segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Motivação e retenção: vale até vídeo game?

Anote duas características da geração Y:
“Envolvimento em projetos da empresa e saber como o trabalho causa impacto na meta final”.
Um gestor de uma equipe jovem comentou sua frustração ao administrar um funcionário que recebia um ótimo salário, mas, porque o trabalho era monótono, o resultado não aparecia e não recebia feedback de superiores. O funcionário pediu demissão (depois de muito treinamento). Posteriormente, ele aceitou uma vaga de remuneração inferior, explicando que estava feliz porque seu interesse era adquirir experiência. 
Essa geração adora games e, nesse caso, a motivação sempre é chegar ao próximo nível e, assim, ir adiante para a próxima fase. Gosta de novas experiências e desafios, aumentando seu aprendizado no jogo e atingindo metas. Assim como em jogos de vídeo populares, os jovens realizam ações e ganham pontuação. Para manter a geração Y engajada, é necessário explicar o objetivo e a importância de cada função.
Outra conclusão que se tira ao comparar o universo corporativo ao dos games é a busca de conselhos dos mais qualificados ou superiores. No trabalho, descobrem quem são os bons da equipe e os rivais, no mundo dos games, a busca é entre experts via web.
A atual pergunta da geração Y é: quais os passos para ser reconhecido profissionalmente? Existem fases? Será que revisões trimestrais, promoções e benefícios mantêm o interesse no jogo corporativo?
Um dica: “A melhor motivação é o reconhecimento do funcionário”.
Renato Andrade
Renato, concordo com tua opinião. As empresas buscam respostas para o alto “turnover” de jovens em questões salariais, mas, na verdade, o que incomoda o jovem profissional, hoje, é a falta de clareza sobre sua carreira e perspectivas a médio prazo.
O jovem se motiva por desafios, por oportunidade de crescimento e de desenvolvimento. Por isso, as empresas precisam rever seus programas de carreira e sucessão, deixando um pouco de lado critérios como tempo de casa e idade e incluir fatores como capacidade de entrega e potencial. Com isso, todos os funcionários da organização, sejam eles jovens ou não, poderão sentir-se no jogo, competindo com base nos mesmos critérios, mas, não podemos esquecer que, ao mesmo tempo em o jovem é dinâmico e movido por desafios, é também ansioso e impaciente. Dentro de uma organização, nem sempre é possível atender a todas as aspirações das pessoas em um mesmo momento. Por isso, é importante que o jovem amadureça um pouco esses pontos e tenha serenidade para aguardar as oportunidades, desempenhando um bom trabalho, sendo colaborativo e com abertura para aprender com os mais experientes.
Nesse jogo organizacional, todos podem ganhar, mas precisamos saber o objetivo final, nosso papel no atingimento desse objetivo e o que precisamos fazer pra chegar lá!
Luciana Domagala
Tenho um ponto um pouco diferente. Não imagino que seja necessário criar artifícios como vídeo games para motivar e reter jovens, pois a própria dinâmica do trabalho já é um “jogo” bastante dinâmico e cheio de desafios. O maior desafio é fazer o jovem profissional perceber isso de forma mais estratégica para o desenvolvimento de sua própria carreira.
O jovem precisa ser mais atento aos efeitos que a troca constante de cenário provoca em sua carreira. Cada vez que ele troca de emprego, torna-se novato na nova empresa, portanto, irá receber desafios de menor impacto nos resultados. Somente depois de mostrar competência e resultados é que os novos desafios (de maior impacto) irão surgir. Se ele sair rápido, isso não acontece e ele permanece apenas jogando “jogos fáceis” e seu crescimento profissional é muito mais lento.
Qual é a estratégia que você está jogando?
Sidnei Oliveira
Fonte: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/sidnei-oliveira/2013/02/25/motivacao-e-retencao-vale-ate-video-game/ acesso em 25 de fevereiro de 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário