Hoje quero falar de um contexto muito preocupante e importante, o Mundo no Brasil. É mais do que sabido que educação e formação no Brasil é e sempre será um problema muito sério, pois historicamente não temos políticas agressivas para que o país realmente tenha qualidade que merece, e também que atenda a sua grande demanda, principalmente considerando o novo momento que o país vive com o pré sal e sua economia crescente, mas também para ter uma posição competitiva dentro do novo aspecto internacional que o BRICS (bloco Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) cobra no momento.
O reflexo da má formação de técnicos e profissionais, aliado ao crescimento do Brasil gera um grande claro de demanda crescente para novos profissionais altamente capacitados. Junto com isso uma crise internacional que naturalmente gera movimentos migratórios e pessoas capacitadas para buscar novos desafios, e até mesmo sobrevivência.

O reflexo é natural, crise internacional x falta de mão de obra especializada, os expatriados buscam um lugar ao sol, e quem tem a oportunidade, ou tentar gerar uma oportunidade não desenvolve efetivamente seu papel estratégico.
Interessante fazer um comparativo, por exemplo em Angola, um país com 21 milhões de habitantes, mais de 20 anos de conflito, com riquezas minerais tão importantes como o Brasil (claro que nas suas devidas proporções), recebe mais de 80% da mão de obra angolana em expatriados, principalmente portugueses, que depois da crise internacional re descobriram Angola, e com isso gera um problema sério e social, pois os melhores salários e desenvolvimentos estão com os expatriados e não com a mão de obra local, mas a dúvida para o governo, forçar uma “angolonização” da mão de obra, ou investir pesadamente em formação? Formação acaba sendo uma grande oportunidade para escolas brasileiras formarem angolanos, tanto lá como cá.
O grande ponto não é questionar os expatriados, mas sim a necessidade de políticas agressivas e com qualidade para educação e formação especializada. E principalmente com qualidade, exigir qualidade na formação de docentes, e também no processo de formação técnica. Interessante em ver que dos expatriados, muitos são dos Estados Unidos (17,6%) e Japão (13,7%), países estes com referência e qualidade educacional.
É a hora de repensar, e o tempo luta contra nós.
Fábio Ribeiro
Fonte: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/brasil-no-mundo/2012/10/18/falta-de-mao-de-obra-especializada-no-brasil-aumento-de-expatriados/ acesso em 19 de Outubro de 2012.
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