Anote duas características da geração Y:
“Envolvimento em projetos da empresa e saber como o trabalho causa impacto na meta final”.

Essa geração adora games e, nesse caso, a motivação sempre é chegar ao próximo nível e, assim, ir adiante para a próxima fase. Gosta de novas experiências e desafios, aumentando seu aprendizado no jogo e atingindo metas. Assim como em jogos de vídeo populares, os jovens realizam ações e ganham pontuação. Para manter a geração Y engajada, é necessário explicar o objetivo e a importância de cada função.
Outra conclusão que se tira ao comparar o universo corporativo ao dos games é a busca de conselhos dos mais qualificados ou superiores. No trabalho, descobrem quem são os bons da equipe e os rivais, no mundo dos games, a busca é entre experts via web.
A atual pergunta da geração Y é: quais os passos para ser reconhecido profissionalmente? Existem fases? Será que revisões trimestrais, promoções e benefícios mantêm o interesse no jogo corporativo?
Um dica: “A melhor motivação é o reconhecimento do funcionário”.
Renato Andrade
Renato, concordo com tua opinião. As empresas buscam respostas para o alto “turnover” de jovens em questões salariais, mas, na verdade, o que incomoda o jovem profissional, hoje, é a falta de clareza sobre sua carreira e perspectivas a médio prazo.
O jovem se motiva por desafios, por oportunidade de crescimento e de desenvolvimento. Por isso, as empresas precisam rever seus programas de carreira e sucessão, deixando um pouco de lado critérios como tempo de casa e idade e incluir fatores como capacidade de entrega e potencial. Com isso, todos os funcionários da organização, sejam eles jovens ou não, poderão sentir-se no jogo, competindo com base nos mesmos critérios, mas, não podemos esquecer que, ao mesmo tempo em o jovem é dinâmico e movido por desafios, é também ansioso e impaciente. Dentro de uma organização, nem sempre é possível atender a todas as aspirações das pessoas em um mesmo momento. Por isso, é importante que o jovem amadureça um pouco esses pontos e tenha serenidade para aguardar as oportunidades, desempenhando um bom trabalho, sendo colaborativo e com abertura para aprender com os mais experientes.
Nesse jogo organizacional, todos podem ganhar, mas precisamos saber o objetivo final, nosso papel no atingimento desse objetivo e o que precisamos fazer pra chegar lá!
Luciana Domagala
Tenho um ponto um pouco diferente. Não imagino que seja necessário criar artifícios como vídeo games para motivar e reter jovens, pois a própria dinâmica do trabalho já é um “jogo” bastante dinâmico e cheio de desafios. O maior desafio é fazer o jovem profissional perceber isso de forma mais estratégica para o desenvolvimento de sua própria carreira.
O jovem precisa ser mais atento aos efeitos que a troca constante de cenário provoca em sua carreira. Cada vez que ele troca de emprego, torna-se novato na nova empresa, portanto, irá receber desafios de menor impacto nos resultados. Somente depois de mostrar competência e resultados é que os novos desafios (de maior impacto) irão surgir. Se ele sair rápido, isso não acontece e ele permanece apenas jogando “jogos fáceis” e seu crescimento profissional é muito mais lento.
Qual é a estratégia que você está jogando?
Sidnei Oliveira
Fonte: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/sidnei-oliveira/2013/02/25/motivacao-e-retencao-vale-ate-video-game/ acesso em 25 de fevereiro de 2013.
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