terça-feira, 22 de maio de 2012

O processo de reação a mudanças


As pessoas temem mudanças. De certo modo todos somos assim. Primeiro detestamos ter de entrar na piscina com água fria. Depois, detestamos ter de sair de lá.
Gerentes precisam ter desenvolvida a habilidade de motivar as pessoas quando mudanças são adotadas.  Os chefes mais comuns percebem que seu pessoal é contrário à mudança e acabam se identificando com a resistência, simpatizando com o protesto e admitindo que mudar é mesmo um aborrecimento.
Quando motivadas, as equipes diminuem sua resistência. Mas, o que geralmente ocorre é que poucos gestores estão aptos ou se dedicam a conhecer as pessoas a ponto de serem bons motivadores.  Em vez disso, agem como babás, resolvedores de problemas e bombeiros, ou seja, são preparados para lidar com bebês, com problemas triviais e incêndios.
Conhecer o caráter das pessoas é coisa sobre a qual somente gestores excelentes se debruçam – seja estudando um bom livro a respeito ou lendo revistas especializadas. Isso ajuda muito, pois, em matéria de mudanças, por exemplo, existe uma sequência típica de reações psicológicas que em geral acontecem. Entendê-las é a chave para sintonizar a equipe e a si mesmo aos benefícios reais do “novo”.
Vamos ao processo:
Primeiro as pessoas negam. É quando dizem: “Essa mudança não é nada boa. É prejuízo geral à empresa”.
Em seguida, elas resistem. A fala típica dessa etapa é: “Eu é que não vou me meter com isso!”.
Depois, elas pensam um pouco, refletem, e assumem uma postura de utilidade. É quando passam a dizer: “Como posso fazer essa mudança trabalhar a meu favor?”.
Por fim, chega o momento da aceitação: “Ah, tá! Descobri como isso pode funcionar para mim e para os demais! É bom!”.
As equipes levam muito tempo para passar pelos três primeiros estágios do processo.
No entanto, vivemos num mundo onde conviver e processar mudanças positivamente não é opcional. Peter Drucker comentou isso em um de seus livros, quando disse: “Toda organização precisa estar preparada para abandonar tudo o que faz para sobreviver no futuro”.
Quem não está preparado para mudar, deve aprender rápido a viver fora do cenário.


Abraham Sharpiro

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