Os principais fatores de risco da saúde brasileira de acordo
com a pesquisa realizada pelo Instituto de Métrica e a Avaliação de Saúde,
realizada pela Universidade de Washington nos EUA com parcerias de diversas
universidades pelo mundo.
O resultado da pesquisa foi divulgado pela The Lancet, que
lista os aspectos de riscos da saúde mundial. O Brasil foi inserido na área
denominada de “América Latina Tropical”.
A pesquisa apontou que os fatores de risco da saúde
brasileira envolvem os seguintes problemas:
1° lugar Alcoolismo;
2° lugar Pressão Alta;
3° lugar Obesidade;
De acordo com a pesquisa o Alcoolismo atinge hoje 5,64
milhões de brasileiros, sendo que no ano de 2010 154 mil pessoas morreram
decorrentes do problema;
Já a pressão alta atinge 5,3 milhões de brasileiros e os
índices de mortalidade por consequência da doença atingiu 274 mil pessoas;
Antes um dos grandes fatores de risco da saúde mundial era a
desnutrição, porém dos últimos vinte anos houveram grandes mudanças e hoje a
obesidade é o terceiro fator de risco da saúde brasileira, atingindo 4 milhões
de pessoas no Brasil, sendo que no ano de 2010 ocorreram 147 mil falecimentos
decorrentes da obesidade no país.
O alcoolismo
O alcoolismo é considerado uma doença crônica, caracterizado
pelo consumo compulsivo de álcool.
Ainda não é comprovado cientificamente precisamente as
relações de hereditariedade com o alcoolismo, porém é comprovado que quem tem
casos de alcoolismo na família tem uma tendência de quatro vezes mais chances
de ter problemas com bebidas.
Pressão Alta
A hipertensão, conhecida popularmente como pressão alta, é
caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea no organismo.
Os problemas com hipertensão são causados por fatores
genéticos associados aos hábitos não saudáveis praticados pelos indivíduos.
Obesidade
Obesidade é o acúmulo de gordura no organismo, sendo
responsável por desencadear outras doenças como hipertensão, diabetes, doenças
cardiovasculares.
O desenvolvimento da obesidade está relacionado com vários
fatores como a carga genética, ambiente socioeconômico, cultura e
comportamental em que os indivíduos estão inseridos.
De acordo com a OMS os fatores de riscos para a saúde
mundial estão relacionadas com:
tabagismo, inatividade física, obesidade, álcool, estresse e alimentação
não saudável.
Em relação aos números de mortes causadas pelos fatores
de risco, a OMS/2010 chegou na seguinte estimativa: a hipertensão arterial,
principal fator de risco para doenças cardiovasculares, causa cerca de 7,5
milhões de mortes por ano; ao tabagismo são atribuídas 6 milhões de mortes por
ano, seguidas pela inatividade física (3,2 milhões de mortes/ano),
sobrepeso/obesidade (2,8 milhões), colesterol elevado (2,6 milhões) e consumo
abusivo de álcool (2,3 milhões morte/ano).
Ainda segundo a OMS aponta os 10 fatores de risco da saúde
brasileira, são:
- Uso de álcool: Enquanto o
alcoolismo (dependência do álcool) atinge só 9%
da população adulta brasileira, o conjunto de pessoas usando álcool em
excesso, ou em situações impróprias, é imenso. As principais consequências
são os transtornos mentais (inclusive depressão), os acidentes de trânsito
e a violência. Isso sem mencionar derrame cerebral, infarto e outros
problemas circulatórios, e, é claro, a cirrose hepática.
- Sobrepeso e obesidade:
Individualmente, é pior ser obeso do que ter sobrepeso, mas o número de
pessoas com sobrepeso é maior, então no total as consequências do
sobrepeso são ainda maiores que as da obesidade.
- Glicose alta: A
pré-diabetes e a diabetes têm como consequência não apenas infarto e
derrame, que podem matar na hora, mas também sequelas como amputação,
cegueira e necessidade de hemodiálise.
- Pressão alta: Quanto mais
alta a pressão arterial, pior. Pressão arterial menor que 12 por 8 não é
baixa, é ótima. Assim como no caso da obesidade, as pessoas com pressão
arterial menor que 14 por 9 (ponto de corte para o uso de medicamentos)
respondem por mais da metade da carga de doença decorrente da pressão
alta.
- Uso do tabaco: As
principais consequências do tabagismo (ativo ou passivo) são o câncer (de
pulmão e vários outros), o enfisema (associado à bronquite crônica) e
doenças circulatórias como o infarto cardíaco. Fazer o paciente parar de
fumar é uma das intervenções médicas mais eficientes para preservar a vida
saudável do paciente, mesmo levando em consideração que a maioria não
consegue parar. (Leia também:Como parar de fuma.
- Sexo não seguro: Transar
sem camisinha é um dos maiores problemas de saúde pública do Brasil e do
mundo. Essa é a principal causa do aumento progessivo dos casos de AIDS no
Brasil, que começou entre homossexuais e usuários de drogras injetáveis,
mas que hoje é principalmente transmitida por relação sexual entre homem e
mulher. Vale lembrar que hoje em dia nem os idosos estão imunes.
- Falta de atividade física:
O sedentarismo propicia o surgimento de várias doenças, entre as quais o
infarto, o derrame cerebral, a diabete, o câncer de intestino grosso e o
câncer de mama. Além disso, a atividade física é capaz de evitar algumas doenças
específicas da velhice.
- Falta de aleitamento materno:
O aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade é capaz de
prevenir não apenas infecções respiratórias, diarreia, e alergias, mas
também pressão alta, glicose alta, colesterol alto e sobrepeso/obesidade.
- Falta de água tratada, esgoto e higiene:
Existem inúmeras doenças transmissíveis que poderiam ser eliminadas ou
muito diminuídas (dependendo da doença) simplesmente melhorando esse item
tão básico.
- Colesterol alto: Apesar
de existir colesterol bom e colesterol ruim, a maioria das pesquisas que
mostram o impacto do colesterol na saúde das populações usa apenas o valor
total. E o colesterol total é como a pressão, quanto maior, pior. E, mais
uma vez, mais da metade do estrago do colesterol acontece em quem não tem
ele tão alto assim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário