Filhos, sobrinhos e netos dos fundadores de Empresas Familiares, com idade entre 20 e 40 anos, são os integrantes das novas gerações das Famílias Empresárias.
Alguns já são acionistas dos negócios de suas famílias; muitos outros assumirão essa condição, a médio prazo. Serão os sucessores de seus parentes, ainda que optem por não trabalhar na gestão dos negócios.
Aproximadamente quarenta por cento desse público trabalha nas Empresas da família desde tenra idade. Grande parte deles ocupam postos de comando, possuem relativo poder de decisão, são reconhecidos no mercado, por sua competência e força de trabalho.
Trinta por cento está nos negócios da família, em regime “part time”. Optaram por fazer uma passagem experimental pela vida corporativa, dentro da Empresa, tentando pavimentar seu caminho profissional: “devo trabalhar com meus familiares ou partir para novos desafios no mercado de trabalho ?” … é a dúvida que está em suas mentes.

Pode-se dizer que dez por cento dos integrantes das novas gerações optaram por outras estratégias de vida e carreira.
O que existe de semelhante em noventa por cento dos casos é um desconforto em seu desenvolvimento profissional. Causas dessa situação ?
Duas são clássicas: os conflitos inter-geracionais que sempre existiram e existirão – em maior ou menor grau – em todas as famílias, sejam elas controladoras de Empresas, ou não.
Uma segunda causa: a diferença no tipo de relação que os familiares em geral possuem, com seus negócios. Fundadores têm uma relação de trabalho, com o negócio que criaram. Os membros das novas gerações terão sempre, relação voltada ao capital em relação aos negócios fundados e dirigidos pelas gerações anteriores.
Note-se que neste “imbroglio”, todos têm razão !
Nenhum membro de Famílias Empresárias age com deslealdade em suas posições pessoais e profissionais frente aos negócios da família.
A resolução desses conflitos está, na maioria dos casos:
- Na melhoria da qualidade da comunicação entre familiares;
- Na administração da taxa de emoção;
- No aumento da taxa de paciência nas relações entre familiares;
- No entendimento da diferença de fase de vida e carreira entre quem está “subindo” e quem está “descendo” a montanha da vida.
Ah, em alguns casos, a resolução poderia estar no aumento da taxa de humildade e de bom senso, para evitar e/ou solucionar conflitos !
Obs.: As informações analisadas são fruto da observação de inúmeros casos de Empresas Familiares que operam no Brasil. Os percentuais não são fruto de pesquisa formal.
Eduardo Najjar
Fonte: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/blog-do-management/2012/09/05/as-novas-geracoes-nas-familias-empresarias/ acesso em 05 de Setembro de 2012.
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