Existe uma máxima conhecida nos negócios: é preciso motivar com uma cenoura ou com um porrete. O que essa analogia pouco feliz com o mundo animal quer dizer é que é possível engajar profissionais de forma positiva, mostrando a eles o que tendem a ganhar como resultado de seu trabalho, ou de forma negativa, através do medo e da opressão.
Já passou o tempo em que um líder autoritário e centralizador obtinha resultados com suas equipes. A liderança moderna, que está alinhada às novas ferramentas de gestão, às expectativas das novas gerações e ao aprendizado que as empresas tiveram nas últimas décadas, mostra que motivação precisa vir de dentro. Um profissional comprometido é aquele que vê valor, sentido e resultado no que faz. E não porque o chefe vai ficar bravo se as metas não forem atingidas ou porque tem medo de perder o emprego.
Hoje, nas salas de entrevistas, é notável a curiosidade dos profissionais em relação à pessoa que será o seu chefe direto. Muitos candidatos, inclusive, estão saindo de seus empregos por terem uma má relação com os líderes de suas empresas – e querem evitar cometer o mesmo erro em uma nova oportunidade. Percebe-se uma preocupação do profissional com o estilo da futura liderança, o que deixa claro que estamos vivendo tempos novos e desafiadores na gestão de talentos.
Não vivemos mais o tempo do porrete, e talvez nem mesmo o da cenoura. Em uma época em que o engajamento vem de bons relacionamentos, inspiração e sentido, é preciso descobrir novas ferramentas para motivar.
Fonte: EXAME, acessado em 27 de Março de 2014.
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