quinta-feira, 6 de março de 2014

Redes sociais ajudam publicidade de pequenos

Empresas de todos os portes encontram nas redes sociais um ambiente propício tanto para divulgar quanto para alavancar as vendas de produtos e serviços. “Especialmente para o pequeno negócio, essa é uma grande oportunidade, pois sem nenhum custo o empresário consegue criar facilmente uma fan page para sua empresa”, afirma o fundador da Agência Web Esperienza, Cassiano Antequeira.
A dica de Antequeira é apresentar os produtos ou serviços com os quais trabalha e buscar conteúdos relacionados, não exatamente aos produtos, mas à sua área de atuação. “Depois de criada, a página deve ser alimentada diariamente com um conteúdo interessante.” 
Fundada em 2009, a consultoria de gestão e educação para a sustentabilidade Aratos aderiu às redes sociais no final de 2013. “Com o crescimento da utilização de smartphones, percebemos que o nível de visibilidade nas redes sociais aumentou bastante. Hoje, estamos presentes no Facebook e no Instagram”, conta a diretora de relacionamento, Roberta Valença.
Segundo ela, duas pessoas da empresa dedicam 50% do trabalho diário a essa tarefa. “Produzimos um conteúdo paralelo, que tenha inter-relação com sustentabilidade, já que o tema está um pouco banalizado. Essa é a forma que encontramos para estimular a leitura. O resultado está sendo legal, estamos criando uma interação bacana, principalmente no Instagram.”
No mercado há vinte anos, a empresa catarinense de tecnologia para call center Teclan aderiu às redes sociais há dois anos. “Resolvemos usar as mídias sociais para divulgar, entre clientes e potenciais clientes, conceitos relacionados aos nossos produtos”, afirma a gerente de marketing, Fernanda Daura. 
Ela diz que em 2013, as redes sociais foram responsáveis por metade dos novos clientes conquistados pela empresa. “Eles vieram principalmente do Linkedin, que é extremamente importante para o segmento no qual atuamos.”
A Teclan também usa o Facebook, onde possui 700 seguidores. “Muitas empresas se preocupam em ter grande número de seguidores. Para nós, que temos um negócio de nicho, nos interessa atingir um público bem segmentado.”
A preocupação com o que é publicado nesse canal é essencial, segundo a coordenadora de web da agência Rae, MP, Francielli Abreu. “Nesse ambiente, o conteúdo é a alma do negócio. É preciso falar o que o público quer ouvir, não adianta ficar empurrando produtos e falando de vendas. A empresa precisa se posicionar como marca, para depois começar a vender.”
Francielli ressalta que ter bom senso é crucial. No ambiente online, a pessoa deve adotar a mesma postura que tem no offline. Deve ter cuidado com o que publica e atenção com a ortografia, além de evitar piadas infames e opiniões políticas. Assim, estará cuidando da imagem e reputação da empresa”, conclui.
A sócia da Garcia Azevedo e Consultores, que presta consultoria estratégica de recursos humanos, Ana Paula Azevedo, conta que sua empresa foi criada em meados de 2013 e desde o início está presente no Linkedin e Facebook. “Um dos objetivos é ter interatividade com os clientes. Além disso, queremos contribuir para que as pessoas adquiram maturidade profissional. No Linkedin, por exemplo, é possível segmentar o público que nos interessa.”
Ana Paula acha essa mídia democrática, por permitir que pequenas empresas façam sua publicidade. Ela confessa, porém, que usava mais o Linkedin. “Há pouco tempo, no entanto, uma empresa nos convidou pelo Facebook, para apresentarmos uma proposta para participar de um projeto. Nunca imaginei que um executivo poderia nos procurar pelo Facebbok. Agora, cuido diariamente da fan page.”
Para o diretor de marketing da Resultados Digitais André Siqueira, esse tipo de canal oferece a possibilidade de se construir uma audiência e conversar com ela. “Com um conteúdo de qualidade, a empresa dá munição para que as pessoas falem de sua marca. Isso tem um peso bem maior do que uma propaganda convencional.”
A SocialClick chegou ao mercado no início do ano com a proposta de emitir selo de certificação sustentável para web sites e já está presente em todas redes sociais. “Hoje, não é possível as empresas ficarem de fora dessas mídias, afinal, o Brasil só perde para os Estados Unidos no uso do Facebook, Twitter e You Tube”, afirma a diretora executiva, Cecilia Vick.
Web dá origem a negócios específicos
Aproveitando que o uso das redes sociais está em alta, os sócios Felipe Rodrigues e Tiago Brandão criaram a Social Clique, que opera 100% por este canal. “É uma plataforma de recomendação usada por quem têm perfil em uma rede social”, diz Rodrigues.
Ele conta que após preencher um cadastro na página da Social Clique, o usuário visualiza uma lista com diversas marcas. “Ao recomendar uma delas, a informação segue para sua lista de amigos. A cada clique dado por eles, a pessoa ganha alguns centavos, e se houver uma venda ela recebe um porcentual.” Rodrigues afirma que alguns usuários chegam a faturar mais de R$ 2 mil por mês.
Já na Involves, que desenvolve o aplicativo Agile Promoter para auxiliar o trabalho de promotores de venda, o uso das redes sociais é para despertar o interesse dos vendedores.
“Mas não falamos o tempo todo sobre a solução. As pessoas têm um tempo certo para serem abordadas. Inserimos conteúdos relacionados ao assunto para despertar o interesse pela nossa solução. Isso facilita o trabalho da equipe de vendas”, diz o diretor de novos negócios, Rodrigo Lamin.
Segundo o diretor de marketing da Resultados Digitais, André Siqueira, novas marcas podem acelerar a divulgação com baixo investimento. “Uma boa campanha no Facebook, pode sair por R$ 0,10 ou R$ 0,15 o clique, e ajudará a construir uma audiência rapidamente.”
Mas a coordenadora de web da agência Rae,MP, Francielli Abreu, lembra que é importante medir o retorno do que está sendo feito. “O Facebook, por exemplo, tem dados estatísticos sobre acessos à fan page. Assim, dá para saber qual é o grau de engajamento do público.”

Fonte:ESTADÃO, acessado em 06 de Março de 2014.

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