nossa redação, o Administradores.com não poderia perder a oportunidade de entrevistá-lo.
"Nos últimos vinte anos, minha missão tem sido de colocar a tecnologia para funcionar a serviço das pessoas; cada um tem as suas necessidades tecnológicas", diz Gandour. E foi a tecnologia quem ocupou todo o espaço durante a apresentação, servindo como elo para debater desde inovação até demografia e sustentabilidade.
Um dado curioso se refere ao que poderia ser chamado de "crise dos átomos". Todos nós estamos fartos de conceitos "verdes" sobre consumo sustentável, sacolas plásticas e afins. Mas, conforme lembra Gandour,o número de átomos constante no planeta é constante e equivale a 10⁵⁰. "Se o número de pessoas continuar a crescer no ritmo de hoje, em 2050 teremos uma população de 12 milhões de habitantes. Precisamos ser sustentáveis, porque caso o consumo per capita também se mantiver constante ou aumentar, vão faltar átomos", simplifica. Veja abaixo a entrevista completa.

Você fala muito sobre ciência como negócio, mas também falou sobre ciência de serviços. Esses conceitos são a mesma coisa? Qual a diferença entre eles?

Não, não. Ciência de serviços é uma ciência nova, tem 6 anos de vida. Para uma ciência, ela é extremamente jovem, e ela procura criar conceitos com fundamentação teórica para sustentar a evolução da prestação de serviços no mundo todo. A ciência como negócio é uma criação minha. Eu percebi que a evolução da ciência no mundo, desde o início da história do homem, empurrou a prática científica na direção da academia, da universidade. Lá a ciência é praticada com muita propriedade, foi com essa ciência acadêmica que os horizontes do homem se ampliaram, o conhecimento humano cresceu. Mas essa ciência acadêmica é uma ciência doutrinária; ela tem dogmas, ela tem liturgias, ela tem credos. Esse modelo é muito bom, mas ele serve lá na academia. Nos negócios, que têm de lidar com uma complexidade cada vez maior, eu preciso de um outro tipo de ciência. Daí criamos esse conceito de ciência como negócio que se beneficia da ciência como doutrina, usa tudo o que a ciência como doutrina fez, mas tem objetivos um pouco diferentes. É o objetivo de fazer pesquisa científica que produza resultados com impactos positivos nos negócios dos seus financiadores. Essa é a ciência como negócio.

Como a ciência doutrinária e a ciência como negócio vão conviver?

A ciência doutrinária vai continuar se desenvolvendo para expandir aquilo que a gente chama de ciência pura. E todos os conceitos, todas as descobertas, todas as conclusões que a ciência acadêmica fizer, a gente tá pronto para aplicar, para fazer pesquisa aplicada dentro do modelo de ciência como negócio. Então elas vão conviver muito bem.

Algumas empresas grandes, multinacionais, têm recursos para financiar uma infraestrutura própria de pesquisa e educação, elas criaram as próprias faculdades. Isso já seria um princípio da ciência como negócio?

Eu acredito que sim, mas as empresas grandes têm condição de fazer esse financiamento da sua atividade científica. As empresas médias e menores, sabe o que elas têm que fazer? Elas têm que ir nas universidades onde existem professores dispostos a desenvolver modelos de ciência aplicada. Tem muitas. Eu tenho certeza que aqui na Paraíba devem existir, nas universidades, professores que um dia fizeram ciência pura e hoje estão dispostos a desenvolver ciência aplicada.

Você afirma que o mundo pode passar por uma espécie de "crise dos átomos", por conta do crescimento populacional e do consumo. Na sua opinião, como a tecnologia pode ajudar a superar ou evitar essa crise?

Eu acho que a gente precisa usar a tecnologia como instrumento de conscientização, que pode ser feita com ou sem tecnologia. O que eu estou fazendo aqui, e deixando isso claro, é uma tarefa de evangelização, de conscientização a respeito dos limites dos recursos que o planeta tem. Tenho certeza que o povo saiu daqui hoje pensando nisso. Os recursos do planeta são finitos, nós temos que usá-los com propriedade. Não vejo outra forma a não ser essa. E a tecnologia ajuda a disseminar essa informação da melhor maneira possível.

Você falou que todos os objetos dotados de propriedades de estado, como luz, portas e eletrodomésticos, serão todos conectados por uma rede como a Internet. Isso já acontece? Em quanto tempo isso pode adquirir escala?

Depende do local. Mas nos centros de maior desenvolvimento, num horizonte de três a cinco anos a gente vai começar a trombar com coisas que se movimentam sozinhas, mesmo sem a gente dar ordem, que elas têm sensores, os sensores detectam o estado conectados a um atuador e o atuador muda esse estado.

Mas o ser humano vai poder ser "controlado" dessa maneira também?

