quinta-feira, 3 de maio de 2012

Empresas globais formam melhores líderes


Brasileiras ou estrangeiras, as empresas globais são as mais bem-sucedidas na formação e no desenvolvimento de líderes. Uma pesquisa realizada pelo Hay Group com aproximadamente 7 mil executivos do alto escalão em 103 países mostrou que as companhias internacionalizadas são as que apresentaram as melhores práticas voltadas para a liderança.
Foram incluídas na pesquisa organizações de todos os portes e setores. Na América Latina e também no Brasil, o topo do ranking ficou com a Unilever, uma tradicional presença na lista de bons formadores de líderes, assim como a GE, a Petrobras e a Ambev.
De acordo com Glaucy Bocci, líder da prática de liderança e talentos para a América Latina do Hay Group, essas empresas se diferenciam por qualificarem candidatos internos para assumir posições de comando em todos os níveis e por fazerem gestão ativa de sucessores. "Pelo menos 70% delas reservam parte do tempo dos líderes seniores para desenvolver pessoas, o dobro da média geral", afirma.
Companhias que oferecem autonomia a seus profissionais, mesmo os que atuam em subsidiárias, também se destacaram. "Elas estimulam a inovação e abrem canais de comunicação mais fáceis com as matrizes, o que traz bons resultados práticos para a liderança", explica Glaucy.
As brasileiras vêm conquistando posições no ranking ano a ano - em 2012, a novidade foi a inclusão do Itaú Unibanco. De acordo com Glaucy, o fato de duas instituições financeiras constarem entre as dez melhores é um sinal de que esse segmento está derrubando preconceitos no mercado. "Sempre se acreditou que os bancos não tinham muito foco em gestão de pessoas. O estudo contraria essa visão ao trazer como destaque em desenvolvimento de lideranças duas empresas do segmento que passaram por processos recentes de fusão ou aquisição".
Glaucy explica que as melhores se distanciam da maioria em cinco pontos principais: agilidade de atuação e de tomada de decisões, engajamento, estímulo à inovação e à diversidade, incentivo à colaboração e estímulo ao aprendizado com erros. "Por outro lado, percebemos que questões como trabalho remoto e equilíbrio entre vida pessoal e profissional ainda são desafios para a região", diz.
A pesquisa "Best Companies for Leadership" incluiu empresas com faturamento acima de US$ 500 milhões em todos os continentes. A América Latina foi responsável por 31% da amostra, com 2.115 executivos de alto escalão participando do levantamento. No Brasil, foram 232 entrevistados. (VS).

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