Com nossa necessidade constante de autoafirmação, nos acostumamos a levantar certas bandeiras e por elas lutar até o fim. Competimos para vencer, questionamos para transformar, lutamos porque… porque gostamos de lutar. Mas quando só se enxerga o destino, a trajetória parece insignificante e os meios para chegar até lá passam a não ter mais critérios. Nessa hora, ambição e ética entram em conflito e os princípios pelos quais você realmente luta, começam a aparecer.
A ambição é uma faca de dois gumes e precisamos saber direcioná-la para que se torne um combustível e não um veneno. Falar de ambição sem falar de ética é como começar a montar a composição desse veneno e estar a um passo de viver sob a lei da selva, lutando diariamente pela sobrevivência e não pela evolução da espécie.
Cada etapa de nossa jornada profissional virá acompanhada de obstáculos e aprendizagens. Tentar encurtar o caminho ou pular alguma dessas etapas possivelmente nos livrará de certas dores de cabeça, mas também deixaremos de aprender. E, acredite, uma hora essa informação faltante baterá à nossa porta pedindo satisfações. Por isso, é preciso aproveitar a jornada e deixar que as oportunidades apareçam quando estivermos prontos.
Quem disse que precisamos enxergar toda a escada? Subamos o primeiro degrau com fé e, ao topo, saberemos que, se fosse possível, viveríamos tudo novamente.
Beatriz Carvalho
Nossa cultura estimula a ambição e quanto mais se consegue, uma nova aspiração é colocada à frente, quase que sem tempo de saborear a conquista realizada.
É comum o desejo de querer mais do que é compatível com a realidade, com os próprios recursos gerais e com condições do meio. Frequentemente esse fator gera expectativa e ansiedade diante da propensão constante à frustração. E nem dá para pensarmos em comer um bolo cru, não dá mesmo!
Percorrer a trajetória consciente de maneira a poder compreender os fatos vividos e também percebendo-se no sentir mais verdadeiro consigo mesmo, atrelando a paixão na intensidade com que se entrega, com amor pelas pessoas envolvidas, é o melhor convite da vida, mais desafiador do que o estímulo e a resposta final.
Cristianne Valladares
É importante lembrar que o mundo está bem diferente e muito mais competitivo que no passado. Um jovem de hoje não consegue nem se qualificar como candidato a uma vaga de emprego de qualidade se não tiver um curso superior, falar uma língua estrangeira e tiver completo domínio do computador e internet.
A dinâmica e competitividade exigem maior flexibilidade e grande capacidade de inovação, por isso, são visíveis os traços de constante questionamento e contestação. Estamos no tempo do foco em resultados, por isso é comum vermos jovens buscando feedback.
A armadilha se instala quando a competitividade destrói os valores e os resultados são alcançados no melhor estilo CQC (custe o que custar) e isso afeta qualquer objetivo de aprendizagem e desenvolvimento pessoal.
Sidnei Oliveira
FONTE: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/sidnei-oliveira/2012/06/29/quando-a-ambicao-atropela-a-aprendizagem/ acesso em 29 de Junho de 2012.
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