Essa é uma pergunta difícil. Eu espero que não, e faço tudo para que isso não aconteça. 
Eber Freitas


Fale simples, isso vai lhe trazer mais lucro

Linguagem empolada e excessivamente técnica, como o “juridiquês” dos advogados e juízes, é uma praga no mundo inteiro. E isso custa dinheiro. No livro Writing for Dollars, Writing to Please (“Escrevendo para ganhar dinheiro, escrevendo para agradar”), o professor Joseph Kimble, baseado em mais de 50 estudos, diz que abolir a verborragia e os jargões em documentos oficiais, manuais e outros textos propiciaria uma enorme economia de recursos para governos e empresas. Comunicação deficiente é um custo oculto. O Departamento de Veteranos dos Estados Unidos economizou mais de US$ 4 milhões apenas explicando melhor os termos de uma carta que enviava a seus associados: entre outras vantagens, o número de telefonemas de veteranos pedindo esclarecimentos despencou, poupando tempo, pessoal e verbas.
Pesquisas citadas pelo livro revelam que 75% das pessoas culpam em parte a complexidade e a falta de compreensão pela crise financeira de 2008. E que 84% dos consumidores confiam mais em empresas que não usam linguagem com jargões. Ou ainda que a maioria dos usuários de um remédio contra o colesterol não entendia as instruções da bula e se tratava de forma errada. Adotar uma linguagem clara e simples diminui a margem de erros, acelera a compreensão, melhora as decisões, reduz a frustração e restaura a credibilidade de instituições públicas, afirma Kimble. O governo americano lançou uma campanha pela linguagem simples (www.plainlanguage.gov), utilizando até textos de Mark Twain, mas enfrenta a resistência de burocratas, que a consideram pouco profissional e de legalidade duvidosa.

5 dicas para garantir os resultados do seu negócio neste ano


Faltam poucos meses para o final do ano e os empreendedores já começam a fazer um balanço de 2012. Se o saldo não é positivo, o desespero de não alcançar as metas começa a aparecer. A boa notícia é que ainda dá tempo de recuperar os resultados com as vendas de Natal. Para os especialistas, a ordem é organizar-se. “Com a chegada do 13º salário, as pessoas tem mais dinheiro e isso é um fator para gastar mais”, diz Maurício Galhardo, diretor da consultoria Praxis Education.
Antes de começar a elaborar o planejamento de 2013, vale a pena focar em melhorias para faturar nestes últimos meses do ano. “A dica fundamental é que tem uma ingestão de dinheiro no mercado e é preciso estar focado em tirar proveito desta sobra”, opina Mário Rodrigues, diretor do IBVendas.
Para começar a recuperar o ritmo de vendas, é bom entender porque o resultado até agora não foi como esperado. É hora de realizar uma correção de rota e analisar se foi por preço ou atendimento que os clientes não compraram. “É importante que o empreendedor tenha um olhar para dentro de forma crítica e saiba por que os clientes não compraram. Pode ser porque o cliente não chegou até a loja, e precisa melhorar a propaganda, ou ele chegou mas fechou com o concorrente”, diz Rodrigues.
1. Vá para a rua
Quando as vendas estão em baixa, a figura do empreendedor se torna ainda mais necessária no negócio. Ir para a frente de vendas e conversar com os clientes é fundamental. “Eu acho que tem algumas coisas que são fundamentais e nem todas as empresas praticam. Uma delas é a liderança estar na rua para valer, entender o que o cliente quer, tomando a dianteira para recuperar o negócio”, diz Tatiana Vidal, consultora e fundadora da Go Ahead. Segundo ela, ter a direção da empresa conversando com os clientes ajuda muito a trazer resultados rápidos em momentos de crise.
2. Prepare os vendedores
Nesta época do ano, muitos empresários começam a buscar vendedores temporários para aumentar a equipe. “Eles precisam estar preparados para atender bem esse cliente”, afirma Galhardo.
A preparação deve envolver novos e antigos funcionários e passar por padrões de atendimento, informações sobre os produtos e técnicas para aumentar o ticket médio. “A principal dica para qualquer vendedor é perguntar mais. Quando vem um cliente, entender o motivo efetivo de ele querer conhecer aquele produto”, diz Rodrigues.
3. Divulgue a marca
Invista em táticas de divulgação do seu negócio a partir de agora para garantir que a clientela vai chegar. “Não espere a demanda vir bater na porta. Pode começar um trabalho de marketing e publicidade, para divulgação do produto e da marca”, diz Galhardo. O consultor lembra que não adianta esperar a primeira semana de dezembro para divulgar a empresa. “Até o final do mês a campanha tem que estar pronta para começar em novembro”, sugere.
Para Tatiana, esta é a hora de ter certeza que você tem a melhor vitrine. “Não colocar na vitrine só o que o cliente sabe que você tem, mas o mix completo e através da vitrine atrair outros públicos”, diz a consultora.
4. Garanta o estoque
Não adianta atrair o cliente e ter um atendimento impecável se o estoque não estiver preparado para a demanda. Até o final do mês, a maioria das empresas já vai ter feito os pedidos para as vendas do Natal. “De acordo com as expectativas, a empresa se prepara em questão de estoque e logística. Em dezembro, não consegue repor estoque na maioria dos negócios. Quando você perceber, os concorrentes já correram no fabricante para pedir mais produto”, alerta Galhardo. Por isso, a preparação envolve não só na equipe, mas também a estrutura.
5. Envolva todas as áreas
Quando as coisas não vão bem, todas as áreas da empresa costumam dar palpites. Para Tatiana, este momento é de fazer parcerias. “Precisa envolver todo mundo para entender o que o cliente precisa. Cada um fazendo a sua parte para agregar valores e ser relevante para o cliente”, sugere.

Priscila Zuini

Fonte: http://exame.abril.com.br/pme/noticias/5-dicas-para-garantir-os-resultados-do-seu-negocio-neste-ano?page=2 acesso em 23 de Outubro de 2012.