1. Partir de um objetivo comum a todos
O que divide ganhadores de perdedores no mundo dos negócios é que a maioria deles não sabe exatamente o que quer, o que inclui informações básicas como não ter certeza sobre qual faturamento esperar para o mês seguinte e ano seguinte, qual a fatia do mercado que ocupar e o que é pior, onde e como vão estar no futuro.
Na década de 60, a ONU fez uma pesquisa que se tornou mundialmente conhecida por identificar as características dos empreendedores que têm sucesso. Uma delas é a capacidade de estabelecer metas específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo.
Em uma equipe de futebol este é o ponto de partida. Sabemos, por exemplo, que o objetivo da seleção brasileira é ser hexacampeã e, para isto, a CBF colocou em prática uma série de ações como investir, traçar um planejamento, escolher as peças do time, estabelecer um cronograma, tudo em função de uma única razão: alcançar o objetivo.
2. Ter um treinador eficiente
É de fundamental importância ter um líder quando se tem um objetivo claro e existe um grupo ou uma equipe. Nos negócios e em nossas empresas também funciona assim. É necessário alguém que seja capaz de reunir todos em torno do objetivo comum. Esta é a única maneira de deixar de ter um grupo e passar a ter uma equipe.
É importante ressaltar que grupos não ganham nada! Muito me preocupa quando vejo técnicos ou mesmo jogadores dizendo “nosso grupo está unido”. Pode ser verdade, mas de nada adiantará. Grupos são indivíduos fazendo a mesma coisa, mas com objetivos diferentes. Já equipes ou times, são formados por gente com funções diferentes, mas com um objetivo que é comum a todos. Um líder eficiente é uma pessoa que não só entende isto, mas é capaz de transformar seu grupo em um time.
3. Contar com os melhores jogadores
Quer ter sucesso? Então vai ter que contar com os melhores. Normalmente no futebol é assim. Os que se sobressaem e apresentam mais resultados, jogam. Não é bom, não se adaptou, não deu resultado, não fica.
Me lembro quando era garoto e jogava bola na rua. Sempre alguém tinha que “tirar os timinhos”, escolher quem joga com quem. Mesmo os meninos sabiam fazer o que era correto: escolhiam quem era bom de bola. Os amigos ruins de bola ficavam para o final. Independente do grau de afinidade, no mercado de trabalho é importante aprender a conviver para ter uma equipe vencedora!
4. Pensar sempre nos reservas
Na época em que tinha uma concessionária de motos, gostei muito de um antigo gerente e ele acabou trabalhando comigo em algumas das empresas que tive. Quando decidi abrir um negócio na capital, ele, que gerenciava uma empresa no interior, prontamente se candidatou a mudar e alçar voos maiores. Meu primeiro questionamento foi: quem fará o que você faz aqui? Ele não me deu uma, mas duas opções. Tinha, em parceria com ele, dois funcionários que sabiam fazer tudo que ele fazia. Ou seja, os reservas estavam prontos.
Muitas vezes empresários não se preocupam com isto e ficam reféns de um ou outro colaborador em que só ele é capaz de desempenhar alguma função. Isto não só atrapalha o crescimento de uma empresa, como a torna vulnerável frente aos imprevistos do dia a dia. Um bom time sempre tem um excelente banco de reservas e em nossas empresas é da mesma maneira, temos que ter com quem contar!
5. Seguir um esquema de jogo pré-definido
Depois do objetivo traçado, treinador determinado, jogadores escolhidos e reservas com quem contar, segue-se o que se chama de definir o esquema tático. Para nossa realidade, o planejamento. Planejar é fundamental. Nós, latino-americanos, não gostamos de planejar, gostamos mesmo é de fazer. É mais motivador, com muito mais adrenalina e ainda mais gostoso.
Planejamento é algo simples, mas muitos não o fazem por não acreditar. Uma pequena reunião para decidir qual o objetivo, quem faz o que e quando cada coisa será feita – claro, tudo por escrito – pode ser chamada de planejamento.
No futebol, a lição que tratamos aqui foi separar os ganhadores dos perdedores. Na realidade empresarial, esta mesma lição divide as empresas que têm sucesso das que não têm. Como no futebol, não se escolhe o resultado na hora do jogo. Prepara-se para o resultado que se quer alcançar antes. O jogo é só um momento e em nossas empresas também. O faturamento, os resultados desejados, no final tudo é somente consequência das lições que fizemos ou deixamos de fazer.
Fonte: Administradores, acesso em 04 de novembro de 2013.
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