As pessoas temem mudanças. De certo modo todos somos assim. Primeiro detestamos ter de entrar na piscina com água fria. Depois, detestamos ter de sair de lá.
Gerentes precisam ter desenvolvida a habilidade de motivar as pessoas quando mudanças são adotadas. Os chefes mais comuns percebem que seu pessoal é contrário à mudança e acabam se identificando com a resistência, simpatizando com o protesto e admitindo que mudar é mesmo um aborrecimento.
Quando motivadas, as equipes diminuem sua resistência. Mas, o que geralmente ocorre é que poucos gestores estão aptos ou se dedicam a conhecer as pessoas a ponto de serem bons motivadores. Em vez disso, agem como babás, resolvedores de problemas e bombeiros, ou seja, são preparados para lidar com bebês, com problemas triviais e incêndios.
Conhecer o caráter das pessoas é coisa sobre a qual somente gestores excelentes se debruçam – seja estudando um bom livro a respeito ou lendo revistas especializadas. Isso ajuda muito, pois, em matéria de mudanças, por exemplo, existe uma sequência típica de reações psicológicas que em geral acontecem. Entendê-las é a chave para sintonizar a equipe e a si mesmo aos benefícios reais do “novo”.
Vamos ao processo:
Primeiro as pessoas negam. É quando dizem: “Essa mudança não é nada boa. É prejuízo geral à empresa”.
Em seguida, elas resistem. A fala típica dessa etapa é: “Eu é que não vou me meter com isso!”.
Depois, elas pensam um pouco, refletem, e assumem uma postura de utilidade. É quando passam a dizer: “Como posso fazer essa mudança trabalhar a meu favor?”.
Por fim, chega o momento da aceitação: “Ah, tá! Descobri como isso pode funcionar para mim e para os demais! É bom!”.
As equipes levam muito tempo para passar pelos três primeiros estágios do processo.
No entanto, vivemos num mundo onde conviver e processar mudanças positivamente não é opcional. Peter Drucker comentou isso em um de seus livros, quando disse: “Toda organização precisa estar preparada para abandonar tudo o que faz para sobreviver no futuro”.
Quem não está preparado para mudar, deve aprender rápido a viver fora do cenário.
Abraham Sharpiro
FONTE: http://www.hsm.com.br/blog/2012/05/o-processo-de-reacao-a-mudancas/ acesso em 22 de Maio de 2012.
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