quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Estudo sobre os fatores de risco da saúde no Brasil.

Os principais fatores de risco da saúde brasileira de acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto de Métrica e a Avaliação de Saúde, realizada pela Universidade de Washington nos EUA com parcerias de diversas universidades pelo mundo.

O resultado da pesquisa foi divulgado pela The Lancet, que lista os aspectos de riscos da saúde mundial. O Brasil foi inserido na área denominada de “América Latina Tropical”.

A pesquisa apontou que os fatores de risco da saúde brasileira envolvem os seguintes problemas:
1° lugar Alcoolismo;
2° lugar Pressão Alta;
3° lugar Obesidade;

De acordo com a pesquisa o Alcoolismo atinge hoje 5,64 milhões de brasileiros, sendo que no ano de 2010 154 mil pessoas morreram decorrentes do problema;

Já a pressão alta atinge 5,3 milhões de brasileiros e os índices de mortalidade por consequência da doença atingiu 274 mil pessoas;

Antes um dos grandes fatores de risco da saúde mundial era a desnutrição, porém dos últimos vinte anos houveram grandes mudanças e hoje a obesidade é o terceiro fator de risco da saúde brasileira, atingindo 4 milhões de pessoas no Brasil, sendo que no ano de 2010 ocorreram 147 mil falecimentos decorrentes da obesidade no país.

O alcoolismo
O alcoolismo é considerado uma doença crônica, caracterizado pelo consumo compulsivo de álcool.
Ainda não é comprovado cientificamente precisamente as relações de hereditariedade com o alcoolismo, porém é comprovado que quem tem casos de alcoolismo na família tem uma tendência de quatro vezes mais chances de ter problemas com bebidas.

Pressão Alta
A hipertensão, conhecida popularmente como pressão alta, é caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea no organismo.

Os problemas com hipertensão são causados por fatores genéticos associados aos hábitos não saudáveis praticados pelos indivíduos.

Obesidade
Obesidade é o acúmulo de gordura no organismo, sendo responsável por desencadear outras doenças como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares.

O desenvolvimento da obesidade está relacionado com vários fatores como a carga genética, ambiente socioeconômico, cultura e comportamental em que os indivíduos estão inseridos.

De acordo com a OMS os fatores de riscos para a saúde mundial estão relacionadas com:  tabagismo, inatividade física, obesidade, álcool, estresse e alimentação não saudável.

Em relação aos números de mortes causadas pelos fatores de risco, a OMS/2010 chegou na seguinte estimativa: a hipertensão arterial, principal fator de risco para doenças cardiovasculares, causa cerca de 7,5 milhões de mortes por ano; ao tabagismo são atribuídas 6 milhões de mortes por ano, seguidas pela inatividade física (3,2 milhões de mortes/ano), sobrepeso/obesidade (2,8 milhões), colesterol elevado (2,6 milhões) e consumo abusivo de álcool (2,3 milhões morte/ano).

Ainda segundo a OMS aponta os 10 fatores de risco da saúde brasileira, são:
  • Uso de álcool: Enquanto o alcoolismo (dependência do álcool) atinge  9% da população adulta brasileira, o conjunto de pessoas usando álcool em excesso, ou em situações impróprias, é imenso. As principais consequências são os transtornos mentais (inclusive depressão), os acidentes de trânsito e a violência. Isso sem mencionar derrame cerebral, infarto e outros problemas circulatórios, e, é claro, a cirrose hepática.
  • Sobrepeso e obesidade: Individualmente, é pior ser obeso do que ter sobrepeso, mas o número de pessoas com sobrepeso é maior, então no total as consequências do sobrepeso são ainda maiores que as da obesidade.
  • Glicose alta: A pré-diabetes e a diabetes têm como consequência não apenas infarto e derrame, que podem matar na hora, mas também sequelas como amputação, cegueira e necessidade de hemodiálise.
  • Pressão alta: Quanto mais alta a pressão arterial, pior. Pressão arterial menor que 12 por 8 não é baixa, é ótima. Assim como no caso da obesidade, as pessoas com pressão arterial menor que 14 por 9 (ponto de corte para o uso de medicamentos) respondem por mais da metade da carga de doença decorrente da pressão alta.
  • Uso do tabaco: As principais consequências do tabagismo (ativo ou passivo) são o câncer (de pulmão e vários outros), o enfisema (associado à bronquite crônica) e doenças circulatórias como o infarto cardíaco. Fazer o paciente parar de fumar é uma das intervenções médicas mais eficientes para preservar a vida saudável do paciente, mesmo levando em consideração que a maioria não consegue parar. (Leia também:Como parar de fuma.
  • Sexo não seguro: Transar sem camisinha é um dos maiores problemas de saúde pública do Brasil e do mundo. Essa é a principal causa do aumento progessivo dos casos de AIDS no Brasil, que começou entre homossexuais e usuários de drogras injetáveis, mas que hoje é principalmente transmitida por relação sexual entre homem e mulher. Vale lembrar que hoje em dia nem os idosos estão imunes.
  • Falta de atividade física: O sedentarismo propicia o surgimento de várias doenças, entre as quais o infarto, o derrame cerebral, a diabete, o câncer de intestino grosso e o câncer de mama. Além disso, a atividade física é capaz de evitar algumas doenças específicas da velhice.
  • Falta de aleitamento materno: O aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade é capaz de prevenir não apenas infecções respiratórias, diarreia, e alergias, mas também pressão alta, glicose alta, colesterol alto e sobrepeso/obesidade.
  • Falta de água tratada, esgoto e higiene: Existem inúmeras doenças transmissíveis que poderiam ser eliminadas ou muito diminuídas (dependendo da doença) simplesmente melhorando esse item tão básico.
  • Colesterol alto: Apesar de existir colesterol bom e colesterol ruim, a maioria das pesquisas que mostram o impacto do colesterol na saúde das populações usa apenas o valor total. E o colesterol total é como a pressão, quanto maior, pior. E, mais uma vez, mais da metade do estrago do colesterol acontece em quem não tem ele tão alto assim.




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