sexta-feira, 17 de maio de 2013

Três gerações diferentes podem interagir no trabalho?


O mercado de trabalho tem se deparado com uma nova situação, até três gerações podem ser vistas hoje em dia no mesmo ambiente. Mas o que isso tem acarretado?

Para Ana Barbieri, publicitária e sócia da Consultoria CRO Comunicação e MKT, esta interação tem feito surgir diversas discussões sobre modelos de trabalho, “os modelos utilizados até agora parecem ultrapassados. Os novos e futuros gestores pensam e agem de maneira muito diferente das gerações anteriores. Eles querem modelos de trabalho flexíveis, não gostam muito de hierarquias e burocracias, utilizam roupas e linguagem mais informais, desejam ascender profissionalmente rápido, ter liberdade e independência para experimentar o novo, trabalhar em uma empresa que tenha valores parecidos com os seus, participar de projetos de forma mais colaborativa e, principalmente, que a vida cotidiana seja mais divertida.”

Sandra Lanza, jornalista e atriz, concorda que juntar diferentes gerações no mesmo ambiente de trabalho é um desafio que exige muita destreza, mas também pode ser muito produtivo. “Tenho observado que, quando é apresentado um objetivo comum, que é entendido e aceito pelo grupo, e as peculiaridades de cada colaborador são conhecidas e respeitadas, tudo fica mais fácil”, comentou Sandra, que ainda acrescentou, “a pluralidade é a chave para o sucesso e ter paciência é fundamental, afinal, brevemente teremos a geração Z chegando por aí e, mais uma vez, o papel de veterano será interpretado por outros atores, com outras características.”
Entender o real impacto que o aumento na expectativa de vida trouxe para a sociedade, interferindo diretamente nos comportamentos das pessoas, que passam a adotar como estilo de vida o “jeito jovem”, é fundamental para promover a interação proposta pela Ana.
O que diferencia as gerações são as características comportamentais que os jovens adotam diante dos desafios que são apresentados de tempos em tempos. Características como ansiedade, falta de foco, irreverência e rebeldia não se aplicam exclusivamente a apenas uma geração, mas, sim, aos jovens de qualquer geração.
É importante ressaltar que, além de conseguir recrutar os novos talentos, as organizações precisam se preocupar, também, em como harmonizar esses encontros de posturas e valores tão diferentes. Elas devem fornecer ferramentas e acompanhar de perto essas mudanças, assim, farão uma transição mais saudável para todos”, concluiu Ana.
Por isso, nesse novo cenário, grande parte dos contratos sociais estão sendo reescritos e as pessoas certamente têm grande interesse em entender as causas e os caminhos que devem ser adotados a partir da nova realidade. Entender o jovem da geração Y é entender o futuro e se adaptar a ele, afinal, todos querem ser jovens para sempre.
Sidney Oliveira 

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