Aprendi muito cedo que os resultados das decisões pessoais de cada empregado se refletem não só na produtividade, mas em muitas outras métricas econômicas das empresas. Ao falar de decisões pessoais refiro-me a interesses pessoais, mais especificamente àquela questão diante da qual muitos se colocam várias vezes ao dia, e que se traduz em: “Até que ponto devo me esforçar por uma companhia que nada tem a ver comigo?”
Grave isto: os problemas empresariais aumentam à medida que cresce a frequência e o tamanho do interesse pessoal dos seus colaboradores.
Pare para analisar aquelas atitudes frequentes de funcionários, tipo: um dia de folga com desculpa de uma doença repentina, outro dia em casa justificado por relatórios ou planejamento, aquela esticadinha de meia hora após o almoço, o passo mais lento à tarde, o adiamento dos retornos telefônicos para o dia seguinte ou até as horas e horas de Internet nas redes sociais. O que lhe parece? Inofensivo? Na verdade, são sintomas de uma doença grave.
Mas o que importa é a causa. Estas empresas ou não têm princípios e valores, ou se os têm não conseguem transmiti-los aos funcionários. Como resultado, eles não buscam construir uma organização cujo todo seja maior do que a soma das partes.
A saída é empreender uma comunidade interna, isto é, trabalhar firme para que os funcionários internalizem os valores da organização e ajam orientados por eles. Suas metas de trabalho pessoais não devem estar apenas alinhadas com as metas da instituição. Elas devem ser as mesmas.
Determine os valores da sua empresa. Depois, viva-os juntamente dos demais gestores. Só então, inculque-os por meio de mensagens frequentes aos seus funcionários. Esta cola social fará mais por todos do que qualquer incentivo financeiro ou premiações. E faz sentido, pois tudo o que tem valor não tem preço.
Abraham Shapiro
Fonte: http://www.hsm.com.br/blog/2012/06/os-valores-de-uma-organizacao-e-seus-beneficios/ acesso em 27 de junho de 2012.
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