Desde a distopia do Grande Irmão que tudo vê até os recentes escândalos de espionagem da Agência de Segurança Nacional americana, bisbilhotar os outros quase sempre provoca protestos e polêmica. Mas um estudo realizado por Andrew McAfee, do MIT, Lamar Pierce, da Washington University, e Daniel Snow, da Brigham Young University, sobre o impacto da tecnologia da informação no monitoramento do furto e da produtividade no local de trabalho demonstra que vigiar seus funcionários pode ser um bom negócio. O estudo, divulgado pelo New York Times, avaliou o resultado da instalação de sistemas para controlar desvios de dinheiro e dados sobre o faturamento em 392 restaurantes de cinco grandes redes em 39 estados americanos.
Embora os furtos evitados pelo monitoramento tenham sido modestos (cerca de US$ 108 mensais por restaurante), o faturamento médio mensal aumentou em 7%. A simples existência de sistemas de vigilância fez aumentar a produtividade. Sentindo-se monitorados, os garçons apressavam os serviços e se motivavam a vender mais bebidas ou aperitivos. Para os autores, esse aumento tem mais relação com a mudança de comportamento provocada pelo monitoramento do que com processos de seleção de pessoal. Mesmo os funcionários com fichas sujas por furtos anteriores mudaram a atitude. O estudo conclui que a conduta errada do funcionário se deve mais a falhas de gerenciamento do que a diferenças éticas ou morais.
Fonte: Época Negócios, acesso em 25 de novembro de 2013.
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